As letras financeiras são a opção para quem quer a segurança da renda fixa sem abrir mão de juros superiores (e é muito fácil investir)
As Letras Financeiras podem ser uma opção pra um bom rendimento com segurança pra seu dinheiro.
Com as taxas de juros básicas da economia cada vez menores, acabamos buscando investimentos um pouco mais arrojados.
Porém, não podemos colocar todo o nosso dinheiro exposto ao risco. Seria imprudente.
Precisamos de opções seguras e ao mesmo tempo com rendimentos superiores: uma dessas opções são as letras financeiras, ideais pra conseguir juros acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que varia de modo próximo à Selic.
Prazo mínimo de dois anos, investimento mínimo de R$ 150 mil podem ser uma desvantagem, mas rendimentos superiores a outras opções como o LCA, LCI e o CDB são bem atrativos, sobretudo se o dinheiro puder ficar mobilizado durante o período do investimento.
Letras financeiras, criadas pela Medida Provisória nº 472, de 15 de dezembro de 2009, são uma boa opção de investimento pra quem já tem um certo montante e quer protegê-lo com tranquilidade enquanto expõem uma parcela maior ou menor do seu capital ao mercado de renda variável.
Vejamos o que vamos aprender neste artigo sobre letras financeiras:
- O que são letras financeiras
- Por que as letras financeiras existem?
- Como funcionam as letras financeiras
- Tipos de letras financeiras
- Não confunda Letras Financeiras com Tesouro Direto
- Como saber se as letras financeiras são pra mim
- Mas não tem liquidez de jeito nenhum?
- Qual valor e prazo mínimo nas letras financeiras
- Rentabilidade das letras financeiras
- O rendimento das letras financeiras é atrelado ao CDI?
- Vantagens e Desvantagens
- Riscos das letras financeiras
- Para quem as letras financeiras são indicadas
- Custos e Taxas das letras financeiras
- Saiba como Investir: passo a passo pra investir em letras financeiras
- Letras financeiras valem a pena?
- Conclusão
1. O QUE SÃO LETRAS FINANCEIRAS
Letras financeiras nada mais são do que títulos que certas instituições – geralmente bancos – emitem para captar dinheiro pra seus próprios investimentos.
Na verdade – e talvez você já saiba -, todo e qualquer investimento que fazemos em uma instituição financeira, é um empréstimo que fazemos a ela.
A instituição então pega esse dinheiro e empresta a terceiros a juros ainda maiores e seu lucro deriva daí. Isso vale até mesmo para a poupança.
As letras financeiras, como títulos que são, são promessas de pagamento: quando compramos uma, o banco passa a ter uma dívida para conosco.
A ideia das letras financeiras é captar recursos garantidos no longo prazo, acima de dois anos. Desse modo, quanto mais letras financeiras o banco emitir mais dinheiro ele terá durante pelo menos dois anos para trabalhar e lucrar como preferir.
Ao final do prazo, a instituição lhe paga com os juros combinados, geralmente uma porcentagem superior ao CDI.
2. POR QUE AS LETRAS FINANCEIRAS EXISTEM?
As letras financeiras existem a fim de que, assim como é feito com outros investimentos oferecidos por bancos, essas instituições financeiras possam captar recursos.
Elas foram criadas num regime que é vantajoso ao investidor e também aos bancos.
Por um lado, o investidor abre mão da liquidez: só poderá sacar depois de um prazo que vai de dois a cinco anos. Por outro, ele terá um rendimento superior: possivelmente algo próximo de 110% do CDI (o CDI de fevereiro foi de 0,46%, então, isso corresponde a quase 0,51%; parece pouco, mas faz toda a diferença no longo prazo).
Por outro, os bancos conseguem um tipo de estabilidade financeira, podendo devolver esse dinheiro só depois de um grande período.
Outra vantagem para os bancos é que as letras financeiras, desde 2010, estão livres de depósito compulsório. Ao emitir CDBs, por exemplo, os bancos precisam depositar junto ao banco central 32% do valor captado junto ao banco central, como reserva compulsória.
3. COMO FUNCIONAM AS LETRAS FINANCEIRAS
As letras financeiras funcionam do mesmo modo que outras aplicações: o investidor empresta um valor ao banco através da aquisição de um título. Esse título garante o pagamento dessa dívida que, após um prazo, o banco paga com juros.
- As letras financeiras têm investimento mínimo de R$ 150 mil.
- O prazo mínimo é de dois anos.
- Antes de dois anos, é impossível resgatar o dinheiro, a não ser vendendo o título a um outro investidor no mercado secundário, o que nem sempre é possível.
- O imposto de renda segue a tabela regressiva, a exemplo de outros investimentos de renda fixa: um máximo de 22,5% sobre o lucro em investimentos inferiores a seis meses até um mínimo de 15% sobre o lucro em investimentos superiores a dois anos. Porém, como, no caso das letras financeiras, esse tempo sempre será superior a dois anos, a alíquota é sempre de 15% sobre os juros.
- Pode ser pré ou pós-fixada, muito embora as pós-fixadas, atreladas ao CDI sejam mais comuns: as prefixadas têm uma taxa de juros conhecida previamente, ideal, a quem sabe quanto deseja ter ao final da aplicação ou a quem está apostando que os juros da economia vão cair; as pós-fixadas geralmente são atreladas ao CDI ou a outro indexador, como o IPCA, e são indicadas a quem quer garantir que seu dinheiro acompanhe a economia independentemente de qualquer coisa (em tese, são menos arriscadas que as pós-fixadas).
- Não tem proteção do Fundo Garantidor de Crédito: muitos investimentos de renda fixa têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito por CPF por instituição até R$ 250 mil. Não é o caso das letras financeiras. Vou explicar rapidamente o que é o Fundo Garantidor de Crédito em um tópico mais adiante, ok?
4. TIPOS DE LETRAS FINANCEIRAS
Podemos classificar as letras financeiras de acordo com três critérios:
- Prefixadas ou pós-fixadas
- Com pagamento de juros semestrais ou não
- Não-subordinadas ou subordinadas
Letras financeiras prefixadas ou pós-fixadas
Como vimos no item anterior, nas prefixadas, sabemos de antemão o valor dos juros que receberemos ao final dos dois anos de investimento.
No momento, esse valor vai de 8% a 10% ao ano. Quanto maior o tempo acertado pelo título, maiores são os juros pagos pela instituição ao investidor.
Pesquisei uma letra financeira que está pagando 9,75% ao ano por um prazo de quatro anos (devo lembrar que durante esse tempo não dá pra sacar). Nesse prazo, os nossos R$ 150 mil virariam R$ 217 mil.
Imagine que hoje, os juros básicos da economia (Selic) estão abaixo de 7%. Então pode ser vantajoso, ao investidor, qualquer valor acima disso.
Porém, é uma aposta. E se os juros voltarem a subir por qualquer razão? Em dois anos, tudo pode acontecer.
Se há dúvidas quanto a isso, a escolha são as letras financeiras prefixadas: embora se desconheça quanto teremos ao final sabemos que, ao menos ganhamos da inflação ou para os juros básicos.
No caso de uma letra financeira que pague 109% do CDI, numa simulação em que os juros permanecessem estáveis durante quatro anos (o que é praticamente impossível) e, considerando o CDI dos últimos 12 meses (8,75%) teríamos juros de 9,5% ao ano, o que é ligeiramente inferior ao exemplo do prefixado e é um valor que tende a cair.
Mas, mais uma vez, a escolha entre um prefixado e um pós-fixado é uma escolha que deve ser cuidadosamente estudada, pois se os juros subirem, sem dúvida que a escolha dos juros pós-fixados é mais adequada.
Letras financeiras com pagamento de juros semestrais ou não
Algumas letras financeiras oferecem pagamento de juros semestrais. Mas só use adquira essa modalidade se realmente precisar desses valores semestrais uma vez que o pagamento adiantado vai afetar a alíquota do imposto de renda que, como explicamos é regressiva.
Para valores que ficam determinado prazo no investimento, a alíquota é a seguinte:
- Até 180 dias – 22,5%
- De 181 a 360 dias – 20%
- De 361 a 720 dias – 17,5%
- Acima de 720 dias – 15%
Se não precisamos do dinheiro, sempre vale a pena abrir mão da liquidez por um rendimento maior.
Letras financeiras subordinadas ou não
Se não houver referência quanto a isso, certamente estamos falando de letras financeiras “não subordinadas”. Não tem muito segredo: serão chamadas simplesmente de letras financeiras.
As não subordinadas, desde 2012, têm algumas regras diferentes. Por exemplo, passaram a ter um investimento mínimo de R$ 150 mil. Antes, esse investimento mínimo era de R$ 300 mil (as subordinadas ainda têm esse valor).
As letras financeiras subordinadas são uma categoria diferente.
Segundo o site da B3, a bolsa de valores brasileira: “No caso da LF emitida com cláusula de subordinação, seus detentores têm seu direito de crédito condicionado ao pagamento de outras dívidas da instituição emissora em caso de falência ou inadimplência. Contudo, este tipo de LF oferece benefícios contábeis aos emissores e, por esse motivo, tende a proporcionar uma melhor remuneração quando comparada com a LF sem cláusula de subordinação.”
Ou seja: se o banco falir, o investidor só recebe seu dinheiro de volta se a instituição pagar certas dívidas antes. Então, ao adquirirmos uma letra financeira com cláusula de subordinação, estamos assumindo um risco a mais e o banco possui algumas vantagens. Em troca, claro, obtemos juros superiores. Porém, considere-se que grandes bancos têm uma probabilidade bem pequena de falir de uma hora pra outra. Embora não seja impossível.
Além disso, as letras financeiras subordinadas têm como prazo mínimo cinco anos.
São as seguintes características, então, as daquelas com cláusula de subordinação:
- Crédito condicionado ao pagamento de certas dívidas da instituição
- Investimento mínimo de R$ 300 mil
- Prazo mínimo de cinco anos
5. NÃO CONFUNDA COM LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO
Se já investimos em títulos do Tesouro Direto, sabemos que existem as Letras Financeiras do Tesouro (LFT).
Elas são MUITO diferentes das letras financeiras de que estamos falando.
Para começar, são indexadas pela Selic, exatamente, e têm liquidez diária, com recompra garantida pelo Tesouro Nacional.
O nome Letras Financeiras do Tesouro, no entanto, está ultrapassado. Atualmente, o nome correto é Tesouro Selic.
6. COMO SABER SE AS LETRAS FINANCEIRAS SÃO PARA MIM
Em primeiro lugar, o básico. Precisamos ter pelo menos R$ 150 mil. Esse é o mínimo pra investir em letras financeiras.
Mas não só isso: é claro que não colocaríamos TODO o nosso dinheiro em uma única aplicação de renda fixa sem liquidez nenhuma. Não faz sentido e é até arriscado.
É lógico que boa parte de nosso capital também estaria em outros investimentos de renda fixa, talvez com mais liquidez, em fundos de investimento dos mais variados e uma parte, maior ou menor, em aplicações de maior risco da renda variável, possivelmente, diretamente em ações ou sendo usado pra fazer trades de curto ou curtíssimo prazo na bolsa de valores.
Ou seja: em primeiro lugar, as letras financeiras são pra alguém que tem no mínimo, no mínimo, uns R$ 500 mil.
Outro critério pra saber se elas são pra você é entender o que se espera desse dinheiro que será aplicado: vamos precisar do dinheiro nos próximos dois a cinco anos?
Se sim, as letras financeiras não é para nós.
E será que estamos dispostos a colocar o dinheiro em uma aplicação que não tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito?
Essa característica, além de imprimir um risco a mais a essa aplicação, nos deixa mais cautelosos no que diz respeito a investir em Letras Financeiras de bancos pequenos ou médios. Diferentemente de CDBs, LCIs e LCAs: caso o banco quebre, o Fundo Garantidor de Crédito devolve o dinheiro aos investidores.
Mais uma vez: dificilmente um banco grande quebra. Mas quem disse que isso não pode acontecer? Ainda assim, as letras financeiras são consideradas um investimento muito seguro.
O que é o Fundo Garantidor de Crédito
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) segundo o site da instituição: “É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, até os limites estabelecidos pela regulamentação, contra instituições financeiras a ele associadas, em caso de intervenção e liquidação extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição associada.”
É o FGC que garante que, caso um banco vá a falência, as aplicações sejam devolvidas com juros aos investidores até um limite de R$ 250 mil por CPF por instituição.
Essa proteção, porém, não acontece nas letras financeiras.
7. MAS NÃO TEM LIQUIDEZ DE JEITO NENHUM?
Como vimos, a letra financeira não pode ser sacada antes de dois anos, nem parcialmente nem totalmente. Mas sempre tem um jeito. Porém, pode ser solicitada a liquidação antecipada de Letra Financeira Vinculada (LFV). Isso só é possível se a operação a qual esteja vinculada for liquidada. Além disso, essa alternativa deve ser selecionada no registro do título e somente após decorrido o prazo mínimo de 12 meses.
Outra possibilidade é a recompra do título pela instituição emissora. O banco faz isso com a intenção de permanência em sua tesouraria e posterior revenda, limitada ao montante de até 5% do saldo total de letra financeira emitida sem cláusula de subordinação e até 3% do total de letra financeira emitida com cláusula.
8. QUAL VALOR E PRAZO MÍNIMO NA APLICAÇÃO DE LETRAS FINANCEIRAS
Até final de 2012 a aplicação mínima para todos os tipos de letras financeiras era de R$ 300 mil.
Atualmente, a aplicação mínima ficou dividida assim:
- Letras financeiras sem subordinação: R$ 150 mil
- Letras financeiras subordinadas: R$ 300 mil
Como podemos ver se trata de um investimento pra quem tem uma soma razoável de dinheiro já.
Mas não é só isso.
Como já foi discutido em tópicos anteriores, o prazo mínimo é de dois anos, podendo chegar a quatro anos para as não subordinadas.
As letras financeiras subordinadas, no entanto, costumam ter prazo de pelo menos cinco anos.
Então, não basta ter dinheiro o suficiente para as letras financeiras, mas também é necessário ter disponibilidade para que esse dinheiro fique totalmente imobilizado, sem liquidez, durante esse tempo todo.
9. RENTABILIDADE DAS LETRAS FINANCEIRAS
A rentabilidade das letras financeiras pode ser prefixada ou pós-fixada.
Na prefixada, o valor dos juros anuais é conhecido previamente. É ideal pra quem sabe quanto precisará quando do vencimento ou pra quem aposta na queda dos juros básicos da economia. No entanto, se os juros básicos da economia (Selic) subirem, nesse caso, o dinheiro perderá para o restante das aplicações.
Se não se quer correr esse risco, o melhor é ficar com as letras financeiras pós-fixadas.
A letra financeira também pode ser convencional ou escalonada.
- Letra financeira convencional: possui única possibilidade de remuneração, contratada no momento da aplicação
- Letra financeira escalonada (pós ou prefixada): a rentabilidade aumenta com o decorrer do tempo, de acordo com condições preestabelecidas.
10. RENDIMENTO DAS LETRAS FINANCEIRAS É ATRELADO AO CDI?
Sim, a maior parte das letras financeiras pós-fixadas são atreladas à taxa DI, embora outros indexadores possam ser usados. Geralmente, devido ao valor da aplicação e ao prazo sem liquidez trata-se de uma porcentagem superior ao CDI, como, por exemplo, 110% dessa taxa.
11. VANTAGENS E DESVANTAGENS
Vantagens
- Boa alternativa de aplicação de longo prazo com boa remuneração acima do CDI.
- Diversificação: no caso de já haver outros investimentos de renda fixa, vale a pena experimentar essa variedade como forma de pulverizar riscos.
- Pode ser utilizada para realização de operações ativas vinculadas, respeitando a regulamentação dada pela Resolução CMn 2.921/2002 para esse tipo de operação.
- Pode ser emitida com opção de recompra pela instituição emissora, caso não seja indexada ao CDI e possua prazo superior a quatro anos.
- A Letra Financeira utilizada para operações ativas vinculadas pode ser emitida com cláusula prevendo a antecipação do vencimento.
Desvantagens
- Alto valor inicial: R$ 150 mil para letras financeiras convencionais e R$ 300 mil para letras financeiras subordinadas.
- Prazo de no mínimo dois anos, sem liquidez.
12. RISCOS DAS LETRAS FINANCEIRAS
Os dois riscos dizem respeito à liquidez e à risco de crédito:
- Risco de liquidez: no caso de precisarmos do dinheiro investido, ele não poderá ser sacado, salvo exceções de letras financeiras vinculadas ou através da recompra dos títulos; mesmo nesses casos haverá perdas.
- Risco de crédito: a instituição emissora se torna insolvente e não pode pagar nem os juros nem o dinheiro investido; esse caso é pior porque a letra financeira não é coberta pelo fundo garantidor de crédito. No caso de bancos grandes, embora improvável, esse risco existe.
13. PARA QUEM AS LETRAS FINANCEIRAS SÃO INDICADAS
As letras financeiras são indicadas a qualquer um que deseje diversificar suas aplicações em renda fixa e tenha montante suficiente para tanto: a partir de R$ 150 mil.
14. CUSTOS E TAXAS DAS LETRAS FINANCEIRAS
As corretoras não costumam ter custos para renda fixa como CDB, LCI, LCA ou mesmo letras financeiras.
Porém, sempre haverá o imposto de renda com uma alíquota que incide sobre o lucro de forma regressiva, de 22,5% para investimento inferiores a seis meses e um mínimo de 15% sobre investimento superior a dois anos.
Em tese, como a letra financeira tem um prazo mínimo de dois anos, essa alíquota será sempre de 15%. Porém, se a modalidade for de juros semestrais, isso pode variar e interferir no resultado final para menos.
15. SAIBA COMO INVESTIR: PASSO A PASSO PARA INVESTIR EM LETRAS FINANCEIRAS
A melhor maneira de se investir em letras financeiras é através de corretoras, pois um banco é limitado a empurrar os seus próprios produtos. Através de uma corretora, o investidor poderá escolher entre os produtos de uma variedade enorme de instituições. Assim, o melhor é abrir uma conta em uma corretora de valores.
- Abra uma conta em uma corretora de valores: basta preencher um formulário online. Eventualmente será pedido que se envie cópias de documentos por email. Dá até para fotografar com o celular. Em questão de minutos sua conta estará aberta.
- Transfira o dinheiro que deseja investir via TED: tem que ser a partir de uma conta sob a mesma titularidade (CPF) que se inscreveu na corretora. Além de tudo, essa medida visa a segurança. Assim o dinheiro só pode circular entre duas contas que pertencem a você.
- Ao entrar na corretora, você terá acesso a um agente autônomo de investimento. Esse profissional está habilitado a lhe dar informações sobre investimentos.
- Manifeste sua vontade de investir em letras financeiras.
- Você poderá fazer diretamente através do site da corretora ou deixar sob o encargo de seu agente autônomo de investimento.
Como você pode ver não tem muito segredo e é bem fácil de fazer. Por isso, entenda bem o funcionamento da aplicação e se é isso mesmo o que se quer.
16. VALE A PENA INVESTIR EM LETRAS FINANCEIRAS?
Para saber se qualquer investimento vale a pena cabe fazer diversos questionamentos:
- A remuneração é boa?
- Tenho dinheiro o suficiente para essa aplicação?
- O prazo de aplicação (no caso de não haver liquidez) respeita minhas necessidades
- Os riscos envolvidos condizem com a remuneração?
- Devo aplicar somente neste investimento ou devo diversificar mais?
Respondida essas questões teremos noção se vale a pena investir em letras financeiras.
17. CONCLUSÃO
Obviamente, as letras financeiras não são para todo o mundo.
O que deixa isso mais óbvio são os valores iniciais do investimento, os prazos mínimos de dois anos e a total falta de liquidez até o vencimento, salvo exceções de letras financeiras vinculadas ou com recompra pela instituição emissora.
No entanto, caso já se tenha outras aplicações em renda fixa, caso já se esteja buscando rendimentos superiores em aplicações mais arrojadas ou mesmo em ações diretamente e se tenha dinheiro o suficiente, esta pode ser uma opção bastante validada como diversificação e como aplicação relativamente conservadora.
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