Entenda como esse bilionário é responsável por quebrar um dos maiores bancos do mundo.
O húngaro George Soros é uma das 30 pessoas mais ricas do mundo. Em fevereiro deste ano de 2017, sua fortuna ultrapassava os US$ 25,2 bilhões. Seu maior feito foi, nada mais, nada menos, ter quebrado o Banco da Inglaterra em 1992, vendendo a descoberto US$ 10 bilhões em libras esterlinas, o que lhe rendeu US$ 1 bilhão de lucro na ocasião.
Admirado como um investidor capaz de identificar tendências onde ninguém mais as vê, teve uma infância difícil; Em 1947, foi para Londres, com uma identidade falsa, fugindo da Hungria ocupada pela Alemanha Nazista.
Antes de entrar de cabeça em fundos de cobertura (em inglês hedge funds) da Double Eagles, trabalhou em diversos bancos mercantis. Não demorou muito para, já aos 40 anos, criar o seu Soros Fund Management, com o qual passou a assessorar a Double Eagle, agora chamada de Quantum Fund. Essa gestora de fundos passou de US$ 11 milhões na década de 70 para US$ 25 bilhões em ativos em 2011.
George Soros não é somente um homem dos números: seus estudos de filosofia o ajudaram a adaptar a teoria da reflexibilidade de Karl Popper para o mercado de capitais. Segundo o próprio George Soros, esse exercício o fez ter uma nova visão sobre o mercado de ações.
Conspiracionistas veem com muita desconfiança seu apoio às causas de esquerda e entidades consideradas contra os “valores tradicionais que fundaram a sociedade ocidental”, como a legalização da maconha. Só entre 1979 e 2011 foram US$ 11 bilhões para causas filantrópicas.
Mas tudo isso é especulação. Vamos ver algumas frases de George Soros e ver se alguma delas se aplica ao seu jeito de investir. Lembre-se: ele é uma das 30 pessoas mais ricas do mundo. Nem tudo o que ele diz serve para nós, meros mortais.
- Se o investimento for divertido, você provavelmente não está ganhando dinheiro. O bom investimento é chato.
- Sou rico porque sei quando estou errado. Sobrevivi por reconhecer meus erros.
- Se o dinheiro é livre, o credor continua a emprestar até que não haja ninguém mais para emprestar.
- O mercado financeiros é geralmente imprevisível. A ideia de que você pode prever algo contradiz como eu vejo o mercado.
- Quanto pior a situação, menos é necessário para que ela se reverta e maior é o upside.
- Eu sou pela supervisão máxima e regulação mínima.
- Eu não me mantenho equilibrado. Eu entro em pânico. O mesmo acontece comigo e com todo o mundo. Eu sou entregue à euforia e ao desespero. E devo dizer que sobrevivi, basicamente por reconhecer meus erros.
- Os mercados são desenhados para permitir indivíduos a cuidar de suas necessidades pessoais e perseguir lucro. É uma invenção grandiosa e eu nunca subestimaria o valor disso. Mas eles não foram desenhados para cuidar das necessidades sociais.
- É muito mais fácil colocar recursos existentes em um melhor uso do que desenvolver recursos onde eles não existem
- Quando as taxas de juros estão baixas, nós desenvolvemos condições para as bolhas serem criadas. E elas estão sendo criadas no momento. A última foi a do ouro.
- Nós, na Soros Fund Management, utilizamos opções e instrumentos derivativos exóticos com moderação. Nós tentamos pegar as tendências antes e nos estágios posteriores tentamos pegar a tendência de modo inverso. Por isso, nós tendemos a estabilizar o mercado ao invés de desestabilizá-lo. Nós não estamos fazendo isso como um serviço social. É o nosso estilo de ganhar dinheiro.
Para você ficar mais animado e saber que nem tudo são glórias na vida de um megainvestidor como Soros: em 1994, dois anos depois de ter apostado contra a libra esterlina, ele apostou contra o iene japonês.
E perdeu: US$ 400 milhões.
Entenda o jogo por trás do jogo! Saiba como os Players Institucionais comandam a Bolsa de Valores, veja o vídeo abaixo: