Você certamente já acordou e pensou: “Será que estou cuidando da maneira certa dos meus investimentos?”.
De um lado, a taxa básica da economia, a Selic, nunca esteve tão baixa como nos últimos tempos.
Isso prejudica os investimentos em renda fixa – CDB, LCI, LCA e outros – todos, em sua maioria, indexados pela taxa DI.
De outro lado, a bolsa de valores, se mostrou não tão otimista como nos meses anteriores.
Fundos diversos, conservadores ou não, de ações ou não, apresentaram perdas ou, então, rendimentos não tão bons quanto em períodos recentes.
Quanto à bolsa, o problema é que as pessoas ou têm desconhecimento ou memória curta. A bolsa nunca é “otimista” ou “pessimista”: ela obedece a leis de mercado, que, em si, não são boas nem ruins. Apenas são. Funcionam desse jeito e pronto. Às vezes a bolsa cai. Às vezes a bolsa sobe. É assim desde quando um sujeito resolver vender e comprar ações de empresas pela primeira vez.
Então contar com a bolsa para fazer seus rendimentos serem satisfatórios, como se ela devesse funcionar de uma forma ou outra, sempre favorável a nós, é um pouco de ingenuidade.
No que diz respeito à renda fixa, ela sempre será uma opção segura para parte de seu dinheiro enquanto a outra pode estar sendo alocada em operações mais arriscadas.
Mesmo com o CDI baixo, busque sempre investimentos que garantam remunerações superiores, considerando a alíquota do imposto de renda.
A bolsa de valores, por sua vez, não é o lugar ideal para “investir”. Por investir entendemos alocar uma certa parte de seu capital para deixar em uma aplicação durante um prazo relativamente longo. Sério, na bolsa, isso não é uma boa ideia…
Ah, mas Warren Buffett…
Amigo, amiga! Warren Buffett é Warren Buffett. E nós somos meros mortais. Não temos as mesmas informações sobre empresas que ele tem. Não temos o mesmo acesso a formas diferenciadas de investir que ele tem.
Não podemos nos comparar nem mesmo a Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física do Brasil. Ele vai recomendar que você compre ações ao longo de sua vida de empresas que, durante todos esses anos, permanecerão e crescerão. Quando o preço das ações caírem, compre mais… porém, será que, para o volume de ações que somos capazes de comprar, essa tática vale a pena?
Como vimos no último maio, o mercado pode levar pancadas que, aparentemente, não tem explicação. Nesse cenário de queda, você compraria mais ações? Comprometeria mais capital em Petrobras, por exemplo? Você, aliás, teria dinheiro para aproveitar essa suposta liquidação? Ou só restaria esperar que os ativos voltassem a subir?
Tem gente falando que a bolsa se valores vai valorizar 1.000%. Sério? Eles têm bola de cristal? Pode ser que aconteça e, nesse caso, esses dirão: viram, eu não disse?
Mas a verdade é que ninguém tem garantia disso. Pode não acontecer. Sabe lá que interesses têm os grandes investidores institucionais no mercado nacional.
Assim, se você está de fato interessado ou preocupado com os seus rendimentos minha dica é: não invista na bolsa, mas em conhecimento para aprender a especular nos mercados.
Não há nada de errado em proteger, por outro lado, boa parte de seu capital na renda fixa enquanto você dá os seus primeiros passos para expor uma pequena parcela ao risco e, ainda assim, durante trades curtos, comprometendo-se com menos riscos.
Para deixar de se preocupar com seus investimentos, o melhor é, então, investir naquilo que, de fato, é investimento e especular com aquilo que não, não é investimento, mas especulação.