Uma das dúvidas mais frequentes por traders e investidores do mercado financeiro, é conhecer a história do mercado de ações.
Assista o vídeo abaixo e conheça a história do mercado de ações:
Conheça a história do mercado de ações
Longe de ser o mercado de ações eletrônico que conhecemos hoje e tampouco o que conhecemos há alguns anos com aquela gritaria no pregão viva voz, a coisa mais antiga de que se tem registro parecida com um mercado de ações foi em Bruges, Bélgica, no período medieval.
No longínquo ano de 1300, Bruges era o epicentro do comércio europeu naquela época, com trânsito de navios mercantes das mais diferentes procedências e das mais variadas mercadorias.
Era muito próprio, então, que ali se estabelecesse, em 1309, um mercado de “ações”. As aspas são necessárias, porque não eram propriamente ações e sim letras de câmbio e hipotecas. Imagine o quanto isso representava para uma cidade daquela época em termos de dinheiro circulante na região. Com isso, a região dos países baixos, que inclui a Holanda além da Bélgica, prosperou imensamente.
Ao longo das décadas, Bruges só cresceu e se tornou referência em termos de inteligência econômica. Levou cem anos para, com a chegada de Felipe, o Bom, Duque da Borgonha, ainda mais banqueiros serem atraídos para região.
Isso levou um século e levou quase mais um séculos para que, em 1847, fosse instituída oficialmente a “bolsa”. Reza a lenda que o local onde a bolsa funcionava era da família Van de Burse. O brasão da família possuía três bolsas entre outras firulas e o nome pegou.
Verdade ou não – o nome Burse, de fato significa bolsa -, justiça seja feita, em Paris em 1141 já havia a Bourse de Paris, embora as similaridades das negociações acabassem no nome.
A Bélgica continuou no seu pioneirismo financeiro e criou em 1531 a Bolsa de Antuérpia, onde eram negociados sobretudo empréstimos. Para muitos, é essa a primeira bolsa oficial.
As ações, este papel que imediatamente nos vêm à mente tão logo pensamos em bolsas de valores, só vieram a aparecer em uma versão mais parecida com a que hoje conhecemos um século depois, por volta de 1600. A primeira foi da Companhia Holandesa das Índias Orientais, negociada na Bolsa de Amsterdã, capital holandesa.
O plano era o mesmo das ações de hoje: dividir o capital em partes iguais, vendê-las e, com o dinheiro obtido, financiar a expansão da companhia para vencer a Companhia Inglesa das Índias Orientais.
Com isso, em 1669, a Companhia Holandesa das Índias Orientais se tornou a mais rica companhia privada do mundo, na época: tinha 150 navios mercantes, 40 navios de guerra, 50 000 funcionários, um exército privado de 10 000 soldados e uma distribuição de dividendos de 40%.
Não demorou muito para outras empresas copiarem a ideia das tais “ações”.
No Brasil, a primeira bolsa de valores com as características básicas que conhecemos hoje surgiu em 1845, no Rio de Janeiro.
A Bolsa de Valores de São Paulo, apareceu em 1890, fundada por Emílio Rangel Pestana. Passou por diversas transformações.
Há algumas décadas, assumiu o controle de diversas bolsas regionais – a fim de desfragmentar a liquidez – e, finalmente, se uniu, primeiro a Bolsa de Mercadorias e Futuros, se tornando a BM&FBovespa. Recentemente, a nova empresa se uniu à Cetip e se tornou a B3.