Passar a viver exclusivamente de trades e dos seus investimentos na bolsa de valores, pode ser uma etapa que pode demorar um pouco. Não se engane. Mas nada impede que, com prudência, estudo e cuidado consigamos aumentar a nossa renda mensal e o valor que acumulamos mensalmente, passo a passo, nos aproximando desse momento em que não precisemos mais de uma fonte de renda mensal proveniente de terceiros, sejam empregadores ou clientes.
Existem diversas formas de usar a bolsa de valores como uma forma de dar uma turbinada aos seus rendimentos, mais diretamente ou menos diretamente. Primeiro, não tenha pressa: bolsa de valores envolve riscos maiores e pode ser perigoso demais colocar todas as suas economias nela de uma vez. Vá devagar, escolha uma – ou mais de uma – dentre as sete possibilidades abaixo e comece a ter melhores resultados, aumentando a sua arrecadação mensal.
- Fazendo Day Trade: esta é a opção de muitos iniciantes, o que é um tanto contraditório, visto que fazer day trade é uma especialidade. Há muito o que aprender quando decidimos nos envolver com essa modalidade de negociação. Porém, por demandar valores baixos, devido à alavancagem, acaba sendo uma boa opção. Comece pequeno, mesmo depois de ter aprendido uma metodologia sólida em um curso sério e, aos poucos, bem aos poucos, vá aumentando a mão. Geralmente, não se vai lidar com ações, mas com minicontratos de índice e de dólar.
- Fazendo uma Carteira de Ações: envolve valores mais elevados uma vez que um lote de ações (normalmente 100 ações) vai custar alguns milhares de reais. Lotes de diferentes ações, vão custar, naturalmente, mais. Mas é uma opção para quem quer começar a fazer uma “poupança” com estes ativos. Se quiser investir menos, é possível comprar ações no mercado fracionário. Apenas é preciso ficar atento se os custos da operação, como taxa de corretagem, não ficarão relativamente altos comparados com o valor do investimento.
- COE: os Certificados de Operações Estruturadas não envolvem lidar diretamente com a compra e venda de ações. Você adquire uma cota ou mais de um COE. O COE faz a observação de três ou quatro ações que deverão estar cotações mais altas em determinadas datas: se essa condição for atingida, o investidor recebe um cupom de juros bem superior a qualquer outra opção de renda fixa. Se até o final isso não acontecer, o dinheiro investido é devolvido integralmente.
- Fundos de Ações: os fundos de ações são ideais para quem quer aproveitar a volatilidade da bolsa, mas não quer se aprofundar em seu estudo. Ou mesmo para diversificar. Quem cuidará da composição do fundo será uma administradora. Por isso, há o pagamento de uma taxa de administração e uma taxa de performance, caso o fundo vá muito bem.
- ETFs: os fundos de índice são muito parecidos com ações e podem ser negociados da mesma forma, usando o home broker ou outra plataforma. A diferença é que eles representam índices, isto é, um mix de ações que compõem aquele índice. É uma forma de “diversificar sem diversificar”.
- BDRs: os Brazilian Depositary Receipts são a possibilidade de investir em empresas do exterior sem precisar comprar as ações dessas companhias com o intermédio de uma corretora que atue no exterior. Os BDRs são negociados no Brasil mesmo, na B3, enquanto as ações correspondentes ficam sob custódia no país de origem.
- Clubes de investimento: deixei este por último porque estão cada vez mais em desuso devido a facilidade de se investir sozinho na bolsa de valores atualmente. Basicamente, um grupo de pessoas se une, juntando seus capitais, e juntas, com auxílio de um agente responsável, decidem em que papeis investir. Parece um fundo de ações, com cotas e tudo, mas a diferença é que há assembleias em que todos tentam resolver o rumo dos investimentos. Dependendo das pessoas envolvidas e a situação do clube, a coisa pode ficar muito parecida com uma reunião de condomínio.