Se você tivesse investido nestas ações, poderia ter dobrado seu capital durante a crise do coronavírus.
Imagine se você tivesse dobrado seu capital em poucos meses, durante uma crise financeira! Esse cenário parece e é improvável para a grande maioria das pessoas, mas, se você tivesse investido nestas ações que vou apresentar neste artigo, poderia ter dobrado seu capital em pouco tempo.
É claro, não tem como a gente adivinhar, mesmo com o melhor sistema preditivo para trade e investimento, se, de fato, uma ação vai desempenhar bem depois de uma crise aguda como a que acompanhamos como consequência da pandemia do Novo Coronavírus.
Existem comportamentos que nos fazem acreditar que uma ação pode ter uma forte recuperação, principalmente quando analisamos o volume de negócios nas grandes quedas.
Por exemplo, o grande volume de negociação apresentado por alguns ativos em março (auge da crise até o momento) demonstra que, enquanto uma grande parcela de investidores vendia suas ações, desesperados para reduzir perdas ou “estancar” a sangria, outros investidores mais fortes estariam absorvendo essas vendas, acumulando papéis de boas empresas a preço de liquidação.
Esses participantes fortes estão fazendo nada mais que se aproveitar da liquidez gerada pela crise e pelo desespero para adquirir ativos em grande volume: o que em tempos normais é impossível sem um grande cuidado estratégico, cuidado necessário evitar a influência em uma alta movida pela alta demanda que aquisições nesse volume necessário para montagem de grandes posições provocariam.
Só isso deveria ser suficiente para nos mover a tomar risco nessas ações, usando de recursos de proteção, claro, tais como: stop loss – limitando as perdas a um certo valor – e um comprometimento financeiro compatível com essas possíveis perdas – comprando-se um número adequado de ações.
Esse tipo de análise é ensinado na metodologia do Raio X Preditivo. O grande volume pode estar sendo provocado porque esses big players estão vendendo também? Pode. Mas a prática e o comportamento mais comum do mercado ensina que não. O uso de stop e de comprometimento financeiro existe justamente para evitar perdas maiores caso, justamente, os big players estejam vendendo e não comprando.
Abaixo listamos seis ações que mostram o tipo de movimento que uma ação pode ter quando os big players acumulam ativos durante a crise.
São ações que em questão de meses ou semanas recuperaram seus valores anteriores ou, ao menos, dobraram de valor – ou perto disso – comparadas ao preço mínimo a que chegaram nos piores momentos, durante março.
Algumas dessas ações fizeram parte de uma carteira que o trader Luiz Sato, sistematizador do Raio X Preditivo, montou para si em uma carteira que revelou a seus alunos.
Trisul (TRIS3)
A construtora Trisul, cujas ações são as ordinárias TRIS3, atua no mercado imobiliário de médio e alto padrão. Atua principalmente em São Paulo e no Distrito Federal e tem no portfólio cerca de 200 empreendimentos que somam 2,5 milhões de m² já construído. Está na bolsa de valores desde 2007.
- No dia 18 de março de 2020 a TRIS3 chegou a R$ 6,02.
- Em 22 de junho chegou a R$ 12,22
Ainda está longe dos R$ 16 em que estava no início do ano, mas qualquer nova queda pode abrir oportunidade nova para compra, desde que se siga os critérios de análise técnica ou mesmo fundamentalista.
Weg (WEGE3)
A Weg é uma empresa multinacional brasileira. Sua sede é em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Fabrica equipamentos elétricos e é uma das maiores do mundo neste setor. Atua nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, geração e distribuição de energia e tintas e vernizes industriais, entre outros produtos.
- Em 21 de fevereiro, suas ações estavam a R$ 49,80.
- No seu pior da crise, em 18 de março, chegou a R$ 26,47
- Agora, em 26 de junho, superou o topo anterior, chegando a R$ 50
Em poucos meses, você teria dobrado qualquer dinheiro que tivesse colocado nessa que é considerada uma de nossas empresas mais sólidas (embora não tão bem conhecida pelo grande público).
Magazine Luiza (MGLU3)
O caso da Magazine Luiza chega a ser espantoso e você já vai ver por quê.
Bom, essa empresa quase que dispensa apresentações, sobretudo para quem acompanha a bolsa.
A empresa varejista, ao longo dos anos, apresentou ganhos exponenciais. Qualquer um que tivesse colocado míseros R$ 10 mil nela há coisa de quatro ou cinco anos, hoje seria milionário.
O seu desempenho pós-crise não foi menos interessante.
- Em 17 de fevereiro, ela estava cotada a R$ 58,85
- No seu pior momento da crise, chegou a R$ 28,81
- Poucas semanas depois, já estava em R$ 69,35, superando até mesmo o patamar de fereveiro
Se você tivesse investido durante a crise, teria mais do que dobrado seu capital comprometido.
Sabesp (SBSP3)
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo é a a sexta maior operadora de serviços de água e esgoto do mundo. Foi outra empresa que apresentou um comportamento surpreendente no pós-crise. Lembre-se de que, quando falamos “pós-crise”, não estamos querendo dizer que a crise já está superada. Só nos referimos ao fato de que o pior momento, até o presente, já passou. Outras quedas podem acontecer nos desdobramentos.
- Em fevereiro a SBSP3 chegou a R$ 66,47
- No dia 18 de março, perdeu mais de metade de seu valor, chegando a R$ 30
- Finalmente, em 22 de junho, chegou a R$ 60,20
Ferbasa (FESA4)
Esta é outra ação pouco conhecida do grande público. A Ferbasa (Companhia Ferro Ligas da Bahia) atua nos setores de mineração, metalurgia, geração de energia elétrica renovável e produção florestal.
A companhia possui quase que a totalidade das reservas de cromita (matéria-prima do ferrocromo) do Brasil e também produz cal virgem e minera quartzo. Produz ligas de ferrocromo, que se subdividem em alto e baixo carbono; e o ferrossilício, que se subdivide nas categorias cromo e 75% de pureza.
A Ferbasa tem uma área de aproximadamente 64 mil hectares de florestas, sendo que 25 mil são florestas de eucalipto. Em 2018 comprou o Complexo Eólico BW Guirapá, destinando sua energia ao Ambiente de Contratação Regulado.
- Em 22 de janeiro estava em R$ 21,91
- Durante a crise, chegou a R$ 10,39 em 22 de janeiro (perda de mais de 50%)
- Em primeiro de junho voltou ao patamar de R$ 20,94
Yduqs (YDUQ3)
O foco da Yduqs é o ensino superior. Foi fundada na década de 70 e era antes conhecida como Estácio. Sua principal concorrente é a Cogna, anteriormente conhecida como Kroton. Ela é a segunda maior empresa do setor em número de alunos e receita.
- Em 21 de fevereiro esteve cotada a R$ 56
- No auge da crise, chegou a R$ 20,50, no dia 23 de março
- Em 5 de junho, já tinha voltado a R$ 38,80
- Desde então teve algumas quedas de menor monta e está em R$ 33,09 e, se voltar ao topo anterior, ainda pode apresentar bons ganhos
Conclusão
Como dissemos, nunca dá para ter certeza do que uma ação fará depois de atravessar uma desvalorização tão aguda.
Mesmo com uma análise que demonstre um grande interesse institucional na liquidez e nos preços baixos dos ativos, nada, absolutamente nada garante que a ação voltará a subir e, se subir, com que velocidade isso acontecerá.
Portanto, mesmo se sua análise lhe disser isso, sempre use stop loss e um balanço de quanto dinheiro colocará em cada ação escolhida.
Todas essas ações fizeram parte dos ativos escolhidos pelo trader Luiz Sato e são os que tiveram o melhor desempenho. Os demais desempenharam bem, ainda que não com o mesmo ímpeto.
Também lembre que ganhos passados não significam que as mesmas situações se repetirão no futuro.
Porém, se houver novas quedas, vale a pena olhar o comportamento do volume de negócios para escolher ações que dão ganhos como esses.
Para fazer esse tipo de análise, recomendamos a metodologia do Raio X Preditivo.