Lucre com os fundos de investimentos aprendendo quais são os melhores para o seu perfil e para o tamanho do seu capital: pare de perder dinheiro em aplicações que só atrasam a sua vida
Fundos de investimento são uma excelente opção para quem quer diversificar e investir em ativos específicos sem, no entanto, se especializar naquele tipo de mercado, pois todo o trabalho de gerenciamento do fundo é feito por uma administradora. Isto é, haverá um ou mais especialistas cuidando do mix de ativos que fazem parte de seus fundos.
Os fundos de investimento são uma espécie de “condomínio” de que os investidores compram cotas. Essas cotas representam a fração mínima da “mistura” de todos os ativos que fazem parte da aplicação.
Alguns fundos são mais diversificados, outros menos, alguns são mais conservadores, outros mais arriscados.
Podem conter, em sua carteira, ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros, títulos públicos e muito mais.
- O que são fundos de investimento
- Tipos de fundos
- Classes de Fundos
- Quem regulariza e coordena os fundos
- O que faz um Administrador e Gestor de fundos
- Quais os benefícios dos fundos
- Entendendo os Riscos de investir em fundo
- Conheça os custos e taxas em investimentos em fundos
- Como funciona a Aplicação e o Resgate
- Assembleia geral; como funciona?
- Como saber qual o fundo certo para mim?
- Como investir em fundos? (Passo a passo)
- Conclusão
A diversidade de fundos de investimento existentes, com diferentes características, faz necessário que aprendamos mais sobre esse recurso e, se necessário, contemos com a ajuda de um agente autônomo de investimento pra escolhermos o melhor ou os melhores pra nosso perfil.
1. O QUE SÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO?
Diversificar é o segredo pra diluir o risco, muito embora muitos investidores não sejam partidários dessa ideia. Se você é, pode encontrar dificuldade ao tentar diversificar por conta própria.
Os fundos de investimento podem ser a solução para isso. Acessíveis a partir de valores que vão de R$ 1 mil a R$ 5 mil de aplicação inicial (alguns possuem valores maiores), podem ter em seu mix de ativos diversos tipos de investimento.
Como funcionam?
Os recursos dos fundos de investimento são a somatória do capital de todos os investidores juntos que, de antemão, conhecem os objetivos de lucratividade, tipo de investimento, prazos de resgate e outras informações importantes. Com esse dinheiro, a administradora – geralmente um banco ou uma instituição financeira – cria a carteira do fundo comprando os ativos necessários para isso, de acordo com as regras e objetivos estabelecidos. Cada investidor terá cotas proporcionais ao dinheiro investido.
Os fundos muitas vezes têm um saldo mínimo de permanência e um prazo de “cotização” para entrada e saída. Podemos entrar em fundos já existentes. Porém, às vezes, alguns fundos de investimento fecham a entrada de novos investidores.
2. TIPOS DE FUNDOS
Existem diferentes tipos, dentre os quais podemos destacar:
- Fundos de Investimento Imobiliário – Incluem empreendimentos imobiliários: direitos reais sobre bens imóveis, títulos relacionados ao mercado imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH) e até cotas de outros FII, dentre outros.
- Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios: esses fundos aplicam em dívidas a receber de empresas. Essas dívidas são convertidas em títulos que podem ser vendidas a terceiros, através de um processo chamado securitização. É uma maneira de as companhias transferirem parte de seu próprio risco, abrindo mão de parte dos juros, e, ainda, receberem esses créditos adiantadamente.
- Fundos de Investimento em Participações – FIP: é um pouco diferente dos fundos de investimento comuns. Na verdade, você está comprando a participação em uma empresa privada. Alguns desses fundos permitem que, ao final de sua vigência, as cotas sejam convertidas em ações, caso a companhia abra capital. Esses fundos podem incluir ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores.
- Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes – FMIEE: diferente do FIP, eles são mais restritos, com objetivos de investimento delimitados pela Instrução 209 da Comissão de Valores Mobiliários.
- Fundos de Financiamento de Indústria Cinematográfica Nacional – FUNCINE: voltados para ajudar o desenvolvimento cinematográfico brasileiro e incluem investimentos em toda a cadeia produtiva: aquisição de ações de empresas de infraestrutura, fornecedores, distribuidores, exibidores e produtores, salas de exibição, produção e comercialização filmes brasileiros.
3. CLASSES DE FUNDOS
Os fundos de investimento são oficialmente classificados pela CVM. As classes de fundos são as seguintes:
- Fundos de renda fixa: devem ter pelo menos 80% da sua carteira investida em ativos que estejam relacionados a taxa de juros ou inflação. Na prática, títulos públicos federais, debêntures, CDBs, LCIs e LCAs. Se subdividem ainda em referenciados (têm um índice de referência para acompanhar, como o CDI, por exemplo), curto prazo (máximo de 375 dias), simples (baixo risco e fácil acesso) e dívida externa. Derivativos, como contratos futuros, só podem ser usados como proteção da carteira.
- Fundos de ações: no mínimo 67% do capital desses fundos deve estar em ações ou bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de ações, cotas dos fundos de índice de ações e Brazilian Depositary Receipts (BDR) e outros relacionados a ações.
- Fundos cambiais: 80% dos recursos do investimento devem estar investidos em moedas (câmbio), direta ou indiretamente (por exemplo, via contratos futuros)
- Fundos multimercado: os fundos multimercado são os mais flexíveis, praticamente não havendo limites quanto ao tipo de ativos em que se vai investir. Alguns, de acordo com suas regras e objetivos, são mais conservadores que outros.
4. QUEM REGULARIZA E COORDENA OS FUNDOS?
Todos os fundos de investimentos têm seu próprio regulamento.
Por sua vez, cada um é regulamentado em instruções da CVM – Comissão de Valores, que garante que esse regulamento seja seguido: formas de atuação do fundo no mercado, política de investimento, entidade responsável, remuneração, encargos, período de carência, resgate das cotas, nível de risco, taxas cobradas, publicação periódica e remessa dos documentos.
5. O QUE FAZ UM ADMINISTRADOR E GESTOR DE FUNDOS
Temos duas figuras importantes no que diz respeito aos fundos de investimento:
- Administrador dos fundos: a companhia que cria o fundo e seu regulamento. Também cuida da captação de investimentos.
- Gestor da carteira dos fundos: pessoa física ou jurídica que escolhe os ativos financeiros da carteira, quando comprar ou vender, sempre seguindo os regulamentos do fundo e a política de investimento, sobretudo.
6. QUAIS OS BENEFÍCIOS DOS FUNDOS?
Existem três benefícios principais dos fundos a nosso ver:
- Diversificação: um único fundo pode incluir diversos tipos de ativos, reduzindo riscos e até aumentando a lucratividade.
- Praticidade: você não precisa entender de ações para investir em um fundo de ações, por exemplo. Haverá um especialista cuidando disso.
- Variedade: existe uma infinidade de fundos no mercado, com diferentes tipos de risco, com diferentes objetivos e diferentes enfoques de investimento.
7. ENTENDENDO OS RISCOS DE INVESTIR EM FUNDO?
Existem fundos de investimento com diferentes riscos. Mesmo fundos de renda fixa, podem ter riscos maiores, de caso a caso.
Geralmente, as corretoras classificam os fundos disponibilizados de acordo com seu grau de risco, facilitando a escolha do investido. Se um fundo é de alto risco, significa que você pode ganhar mais dinheiro do que em qualquer outro investimento. Porém também significa que você pode perder mais dinheiro.
Se você quiser detalhes mais técnicos, pode analisar índices de “beta” e índices de “sharpe”.
- Beta: um beta no valor de 1,0 apresenta um risco de mercado médio. Um beta de valor 0,5 têm um risco de mercado inferior à média.
- Sharpe: usado para medir a relação entre risco e retorno de um investimento. Quanto maior o sharpe, maior o prêmio pelo risco corrido.
Se estiver em dúvida e desconfortável quanto aos riscos, é bom ter uma boa conversa com seu assessor autônomo de investimento, profissional que o acompanha sempre que você abre uma conta em uma corretora de valores.
8. CONHEÇA OS CUSTOS E TAXAS EM INVESTIMENTOS EM FUNDOS
Existem duas taxas principais dos fundos de investimento, além do imposto de renda:
Taxa de Administração: taxa que remunera a companhia administradora do fundo. Numa faixa de 2% ao ano (mas pode variar pra mais e pra menos) sobre todo o valor investido, descontada mensalmente. Bancos de varejo costumam ter taxas maiores sobre seus fundos.
Taxa de Performance: alguns fundos, quando têm desempenho superior ao objetivo definido no regulamento, cobram uma taxa sobre tudo o que ultrapassar essa meta, por exemplo, 20%. Se a meta for o CDI e em determinado ano o lucro for 1 ponto percentual superior então 0,20 ponto percentual fica como “bônus” para o gestor da carteira.
Imposto de renda
Cada classe de fundos de investimento tem uma alíquota diferente. A cobrança se dá no resgate e também durante a vigência, no “come-cotas”.
- Fundos de longo prazo: com ativos com vencimento acima de 365 dias, obedecem a tabela regressiva que vai de 22,5% para menos de seis meses a 15% para mais de dois anos, incidentes sobre o lucro.
- Fundos de curto prazo: com ativos com vencimento abaixo de 365 dias. Até 180 dias, 22,5% de alíquota, e mais de 180 dias, 20% de alíquota.
- Fundos de ações: 15% de alíquota sobre qualquer prazo.
- Fundos de investimento imobiliário: 20% de alíquota, não importa o prazo.
O come-cotas antecipa a cobrança de imposto de renda em fundos de longo e curto prazo, resgatando duas vezes por ano, a menor alíquota possível (15%) calculada sobre a rentabilidade até então.
9. COMO FUNCIONA A APLICAÇÃO E O RESGATE
Basicamente, aqui, estamos falando da liquidez do fundo.
Depois que efetivamos a ordem de investimento na corretora, pode demorar um tempo para nosso dinheiro se transformar em cotas. Do mesmo modo, pode levar um outro tempo para que, caso precisemos do dinheiro, as cotas sejam depositadas financeiramente em nossa conta.
Então é bom ficar de olho nas seguintes informações:
- Prazo de cotização: tempo para converter o dinheiro em cotas, a partir da data de aplicação, ou as cotas em dinheiro, a partir do pedido de resgate.
- Prazo de liquidação: tempo pra, depois da cotização, depositar o dinheiro resgatado na conta.
- Prazo de resgate: tempo desde o pedido de resgate até o (cotização+ liquidação).
- D+n: a letra D representa o dia da operação e a n quantos dias úteis levarão para finalizar a fase de cotização ou liquidação.
Então, é preciso ficar atento: alguns fundos podem levar até mesmo mais do que um mês para finalizar uma liquidação. Nesse meio tempo, suas cotas ainda estarão sob influência do mercado. Então, alguns fundos de ação, por exemplo, podem dar um belo sufoco em quem quer sair correndo de um mercado em queda.
10. ASSEMBLEIA GERAL; COMO FUNCIONA?
A Assembleia Geral dos Cotistas reúne os cotistas do fundo para decisões administrativas ou de gestão: alteração na política de investimento do Fundo, demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador, mudança das regras, substituição de administrador ou gestor, liquidação, taxas de performance, administração, entrada e saída.
Todos os cotistas devem ser convocados com pelo menos dez dias de antecedência, mas a presença não é obrigatória. Cada cota vale como um voto.
11. COMO SABER QUAL O FUNDO CERTO PARA MIM?
Geralmente, um investidor vai optar não por um fundo, mas por diferentes fundos com diferentes características de riscos, objetivos, prazos e classes.
Para definir em que proporção você vai investir em fundos e quais as suas características, devemos conhecer bem nosso perfil de investidor, o tamanho de nosso capital, os objetivos para nosso dinheiro e o tempo que pretendemos permanecer nos investimentos.
Na dúvida, o mais saudável é consultar o seu Assessor Autônomo de Investimento.
12. COMO INVESTIR EM FUNDOS? (PASSO A PASSO)
O primeiro passo, sem dúvida, é conhecer seu perfil de risco. Afinal, cada tipo de fundo oferece lucros e riscos diferentes. Mesmo fundos de renda fixa podem oferecer risco.
A seguir, defina qual o objetivo desse investimento.
O próximo passo é abrir uma conta em uma corretora: não tem custos, não tem saldo mínimo de permanência nem taxa mensal. Além disso, é super fácil de abrir hoje em dia: é só entrar no site daquela que você escolher e preencher seus dados pessoais e bancários. Em 24 horas, no máximo, sua conta estará operacional.
O próximo passo é depositar o dinheiro que pretende investir, conversar com seu assessor autônomo de investimento e escolher os melhores fundos por ele indicados.
13. CONCLUSÃO
Fundos de investimento estão entre as melhores opções para quem quer investir diversificando suas aplicações em diferentes tipos de risco e mercados. Contamos assim com uma gestão profissional de nossos recursos.
É preciso estar atento, no entanto, ao fato que lucros passados não significam lucros futuros, sobretudo no que diz respeito a fundos multimercado e fundos de ações.
Procure distribuir bem seu dinheiro entre fundos que, juntos, representem melhor seu perfil de risco, de prazo e de necessidade de liquidez, ficando atento aos prazos de cotização e sobretudo de resgate.
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