O investidor Louis Moore Bacon está entre as 400 pessoas mais ricas do mundo segundo a revista Forbes, lá no finzinho da lista, mas está, com sua fortuna estimada em 1,81 bilhão de dólares em janeiro deste 2017. Em 1991, ele já era o vigésimo da lista das pessoas que mais lucraram em Wall Street.
Esse felizardo nasceu em 1956, em Raleigh, Carolina do Norte. O pai trabalhava com imóveis e ele se formou em literatura, uma formação um tanto heterodoxa para quem ficou bilionário com investimentos.
Mais tarde ele obteve, sim, seu MBA em finanças na Escola de Negócios de Colúmbia. Enquanto estava nesse processo ele começou a negociar commodities fazendo o que ninguém deveria fazer: negociando com dinheiro emprestado.
Durante um ano e meio só perdeu dinheiro. Por sorte, seu pai lhe emprestou dinheiro para as necessidades. No quarto semestre de aventuras na bolsa, transformou a dívida em lucro.
Depois de receber seu MBA, Bacon se juntou ao programa de vendas e negócios na Bankers Trust e, depois de um tempo, foi ser corretor no pregão viva voz da New York Cotton Exchange.
Sim, ele passou por aquela experiência que não existe mais de se ficar berrando no meio de toda aquela gente, comprando e vendendo papeis.. Depois ele foi para a Shearson Lehman Brothers… e, então se tornou vice presidente sênior da empresa na futura divisão de trades que ela ainda teria.
Finalmente, em 1987, Bacon fundou a Remington Trading Partners. Suas sacadas de mercado permitiram que ele se mantivesse lucrando no período conturbado que então viria naquele ano.
Dois anos depois ele pôde fundar a Moore Capital Management, que levava seu nome do meio, em em 1990 criou a Moore Global Investments usando para isso, simplesmente US$ 25 mil que herdou de sua família. Minimalista, não?
Bacon se identifica com o Partido Republicano dos Estados Unidos, mas não só isso. Ele já chegou a contribuir com £250,000 para o Partido Conservador Britânico.
Apesar desse perfil de direita, ele também se envolve com causas ambientais, patrocinando apoio a organizações de preservação à vida selvagem e à conservação da água. Mas, perto de sua fortuna, tudo foi só uma mixaria: US$ 1 milhão. Mas não foi só isso: ele doou áreas equivalentes a 70 mil hectares para o United States Fish and Wildlife Service.
Atualmente, o fundo de hedge Bacon’s Moore Capital gerencia US$13.4 bilhões em recursos com retornos expressivos a cada ano para seus clientes. Porém, como todos os outros responsáveis de fundos macro, Bacon teve um 2017 difícil: dizem que, até junho deste ano, amargava 6% de perdas.
Esses herdeiros de George Soros, começam a enfrentar mercados cada vez mais opacos e que vêm mudando a cada dia, com tendências difíceis de detectar, algoritmos que leem anomalias em segundos e distribuição mais rápida e democrática de informações.
A exemplo de Soros, muitos desses investidores, incluindo Bacon, estão com um problema que muitos de nós gostaríamos de ter: estão com montanhas de dinheiro na mão sem saber o que fazer com eles. Os fundos macro este ano estão com rendimentos baixíssimo e eles estão atrás de oportunidades.