Os big players estão enchendo o carrinho na reacumulação antes de uma grande alta: não seja um dos muitos que ficará travado em posições perdedoras nessa hora
A Reacumulação pode fazer parte das fases dos ciclos de mercado, que é detalhado na teoria da Nova Análise Técnica.
As fases dos ciclos do mercado habitualmente são:
- Absorção: o começo dos ciclos de mercado
- Acumulação/Distribuição: preparando o bote dos ciclos de mercado
- Teste de oferta/Teste de demanda
- Spike: o ataque dos ciclos de mercado
- Spike Channel: o último suspiro dos ciclos de mercado
No caso, como estamos falando de reacumulação, trataremos de (1) Absorção, (2) Acumulação, (3) teste de oferta, (4) spike e (spike channel), ou seja, as fases dos ciclos de mercado que começam com uma Absorção na queda.
A Reacumulação acontecerá entre as seguintes fases dos ciclos: Teste de Oferta e um Spike.
Sim, depois de comprar (acumular) um grande número de ativos, na fase de Acumulação, o big player fará o Teste de Oferta, tirando o time de campo e parando de comprar.
Por motivos que veremos a seguir, o gráfico nos apresentará, na sequência, importante queda até certo patamar mais abaixo, onde veremos nova Acumulação.
É a Reacumulação.
O mesmo big player ou outro big player decide que esse é um nível de preço em que vale a pena comprar mais ativos e veremos, a exemplo da acumulação anterior, a cotação oscilar em faixa estreita durante um tempo relativamente longo.
A Reacumulação, em tese, pode ser repetida mais vezes antes de um Spike (movimento intenso, de grande volume, avassalador e, neste caso, pra cima).
As fases dos ciclos de mercado são aquelas cinco iniciais, mas entre dois Spikes muita coisa pode acontecer.
- O que é a de Reacumulação nos Ciclos do Mercado?
- Como identificar a fase de Reacumulação dentro dos ciclos
- Quais são os objetivos da Reacumulação nos ciclos
- Exemplos de Reacumulação nas operações
- Entenda o que é a Armadilha de Fundo
- Teste de oferta nos ciclos: como ocorre?
- Como ganhar com a fase de Reacumulação
- Conheça o Raio X Preditivo
- Conclusão
Como podemos ver, o mercado não funciona de acordo com teorias fechadas e a Reacumulação é prova disso.
1. O QUE É A FASE DE REACUMULAÇÃO NOS CICLOS DO MERCADO?
Assim como a fase de Acumulação dos Ciclos de Mercado, a Reacumulação é o momento em que um ou mais big players se dedicam a comprar ativos a um preço que consideram vantajoso. O mercado entre em uma espécie de equilíbrio em que, por um motivo ou por outro, todos acham “justo” comprar e vender.
A diferença entre Acumulação e Reacumulação, no entanto, é simples: a Reacumulação acontece depois de uma Acumulação e em um patamar de preço ainda mais abaixo. Talvez, na primeira Acumulação, tenha sido feito um teste de oferta mal sucedido, talvez isso tenha acontecido propositadamente pela atuação do próprio ou dos próprios investidores institucionais envolvidos.
Ao mesmo tempo, as atuações com Acumulação e Reacumulação têm a intenção de esgotar a oferta: isto é, os vendedores começam a ficar desconfiados da quantidade de compras que um dos players está fazendo mesmo durante a queda ou, ainda, já não têm ativos para vender; e, por isso, param de vender.
A seguir os big players que atuaram na Reacumulação provocam demanda exagerada pelo ativo. Demanda exagerada causa aumento de preços e temos um spike quando a cotação chegará num valor em que será vantajoso a quem atuou na Reacumulação se desfazer de todas ou quase todas as suas posições, desta vez, na venda.
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2. COMO IDENTIFICAR A FASE DE REACUMULAÇÃO DENTRO DOS CICLOS
Não temos como identificar a Reacumulação isoladamente, mas tão somente usando outras fases dos Ciclos de Mercado.
Vou explicar mais rapidamente aqui, mas temos um artigo só sobre as fases dos ciclos de mercado e sobre cada fase isoladamente.
Em um primeiro momento, num movimento de queda, o big player (ou os big players, não importa), estão comprando. Não faz muito sentido, aparentemente, mas, enquanto todos estão assustados, vendendo, ou apostando na queda abrindo posições vendidas, o grande investidor institucional está comprando, indo na contramão, absorvendo passivamente as ofertas dos vendedores.
Esta é a fase da Absorção. Nela, usando as ferramentas do Raio X Preditivo, particularmente o Sato’s Force Histograma, vemos um volume acentuado nas pernadas de baixa do gráfico.
Desespero extremo
Os últimos momentos desse movimento de queda são marcados pelo que chamamos de Desespero Extremo.
Aqueles que ainda estavam comprados no ativo em questão – ações, minicontratos ou qualquer papel negociado na bolsa – desistem de suas posições e jogam a toalha em grande número.
Outros traders – de vários calibres –, por outro lado, se empolgam com a queda e abrem posições vendidas.
Esse momento, nas ferramentas do Raio X Preditivo, particularmente no indicador Sato’s Bar, é marcado pela presença de candles em alaranjado e vermelho, indicando intenso volume de negociação e, consequentemente, o momento convulsivo do mercado, com forte atuação institucional, absorvendo o pânico dos demais envolvidos.
Acumulação
A partir daí, o que ocorre nos ciclos de mercado completos é a Acumulação. O mercado como um todo considerou essa faixa de preço “justa” e passará a trocar ativos e dinheiro nela durante um longo tempo.
Veremos a formação de um range, um retângulo em que o preço oscilará por um período mais ou menos longo.
O big player que, então, trabalhara na Absorção durante a queda passará a atuar nessa área também continuando seu plano de compras de ativos.
Finalmente, fará um teste de oferta. Retirará assim boa parte da liquidez do mercado. O fluxo de vendas não terá canalização tão grande por onde escoar. Ao mesmo tempo, a parcela vendedora terá parado de atuar, desconfiada ou sem ativos.
Se assim se mantiver, o mercado “amadureceu” e está na hora de provocar o Spike, a fim de colher os frutos.
Porém, nessa hora, no Teste de Oferta, pode entrar na jogada algum outro big player e o mercado voltar a cair.
Percebe como o Teste de Oferta é importante? Imagine que o big player decide fazer o mercado subir através de um aumento de demanda, entrando forte na compra, e, nessa hora, um outro big player entra vendendo forte e provocando a queda dos preços: no mínimo vai atrapalhar a intensidade do movimento desejado.
Se as vendas forem retomadas, os preços romperão o range, o retângulo, para baixo, teremos novamente a fase de Absorção, com o mesmo ou outro big player, ou mais de um -, um novo Desespero Extremo e, agora, a Reacumulação.
Isso pode se repetir até que o Teste de Demanda tenha sucesso e o Spike de alta seja provocado.
3. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA REACUMULAÇÃO
Os problemas enfrentados pelas grandes corporações, que desempenham o papel de big players nas bolsas mundiais, não são os mesmos que os enfrentados pelos traders de varejo.
O drama dos traders de varejo é simplesmente descobrir se, em determinado momento, o preço de um ativo vai subir – a fim de então entrar na compra – ou se vai cair – com o objetivo de então entrar na venda.
Os grandes investidores institucionais enfrentam, diferentemente de nós, meros mortais, a luta pela liquidez. Isto é, precisam saber se, em determinados níveis de preço, haverá contratos e ações suficientes a fim de montar uma posição gigantesca, com milhões de papeis.
E não só isso: precisam saber se nestes patamares de preço ainda terão força o suficiente para provocar um movimento a seu favor e, ainda, se não entrará um adversário à altura atuando no sentido contrário.
Assim, a Reacumulação é, nesse contexto, a fase em que os grandes players encontram um novo ponto de equilíbrio do mercado, em que o preço se sustenta em um patamar considerado por todos os participantes como “justo”. Enquanto se está nessa faixa de preço, os big players interessados reacumulam ainda mais papeis para, a seguir, dar início a um Spike.
4. EXEMPLOS DE REACUMULAÇÃO NAS OPERAÇÕES
5. ENTENDA O QUE É ARMADILHA DE FUNDO NOS CICLOS
O que nos ensina a Análise Técnica Clássica?
Que o rompimento de um suporte, para baixo, indica a continuidade da queda.
Imagine um retângulo, um range, formado em uma Reacumulação. Finalmente, o preço rompe esse range para baixo.
Muita gente entre vendendo, claro, porque foi isso o que aprenderam na Análise Técnica Clássica.
Porém, logo depois, o preço volta para o range ou, pior, começa a subir como se não houvesse amanhã.
Ao vender, nessa hora, fomos vítima de uma armadilha de fundo, mecanismo para balançar a árvore e os macacos de menor porte caírem dela.
Geralmente, essas armadilhas são identificadas pelo baixo volume indicado pelo Sato’s Force Histograma ou pelo Sato’s Bar.
Se há baixo volume, isso significa que aquele patamar de preço mais baixo não interessa aos grandes players e ele não deve ser confirmar.
Não esqueça: para um movimento importante acontecer é preciso de volume. Volume é o combustível de mercado.
Não esqueça também: o volume acentuado também pode indicar o final de um movimento longo, como é o caso do Desespero Extremo e a Euforia Máxima.
6. TESTE DE OFERTA NOS CICLOS: COMO OCORRE?
A armadilha de fundo pode ser uma consequência do Teste de Oferta.
O grande player que primeiro absorveu passivamente as vendas e, depois, continuou a acumular ou reacumular ativos tira seu time de campo. Simplesmente para de comprar.
Isso é para ver se vai aparecer algum outro grande player capaz de dar liquidez à ponta dos vendedores. Se esse cara aparecer, a probabilidade é de que o preço rompa o range, mas com volume.
Pode ser que haja um rompimento, mas sem volume. Isso significa que pode ser uma armadilha de fundo.
No entanto, se não entrar ninguém dando liquidez aos vendedores, o big player que vinha comandando o mercado até então passa a comprar, desta vez agredindo.
Como a essa altura os vendedores já tinham parado de ofertar ativos, a maior demanda provoca uma alta do preço. Essa alta, por sua vez, aciona os stops de quem estava vendido. Stops de posições vendidas, são compras, o que aumenta ainda mais a demanda e, por consequência, o preço do papel negociado.
O resultado de um Teste de Demanda bem sucedido é justamente isso, o Spike.
7. COMO GANHAR COM A FASE DE REACUMULAÇÃO
A Nova Análise Técnica não tenta adivinhar se o preço vai subir ou vai descer. A sua principal função é encontrar pontos de trade location, pontos de alta probabilidade de trade.
Tão logo encontremos uma área de reacumulação – em que detectamos uma Absorção na queda, uma Acumulação anterior – a probabilidade de um spike para o alto é grande.
Por outro lado, se o rompimento do range da reacumulação for rompido para baixo com volume, é grande a probabilidade de uma nova Reacumulação.
Então, num primeiro momento é bem viável acreditar em um spike para o alto, tão logo entre um fluxo forte na compra. Se isso não se comprovar, temos um espaço seguro para encerrar essa operação e virar a mão na venda, apostando a busca de um patamar mais baixo e uma nova Reacumulação.
8. CONHEÇA O RAIO X PREDITIVO
O Raio X Preditivo é a metodologia que ensina a Nova Análise Técnica no Brasil com o uso de conceitos e ferramentas – os indicadores Sato’s – criados e sistematizados pelo trader Luiz Sato.
Enquanto a Análise Técnica Clássica observa principalmente o preço e sua variação, a Nova Análise Técnica observa as causas dessas variações, antecipando com maior chance de sucesso os momentos em que as mais importantes acontecem.
É como se a Análise Técnica Clássica pilotasse um veículo olhando para trás, através do espelho, e a Nova Análise Técnica pilotasse o veículo olhando para frente. E, você sabe, para chegar a uma cidade a cem quilômetros de distância, não precisamos saber tudo o que se passa nesse trajeto, mas pelo menos uns 50 metros adiante.
Todas as ferramentas e conceitos do Raio X Preditivo são voltados para acompanhar a atuação dos grandes investidores institucionais – aqueles capazes de movimentar o mercado com a montagem de suas posições compradas ou vendidas – e a consequente influência no volume e no fluxo dos negócios.
9. CONCLUSÃO
A Reacumulação é apenas uma das fases possíveis dos ciclos do mercado.
Entendê-la isoladamente é inútil e, talvez, até impossível.
Apenas uma observação do contexto completo de uma ativo no gráfico pode nos dar a real noção do que está acontecendo.
Essa é uma das outras ênfases do Raio X Preditivo. Não basta entender os acontecimentos imediatos de um papel ou esperar que a combinação de dois ou mais indicadores disparem nossas compras e nossas vendas. Essa é uma visão mágica e infantil daquilo que é negociar na bolsa de valores. É preciso saber ler o mercado e saber interpretá-lo a fim de obter sucesso.
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