Para os amantes de investimentos, confira a lista que preparamos para você maratonar nas férias.
Quando gostamos de um assunto, mesmo quando estamos de férias gostamos de estar envolvido com eles.
Claro que nos filmes e séries a bolsa de valores é romantizada, dramatizada e até exagerada, mas a arte serve para isso mesmo: através do exagero, da hipérbole, podemos ter uma outra visão do mundo em que já estamos tão envolvidos que, sem ela, veríamos sempre da mesma forma.
Por outro lado, documentários nos apresentam os lados da verdade que, por vezes, ficam escondidos do grande público.
Assim, preparamos uma lista para você não só se divertir com a bolsa, mas para ampliar seus horizontes quanto ao mercado real:
1. Billions
Série excelente da Netflix, com o ator Paul Giamatti. Conta a história de um promotor de justiça às voltas com um bilionário e sua empresa de fundos de investimento corrupta. Mostra como essas empresas fazem de tudo para lucrar e como o mercado é predatório e impiedoso. Com excelentes atuações e situações dramáticas.
2. Trocando as bolas
Comédia clássica com Eddie Murphy. Dois velhos investidores apostam que conseguem transformar um mendigo em um negociador de sucesso e o seu aprendiz em um mendigo. Destaque para as cenas que acontecem no pregão viva voz da bolsa em que os dois protagonistas negociam contratos futuros de suco de laranja.
3. O Lobo de Wall Street
Baseado na história real de Jordan Belfort que, com um esquema de negociação de ações de baixo valor, enganou milhares de pessoas nos Estados Unidos. Filme de 2013. No papel principal temos Leonardo DiCaprio e a direção é de Martin Scorcese. Mostra o clima de psicopatia das grandes empresas de instrumentos financeiros.
4. A Corporação
Documentário canadense de 2003, dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott. O filme descreve o surgimento das grandes corporações como pessoas jurídicas, e discute, do ponto de vista psicológico que, em sendo pessoas, que tipo de pessoas elas seriam. Assustador, mas sempre é bom lembrar com o tipo de “pessoa” estamos lidando quando entramos na bolsa de valores.
5. A Grande Aposta
Repleto de grandes atuações. Filme muito didático e divertido para quem quer entender a crise que aconteceu em 2008. Baseado em fatos. O personagem Michael Burry percebe que os empréstimos feitos para o mercado imobiliário está em risco de inadimplência e decide operar vendido, contra todas as expectativas.
6. Wall Street: poder e cobiça e Wall Street: o dinheiro nunca dorme
O mundo da bolsa na década de 1980. Gordon Gekko (Michael Douglas) é um milionário ganancioso e frio, que negocia a partir de informações privilegiadas, prática proibida, mas que vemos acontecer com frequência, inclusive nos mercados brasileiros. O segundo filme, de 2010, é sobre Gekko também, após deixar a cadeia, e, embora não tenha obtido o mesmo sucesso do primeiro, vale a pena assistir.
7. Betting on Zero
Este é para você que quer entender o que é venda descoberta (vender ações sem tê-las apostando na queda de seu valor). Cuidado com as traduções da legenda: os tradutores traduzem “short position” para “posição curta”, mas a tradução correta é “venda descoberta”. O documentário mostra como um grande “investidor ativista” tenta derrubar as ações de uma grande empresa mundial ao mesmo tempo em que está vendendo esses ativos a fim de lucrar com a queda.
8. Trabalho Interno
Mais um para entender a crise de 2008 e certamente as próximas que virão. Matt Damon é o narrador desse documentário. Elucida as peças principais do ponto de vista econômico e político que desencadearam todo o problema. Extrapola a análise para diversos mercados, como o da Islândia e o da China, não ficando centrado apenas nos Estados Unidos.
9. Enron: os mais espertos da sala
A Enron, empresa de petróleo e gás dos Estados Unidos, foi uma das que se envolveu com a crise energética da Flórida. Esse documentário apresenta a história dessa companhia que desenvolveu uma fraude contábil que, durante anos, somou perdas de 25 bilhões de dólares. Não só a Enron dançou: a grande firma de auditoria Arthur Andersen deixou passar esses zeros todos em suas análises, perdeu credibilidade e esse também foi seu fim.
10. Grande Demais para quebrar
A principal vítima do setor financeiro em 2008 (talvez merecidamente) da crise do subprime foi o banco Lehman Brothers. O filme conta a história de como tentaram salvar a instituição junto aos membros do congresso americano. O final da história todo o mundo sabe, mas vale a pena saber como aconteceu.
11. Quants: os alquimistas de Wall Street
Neste documentário, descobrimos como matemáticos e programadores são usados para criar ferramentas digitais para operar automaticamente na bolsa como verdadeiros exterminadores de futuro. Perfeito para quem ainda não entende o poder dos robôs de alta frequência de negociação e seu papel na bolsa de valores.
12. Capitalismo: uma história de amor
Documentário do polêmico e sarcástico Michael Moore. Novamente, um filme que mostra o poder e a força das grandes corporações e o peso que elas têm nas decisões políticas dos países frente aos indivíduos, sejam sozinhos ou em comunidades esmagadas pela ambição financeira.
13. Margin Call: o dia antes do fim
Com Kevin Spacey, este filme apresenta o setor de análise de risco de uma corretora de valores. Um dos funcionários descobre que sua companhia está trabalhando mais alavancada do que pode nos mercados financeiros e a margem de risco foi ultrapassada: a falência é iminente e tudo pode acontecer. Se você quer aprender sobre os riscos da alavancagem, este é o seu filme.
14. Réquiem para o sonho americano
O filósofo Noam Chomsky fala sobre a desigualdade de renda. Critica os princípios fundamentais do neoliberalismo e lança seu olhar sobre os fatos econômicos da vida e concentração de riqueza. Uma visão ética sobre o mercado. Concordando ou não, é um documentário obrigatório para entendimento de possíveis visões do mundo econômico.