Eles dizem que você não deve mexer com elas.
Eles dizem que elas são perigosas.
Eles dizem que elas vão fazer você perder todo o seu dinheiro.
Elas são as opções.
Meus amigos, também dizemos para as crianças não brincarem com fogo, pois elas vão fazer xixi na cama. Dizemos isso, na verdade, para que elas não se queimem, porque elas, de fato, não têm maturidade para lidar com as chamas.
Podem até causar um incêndio!
As opções são a mesma coisa. Podemos perder muito dinheiro com elas se fizermos do jeito errado.
Muita gente compra opções por vários motivos.
Alguns compram por engano, achando que são ações e chegam a perder o vencimento e, tarde demais, descobrem que seu dinheiro foi para o limbo de onde nunca mais voltará. As corretoras estão cheias de histórias de gente reclamando que seu dinheiro desapareceu quando, por exemplo, o preço da ação objeto da opção de compra ficou abaixo do strike ou preço alvo da opção.
Imagine o nível de despreparo e o trauma que uma pessoa que passa por isso sofre.
Outros compram porque opções são “baratas”. Algumas custam centavos! E gastam milhares de reais com opções nada promissoras.
Opções podem e devem ser derivativos seguros para fazermos trades e até mesmo para fazermos operações de proteção (para o caso de quem tem um carteira grande de ações) ou operações estruturadas, só com opções em que limitamos nossas perdas e nossos ganhos.
Comprar opções de compra a seco pode ser perigoso? Sim, se considerarmos que todo o valor que colocamos na operação é o tamanho de nosso risco e se todo esse valor corresponde a boa parte de nosso capital.
Devemos fazer isso? Não acho uma boa ideia.
Mas e se colocarmos nessa operação uma quantidade razoável de dinheiro que, se perdida, esteja dentro de nosso gerenciamento de risco?
E se, junto a isso, tivermos uma metodologia a nosso lado capaz de ler a atuação dos grandes investidores institucionais na ação objeto da opção?
Estamos reduzindo o risco, o potencial dano e, ainda por cima, aumentando a possibilidade de lucro.
Não podemos esquecer do detalhe: muitas vezes quando o preço de mercado da ação objeto ultrapassa o strike de uma opção, a valorização do derivativo é exponencial!
Quando a Petrobras valorizou em 2007, quase 20% em dois dias, houve opções que aumentaram seu valor em dez vezes. Pode crer: teve gente que ficou rica naquele dia.
Só para fazer um exercício de matemática bem básica. A coisa não funciona bem assim, mas vamos lá.
Digamos que eu tenha comprado uma opção de uma ação de uma empresa qualquer a R$ 0,30. Dez mil delas. Paguei, então, R$ 3 mil. O strike é de R$ 40 e, por enquanto, o preço de mercado do papel é R$ 39. Se continuar nesse cenário, essas opções vão valer nada até o vencimento pois nem você nem ninguém vai querer exercer o direito de comprar as ações por R$ 40 se podemos comprá-las a mercado por R$ 39.
Neste momento, R$ 3 mil é o tamanho do seu risco.
Mas, no dia seguinte, a companhia anuncia que fez uma descoberta importante. As ações valorizam e passam a valer R$ 45.
Repito, não é bem assim que funciona, mas basicamente, suas opções passam a valer aproximadamente R$ 5, que é a diferença entre o preço do strike e o preço do mercado.
Então, suas 10 mil opções, pelas quais você pagou R$ 3 mil, agora, juntas, valem R$ 50 mil.
Você poderia ter perdido três mil reais. Um risco considerável.
Mas ganhou dezenas de vezes isso.
Esse é o poder das opções. Um derivativo com o qual muito poucos fazem trades por puro medo. E, devo dizer, se você ainda tem medo, de fato, não mexa com elas.
A solução é aprender uma metodologia que ensine você a visualizar cenários e ler contextos em que é provável uma valorização considerável de um ativo.
Isso não quer dizer que você vai acertar sempre, mas na bolsa de valores o segredo é reduzir os riscos e aumentar as chances de ganho através de trades de alta probabilidade.
Esse feito é atingido com ajuda da Nova Análise Técnica, ensinada pelos conceitos do Raio X Preditivo e possibilitada pela leitura fornecida por suas ferramentas, os indicadores Sato’s.