O gestor de fundos do Quantum Fund, Stanley Druckenmiller, fez sua aposta contra a libra esterlina e se tornou bilionário.
O mega investidor Stanley Druckenmiller, parceiro de George Soros na aposta contra a Libra Esterlina em 1992 (evento que rendeu um bilhão de dólares em lucros), disse que estava se aposentando em 2010 porque não conseguia lucrar os mesmos bilhões de antes com seu fundo hedge, o Duquesne, na época, com US$ 12 bilhões em ativos.
Fico imaginando o nível de frustração e miséria para uma pessoa com uma dúzia de bilhões de dólares jogar tudo para o alto assim por se sentir desestimulado ???
Druckenmiller é Bacharel em Economia pela Bowdoin College, mas largou o doutorado para se dedicar ao petróleo no banco de Pittsburg, em 1977. Seu fundo, o Duquesne Capital Management, foi criado um ano depois. Mesmo depois de criar o fundo, trabalhou como gestor de um outro fundo chamado Dreyfus.
Conheceu Soros em 1988 e foi contratado para o famoso Quantum Fund, que administrou por 12 anos, obtendo rendimentos até 30% do que o principal índice da bolsa americana. Isso enquanto cuidava do seu próprio fundo, o Duquesnte.
Em 2000, o Quantum sofreu com a bolha tecnológica e ele decidiu sair (ou Soros “saiu com ele”). Agora, estava dedicado totalmente ao Duquesne do qual cuidou por mais dez anos, como contamos no início deste texto.
Extremamente competitivo, Druckenmiller decidiu que era hora de parar quando seus resultados não eram tão bons quanto o de seus pares: tanto dinheiro para cuidar, em suas palavras, o deixava estressado e, por isso, não estava entregando os resultados que seus clientes exigiam.
Atualmente, cuida apenas de seu próprio dinheiro, “como passatempo”. Pode uma coisa dessas?
Em 2015, foi visto comprando uma posição de US$ 300 milhões em ações da SPDR Gold Trust indicando, assim, na possibilidade de uma crise nos próximos anos: o ouro valoriza nas crises, por sua segurança e valor intrínseco muito firme.
A aposta se concretizou e já em 2016 o lucro começava a aparecer, não por causa de um colapso econômico, mas pela volatilidade causada pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Também em 2016, ele apostava contra a moeda chinesa, então não precisamos enviar flores nem escrever cartões com mensagens motivadoras: aparentemente está tudo bem.
Aparentemente, ele e outros grandes players detectaram, durante o começo do ano passado, no yuan chinês uma crise que, pelo menos financeiramente, é maior que a crise do subprime (pela qual muitos deles foram responsáveis).
Druckenmiller é partidário das ideias de seu parceiro, Soros: um fundo de bom resultado não consiste de muitos acertos, mas da proteção do capital quando os erros acontecem e de que, nos acertos, o resultado financeiro seja desproporcionalmente gigantesco. Ou seja: pouco risco e objetivos importantes.
Foi um dos grandes investidores que não apostou suas fichas em Trump. Se recusou a dar dinheiro ao topetudo, dizendo: “”Não tenho certeza se alguém daria dinheiro a Trump, já que ele afirma que vale US$ 10 bilhões. ”
Resta-nos saber se ele está arrependido, já que em apenas um ano Trump fez com que a bolsa atingisse records consecutivos, impulsionando o PIB e a taxa de confiança dos empresários. Além de derrubar a taxa de desemprego nos EUA em 4,1%.