Possuidores fracos e possuidores fortes da bolsa: não seja o cordeirinho que vai para o abate. Aprenda os comportamentos que vão salvar você de ser dilacerado
Você é um lobo ou um cordeiro?
Você é está entre os possuidores fortes ou entre os possuidores fracos?
Os possuidores fortes da bolsa de valores são poucos. Os possuidores fracos, milhares, talvez centenas de milhares (com todos os tamanhos de capital possível).
Dificilmente podemos ser possuidores fortes, pois isso envolve ter um capital gigantesco. Se depender de nosso tamanho, sempre seremos possuidores fracos.
Teríamos que ser big players, estar entre os investidores institucionais da bolsa que tem poder financeiro para influenciar ativamente na movimentação do preço.
O que podemos de fato fazer, como traders e investidores de varejo, é, pelo menos, não agir como possuidores fracos, os dóceis carneiros que se dirigem ao abate no comportamento de manada.
Neste artigo você vai aprender um pouco sobre como agem e quais são os comportamentos de possuidores fortes e fracos pra que você evite assim ser como os fracos e pelo menos se colocar lado a lado com os fortes.
- Quem são os Possuidores Fortes e Fracos?
- Como agem os fortes investidores? E os fracos?
- Como seguir os grandes players (Possuidores Fortes)?
- Quais ferramentas podem te auxiliar a seguir os grandes investidores?
- Conheça o Raio X Preditivo
- Conclusão
1. QUEM SÃO OS POSSUIDORES FORTES E FRACOS?
Em 2011, três pesquisadores – Stefania Vitali, James B. Glattfelder e Stefano Battiston – do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, publicaram o estudo “A Rede de Controle Corporativo Global” (The Network of Global Corporate Control) na revista PLoS One. Eles selecionaram 43.060 transnacionais que concentravam em suas operações quase a totalidade de todo o capital do planeta.
Isso mesmo. De estimados 30 milhões de companhias de que esses pesquisadores partiram, uma amostra de pouco mais de quatro dezenas de milhares são as que representam o grosso dos negócios. O resto é trocado. E descobriram que apenas 146 dessas empresas – apenas 0,024% de todas as 43 mil – conseguiam concentrar o controle de 40% de todas as outras.
Considerando que desde 2011 essa concentração pode ter aumentado, vamos arredondar pra 100 empresas dominam 50% dos recursos econômicos do planeta. Pelo menos metade delas, 50, portanto, tem intensa atuação na bolsa de valores.
Alguns exemplos dentre esses 50 fortes: UBS AG, Merrill Lynch & Co Inc, Vanguard Group, Legal and General Group PLC, JP Morgan Chase & Co, State Street Corporation, AXA, Fidelity Investments, Capital Group Companies Inc, Barclays PLC e diversos outros.
A todo instante que olhamos um gráfico da bolsa de valores, pode ter certeza: em cada ativo um ou dois deles estão acumulando ativos a preços que consideram baratos (para a seguir provocar uma alta) ou distribuindo ativos aos possuidores fracos, em topos do gráfico, antes de eles mesmos provocarem uma queda. Talvez num mesmo momento, dois deles estejam se enfrentando na ponta compradora ou na ponta vendedora e nós no meio do tiroteio devemos saber escolher o lado vencedor.
Uma coisa é certa: não devemos estar do lado dos possuidores fracos
Os possuidores fracos são reconhecíveis por seu comportamento de rebanho, comprando ativos caros nos momentos de otimismo e euforia e vendendo nos momentos de desespero, quando acham que o ativo vai continuar a cair, estão com medo de realizar ainda mais prejuízos, jogando a toalha.
2. COMO AGEM OS FORTES INVESTIDORES?
Os possuidores fortes nunca caem em operações pobres. Não vendem tudo quando o mercado cai e nem se empolgam comprando tudo quando o mercado está eufórico, num topo.
Eles operam no lado certo com uma base de capital gigantesca, grande competência e leitura apurada do mercado. Quando tomam prejuízos, suas perdas são relativamente pequenas se comparadas com o que estão arriscando, não passando de custos do negócio. Ainda que tenham mais posições perdedoras, o lucro das posições ganhadoras sobrepuja os prejuízos.
Os possuidores fortes são totalmente ao contrário dos possuidores fracos. Estes, geralmente, são os novos participantes. Mais de noventa por cento deles são, de fato, possuidores fracos. Para começo de conversa, eles têm pouco dinheiro: isto é, não suportam nenhum tipo de prejuízo. Prejuízos seguidos farão com que os possuidores fracos com que tomem decisões emocionais, um perigo no mercado de risco.
Por isso, não poucas vezes os fracos vão ficar travados em posições perdedoras, torcendo pra que aquela ação que comprou em um topo volte a subir. E, quando ele achar que não vai subir mais, que só vai cair, vai vender tudo: logo antes de a ação se recuperar. Ainda que mesmo pra eles esteja evidente que estão do lado errado do mercado, terão dificuldade de sair de uma posição perdedora: eles não sabem como agir. Qualquer notícia boa os faz serem sugados num topo. Qualquer notícia ruim os faz sair de suas operações.
Como operam
Assim podemos entender os ciclos de mercado como os momentos em que os possuidores fortes estão ou distribuindo ativos aos possuidores fracos no topo e, mais tarde, acumulando ativos que estão sendo vendidos pelos possuidores fracos, desesperados, nos fundos do mercado.
- Alta: antecedida pela transferência dos possuidores fracos aos possuidores fortes
- Baixa: antecedida pela transferência dos possuidores fortes aos fracos
Mas não se engane: tão logo a baixa comece, há a possibilidade de um possuidor forte já começar a acumulação passivamente, absorvendo as agressões de venda dos possuidores fracos desesperados, numa fase dos ciclos de mercado chamado Absorção.
Do mesmo modo, os possuidores fortes, a certa altura de uma alta que considerem interessante, poderão começar a absorver as agressões de compra dos possuidores fracos já começando a acumular na fase que, do mesmo modo, é chama da de Absorção.
A Absorção é seguida então de Acumulação ou Distribuição, Teste de Demanda ou Teste de Oferta, Spike e Spike Channel, fases dos Ciclos de Mercado sobre as quais falamos em outros artigos.
Armadilhas dos grandes players para os possuidores fracos
Como a maioria dos possuidores fracos usam a Análise Técnica Clássica a fim de analisar os gráficos da bolsa de valores, acabam como vítimas de diversas técnicas usadas pelos possuidores fortes ou big players.
Duas delas são as armadilhas de fundo e armadilhas de topo.
Como a Análise Técnica Clássica observa apenas o movimento dos preços, é comum que os players de menor porte entrem em posições de compra quando uma resistência é rompida para cima. Isso seria sinal de força da tendência de alta que, em tese, deveria se manter.
Se estivessem olhando o volume de uma forma correta, perceberiam que o movimento que antecedeu esse rompimento veio cheio de volume, sinal de que os possuidores fortes estavam distribuindo ou até mesmo, ainda, absorvendo as agressões de compra.
Porém, alguns rompimentos acontecem sem volume. O objetivo desse rompimento é justamente sugar os possuidores fracos no topo do mercado.
E, então, depois de um tempo, agredindo na venda, os possuidores fortes irão provocar uma queda forte e proposital, com grandes barras de baixa que visam tirar do mercado quem entrou no topo e impedir de entrar vendido quem não entrou no início do movimento.
A mesma lógica funciona nos movimentos de baixa seguidos por rompimentos de suporte, mas com baixo volume.
Rompimentos com baixo volume, sobretudo se foram antecedidos por uma baixa de alto volume, quase com certeza são armadilhas de fundo, arquitetadas a fim de fazer você sair de sua posição ou abrir uma posição vendida.
3. COMO SEGUIR OS GRANDES PLAYERS (POSSUIDORES FORTES)?
Enquanto a Análise Técnica Clássica se concentra nos preços, que, na verdade, são efeitos de uma causa anterior, a Nova Análise Técnica se concentra no volume de negócios.
Apenas os possuidores fortes tem capacidade financeira suficiente pra movimentar os preços de um ativo com sustentação. Apenas os big players possuem cacife pra aumentar a demanda o suficiente e fazer com que os preços subam e pra aumentar a oferta e fazer com que os preços caiam.
Imagine uma pequena canoa se movimentando no mar. Se ela passar ao nosso lado, nem sentiremos a diferença da turbulência causada por seu deslocamento e as marolas das águas tranquilas. Se um porta aviões passar ao nosso lado, no entanto, oscilaremos pra cima e pra baixo sendo levantados verticalmente pelas ondas enormes que serão formadas.
Para o preço, os possuidores fortes, os big players são esse porta aviões.
No entanto, como eles precisam de que o preço não se desloque antes de terem construído suas posições enormes, usam de diversos artifícios para esconder o volume por eles gerado.
Para percebermos o volume dos possuidores fortes precisamos de ferramentas especialmente pensadas para isso.
4. QUAIS FERRAMENTAS PODEM TE AUXILIAR A SEGUIR OS GRANDES INVESTIDORES?
O Raio X Preditivo é especializado no fluxo de mercado e no estudo do volume como principal indicador para anteceder os movimentos importantes de preço.
Para isso, lança mão de diversas ferramentas:
Indicadores Sato
- Sato’s Force Histograma: mostra o volume acumulado em cada pernada de alta e de baixa, sendo possível identificar as pernadas em que houve atuação institucional, de possuidores fortes e, assim, saber onde estão as regiões de preço que serão defendidas.
- Sato’s Result: um grande esforço em volume com um baixo deslocamento de preço pode indicar uma contradição; algum grande player está fazendo muita força em uma direção, mas outro possuidor forte está conseguindo absorver esse esforço.
- Sato’s Result: tanto ajuda a ter essa leitura divergente quanto perceber a frequência do mercado, quando ela está subindo ou caindo.
- Sato’s Defense: ajuda a traçar o preço médio dos vendidos e dos comprados a partir de pontos escolhidos do gráfico. Assim, sabemos em tempo real áreas com maior probabilidade de serem defendidas de um lado ou de outro ou que lado já está em vantagem.
- Sato’s Bar: através de um sistema de cores é possível detectar as barras em que houve maior atuação de possuidores fortes, permitindo identificar em tempo real pontos que tem grande probabilidade de serem defendidos ou perdidos para uma tendência contrária.
BookMap
O BookMap é uma ferramenta trazida com exclusividade para o Brasil pelo Raio X Preditivo.
Ela dá uma leitura visual e intuitiva do book de ofertas, mostrando através de um mapa de calor as ordens sendo posicionadas e retiradas.
Através dele temos noção das áreas em que há ofertas e demandas fortes que podem sustentar o preço ou saber quando essas ofertas ou demandas são meros truques dos possuidores fortes a fim de manipula o preço.
Um mapa de calor mostra onde e quando as ofertas mais fortes foram feitas e, através de um sistema de “dots” sabemos quem está agredindo mais, se os compradores ou os vendedores, facilitando a leitura de em que fase do Ciclo de Mercado provavelmente estamos.
5. CONHEÇA O RAIO X PREDITIVO
O Raio X Preditivo é a sistematização através de conceitos e ferramentas da Nova Análise Técnica. A Nova Análise Técnica é especializada em seguir a atuação profissional na bolsa de valores através do fluxo de mercado e do volume.
O volume dos big players é a causa que gera sustentação para os movimentos do preço, que é o seu efeito.
Enquanto a Análise Técnica Clássica foca no efeito, olhando para trás para tentar prever o futuro, o Raio X Preditivo olha para o presente mais imediato a fim de antecipar esses efeitos, aumentando a chance de acerto do trader.
6. CONCLUSÃO
Como operadores de varejo, pessoas que negociam na bolsa de valores a partir de casa ou do escritório, a partir de um computador conectado à internet, em tese, temos tudo para sermos possuidores fracos.
Mas isso não quer dizer que devemos nos comportar como tal. Com o uso de ferramentas corretas e conceitos voltados ao volume e ao fluxo do mercado, podemos agir como se fôssemos possuidores fortes, replicando seu comportamento.
Os possuidores fortes estão presentes diariamente no mercado, em embate uns contra os outros. O nosso dever, então, é saber escolher o lado vencedor na hora mais decisiva e entrar, comprando ou vendendo, de acordo com uma leitura ativa e madura dos gráficos.
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