Confira quais são os principais pesadelos de quem vive da bolsa de valores
Se você vive da bolsa, imagine aquela situação que não desejamos nem para nossos piores inimigos.
A bolsa é repleta delas.
Verdadeiros pesadelos que, só de imaginar, o estômago embrulha. Histórias que a gente ouve aqui e ali de pessoas que as viveram ou que conheceram alguém que viveu.
De início, podemos perguntar como alguém se meteu nesse tipo de enrascada. Mas todo cuidado é pouco. O próximo pode ser você.
Conheça algumas das armadilhas em que podemos nos meter e como evitar.
COMPRAR NO MOMENTO DE EUFORIA
O sujeito nunca tinha ouvido falar de bolsa de valores antes, não pelo menos como um método viável de ganhar dinheiro.
Do dia para a noite, descobre a possibilidade: muda o governo, todos estão otimistas, um comentarista solta um número qualquer dizendo que o índice vai para 150 mil pontos em no máximo três meses.
Resultado, ele e mais uma cambada de novatos compra ativos baseados na euforia. Se você entrar nos fóruns e blogs especializados nessa época, é só gente comentando notícias que, para o mercado, já são velharia.
E nosso personagem – conhecemos diversos iguais a ele – pega todas as suas economias e compra tudo em blue chips, aquelas empresas que não vão falir de jeito nenhum, né?
E, tudo o que ele fez foi dar liquidez para os grandes players que só estavam desovando ativos. A partir de um ou dois meses de uma breve alta residual, as ações começam a cair, a cair, a cair… na melhor das hipóteses, nosso amigo vai vender as ações quando perder uns 10% em valor… na pior, vai “casar” com elas, esperando o momento em que voltarão ao valor original… ou vender, num momento de desilusão e pânico (geralmente é quando as ações recomeçam a subir).
Como evitar? Evite os momentos eufóricos da bolsa e evite pensar na bolsa como investimento de longo prazo, sobretudo se você for iniciante.
O DOBRO OU NADA
Essa história é triste.
É o sujeito que compra, digamos, um minicontrato de dólar. Aí a cotação cai. Ele está no prejuízo. Em vez de estopar a operação, ele compra mais um. Agora, se subir, fica mais fácil de recobrar o valor perdido.
De fato, o papel sobe, mas não o suficiente. E volta a cair.
Muito bem. Ele compra mais dois. Se subir, agora, o ganho será incrível. E dá certo. O papel sobe o suficiente e ele faz um pequeno lucro.
Ele usa essa estratégia mais alguns dias e dá certo. Ele acha que descobriu a América.
Mas, chega um dia, finalmente em que ele vai usando a estratégia de dobrar a aposta a cada queda e o papel continua caindo. Ele já está comprado em 128 minicontratos e o minidólar dá uma pancada de 15 pontos de uma vez, sabe-se lá por quê. Lá se vão R$ 20 mil (fora as taxas) numa tacada só, fora o fato de que ele já estava no prejuízo. Se ele conseguir reagir, a perda vai parar por aí. Se ficar paralisado feito um coelho no meio da estrada, hipnotizado pelos faróis dos carros a perda será bem maior.
Como evitar isso? Usar gerenciamento de risco e saber exatamente quanto você é capaz de perder em um único dia. Contar com que o mercado faça um recuo suficiente para você recuperar o dinheiro em caso de dobrar sua mão, não é gerenciamento de risco. É loucura.
O MERCADO SABE O QUE ESTOU FAZENDO E FAZ SEMPRE O CONTRÁRIO DO QUE QUERO
Isso é uma meia verdade.
De fato, os grandes players, sobretudo através de sofisticados algoritmos de negociação, sabem onde estão os stops da maioria dos participantes, onde esses stops dão mais liquidez às suas operações e em que direção os outros participantes estão negociando, se na compra e na venda.
Mas o fato de você fazer uma coisa e o mercado fazer outra só mostra que você está usando parâmetros errados para a tomada de decisão.
Geralmente, toda análise técnica se baseia no preço. Nos padrões que ele desenha no gráfico (ombro cabeça ombro, flâmulas, bandeiras, retângulos), suportes e resistências, linhas e canais de tendência. Ou em indicadores que, basicamente, se formam baseando-se em preços no passado.
Mas, ora, se todo o mundo opera usando o preço e seus derivados e todo o mundo (mais de 95% dos participantes de varejo) se dá mal, só isso já deveria ser sintoma de que deveríamos usar outros parâmetros.
A melhor forma de evitar o pesadelo de sempre “estar errado” na bolsa, é operar lado a lado com esses participantes, big players, que sabem onde está o stop dos demais, que têm bolso para comprar mesmo numa queda e defender uma região de preço para que ela não seja rompida e, depois, rompê-la quando bem entender.
Atualmente, a metodologia que ensina essa possibilidade é o Raio X Preditivo que, em vez do preço, segue o volume que só esses participantes são capazes de injetar no mercado. O Raio X Preditivo é a sistematização da Nova Análise Técnica que encara o preço como mero mensageiro e o volume como verdadeira mensagem. Lendo a mensagem é possível que comecemos a operar em sintonia e sincronia com o mercado e não na contramão dele.