Conheça algumas expressões da bolsa de valores que todo trader precisa conhecer.
São diversas as expressões da bolsa de valores. As palavras condicionam nossa realidade.
Se não temos uma palavra para descrever algo, provavelmente, essa coisa não existe para nós.
Veja bem, não estou dizendo que essa coisa não existe: ela existe sim.
Mas, sem um termo para descrevê-la, ficamos alheios a ela.
Se surgíssemos no mundo, do nada, hoje mesmo, talvez nos faltasse uma palavra para carro e, possivelmente, viéssemos a ser atropelados.
Mas tudo isso é filosofia barata de minha parte.
No entanto, na bolsa de valores, muitas pessoas são vítimas desses mesmos conceitos que acabei de depreciar. Sem ter conhecimento da existência de certos fatos, acabam vitimadas por eles. E, para cada um desses fatos, existem palavras para descrevê-los.
Conheça alguns:
Investidores institucionais
São os big players. Uma dupla de pesquisadores de uma universidade da Suécia levantou que pouco mais de 100 companhias dominam quase 50% de todo o capital mundial. Isso foi em 2011. Possivelmente, hoje, essa concentração financeira e de poder é ainda maior. Pelo menos metade delas têm intensa participação nos mercados e nas bolsas mundiais. Você consegue ter ideia de quanto dinheiro elas movimentam na B3 diariamente? Não, não tem. Estima-se que esses participantes são responsáveis por quase 90% dos negócios das bolsas de valores no mundo.
Robôs HFT
Outra estimativa é de que os robôs HFT sejam responsáveis por mais de 80% dos negócios realizados na bolsa de valores atualmente. Isso mesmo: quase todos os negócios, os maiores volumes de ativos negociados na bolsa, são feitos automaticamente por algoritmos. Robôs HFT ou High Frequency Trading ou Negociação em Alta Frequência posicionam e reposicionam ordens de compra e venda milhares de vezes por segundo, se aproveitando dos menores desequilíbrios, tendo inclusive estratégias para manipular o mercado sem que ninguém perceba.
Absorção
É como os big players atuam na maior parte do tempo para montar suas posições vendidas ou compradas. Quando todos estão agredindo na compra, numa tendência de alta, o big player aproveita para absorver essas agressões, desovando passivamente seus ativos ou montando posições vendidas para a próxima fase de queda (que ele mesmo tentará provocar). Quando todos estão agredindo na venda, eles estão comprando passivamente, já montando uma forte posição comprada, enchendo o carrinho de ativos.
Distribuição
São os big players distribuindo ativos no topo do mercado para os participantes mais fracos. Logo a seguir, eles provocarão a queda dos preços, agredindo forte na venda.
Acumulação
Todos estão desesperados, tentando se livrar de seus ativos, no fundo do mercado. Enquanto isso, o big player acumula ativos. Tanto a acumulação como a distribuição se caracterizam pela lateralização do mercado.
Desespero extremo
Este é o ápice da absorção no final de um movimento de queda. O mercado já caiu bastante e os possuidores fracos de ações e outros ativos vendem seus papeis em um frenesi de desespero. O big player, na maior das “boas vontades”, aceita comprar aqueles papeis “sem valor”. Na verdade, ele está comprando barato. Este momento é caracterizado por um volume absurdamente alto e, portanto, intensa atividade institucional.
Euforia máxima
Este é o ápice da absorção no final de um movimento de alta. Todos os possuidores fracos estão comprando, empolgados, otimistas, lendo e assistindo a boas notícias nos telejornais. Todo o mundo fala em bolsa e que a bolsa baterá recordes e mais recordes. Num frenesi comprador eufórico, o big player aproveita para distribuir seus papeis no topo do mercado.
Locked by Position
Situação de quem se “enrolou” em uma posição comprada ou vendida. Por exemplo, em algum momento, depois da euforia máxima, o big player, com sua enorme capacidade financeira vai agredir na venda de ativos (note que antes ele estava vendendo ativos passivamente, pois havia demanda). Agora, ele esgotou toda a demanda. Ninguém mais quer comprar. Mas ele começa a vender, agredindo preços cada vez mais baixos, provocando uma queda acelerada. Muitas vezes, a queda chega a pular níveis de preço, fazendo um gap. Quem comprou no topo, não sabe se vende com prejuízo, se espera para ver se volta a subir, se compra porque está mais barato… enfim, está enrolado… locked by position.
Trade location
Consiste em localizar os níveis de preço de interesse dos big players. Os níveis em que eles mais distribuíram ou acumularam tem grande potencial de movimentos importantes, para cima ou para baixo. É como uma represa prestes a estourar, mas em vez de água, nós temos volume de ativos negociados. Através de ferramentas adequadas, como os indicadores Sato’s, conseguimos localizar facilmente essas áreas.
Ponto de Controle
Uma das possíveis formas de localizar zonas de trade location no gráfico dos ativos. Existem diversas técnicas para achar o ponto de controle dos big players: através de ferramentas como o Sato’s Force Histograma, Sato’s Bar, Market Profile, Sato’s Defense ou através da localização de ranges importantes (áreas de lateralização). Basicamente, os pontos de controle são os níveis de preço onde os big players buscam resolver o seu principal problema: liquidez. E, nesses pontos, estão as regiões nevrálgicas dos ativos da bolsa de valores.
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