Saiba tudo sobre a B3 e comece a aumentar sua possibilidade de ganhar dinheiro na bolsa de valores a partir deste instante
A B3 (Brasil, Bolsa e Balcão) é a bolsa de valores brasileira, onde são negociadas ações, contratos, minicontratos, commodities e toda a sorte de ativos e derivativos do mercado brasileiro.
Na B3, os investidores e traders compram e vendem papeis de companhias como a Vale, a Petrobras, o Itaú Unibanco, a Gerdau e outras empresas importantes do Brasil.
Diariamente, bilhões de reais são movimentados, dinheiro troca de mão, pessoas ficam ricas e outras perdem suas economias.
Recentemente, a B3 chegou a 1 milhão de investidores pessoas físicas, gente como eu ou você que quer aumentar a remuneração de seu dinheiro no mercado de risco.
Esse tipo de crescimento é natural em períodos de euforia: há pouco o principal índice da B3 chegou a 100 mil pontos, um recorde que trouxe muita gente que nunca tinha ouvido falar de bolsa de valores pra esse ambiente fascinante.
É natural que nos interessemos por essa empresa – sim, é uma empresa privada de capital aberto e com ações negociadas em seu próprio mercado – e queiramos saber mais sobre ela.
Assim, este artigo vai falar sobre nossa bolsa de valores, a B3, sua história, características e muito mais:
- O que é a B3?
- Quais são os ativos negociados na B3?
- Quem pode investir na B3?
- Quais as Vantagens de Investir na B3
- Quais são os riscos de investir na B3
- Vale a pena investir na B3?
- Como investir na B3?
- Conclusão
1. O QUE É A B3?
Nada como ler como a própria empresa se define pra começar a entender do que se trata a B3: “A B3 é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, com atuação em ambiente de bolsa de valores e de balcão. Sociedade de capital aberto – cujas ações (B3SA3) são negociadas no Novo Mercado –, a Companhia integra os índices Ibovespa, IBrX-50, IBrX e Itag, entre outros. Reúne ainda tradição de inovação em produtos e tecnologia e é uma das maiores em valor de mercado, com posição global de destaque no setor de bolsas de valores.”
Algumas das atividades desenvolvidas pela B3:
- Criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos.
- Contraparte central garantidora para maior parte das operações realizadas em seus mercados.
- Financiamento de veículos e imóveis..
- Prestação de serviços de entrega eletrônica das informações exigidas para registro de contratos e anotações dos gravames junto aos órgãos de trânsito.
Confesso que os serviços de financiamento de imóveis e veículos da B3 são novidades pra mim, bem como a entrega de informações aos órgãos de trânsito.
A importância da bolsa de valores (B3)
Na bolsa de valores, a B3, as empresas ampliam seus horizontes de crescimento sem apelar a financiamentos e empréstimos graças à possibilidade de oferecer ações a possíveis investidores que, por sua vez, oferecem dinheiro, recursos, em troca da possibilidade de dividir do lucro e do crescimento daí advindo. Abrir o capital, pra empresa, é um grande passo, dado com cautela antes de acontecer e comemorado quando acontece.
A força de uma bolsa de valores como a B3 mostra como a economia de um país está forte ou fraca. Não só sua estrutura, que possibilita a realização transparente e segura de negócios, como seus índices demonstram que a economia vai bem. O principal índice da B3 é o Ibovespa, que reúne as ações que, juntas, são responsáveis por 80% dos negócios da B3.
Se um país cresce, sua bolsa de valores de valores cresce. Não à toa a chegada aos 100 mil pontos do Ibovespa foi comemorada. Se há abundância de capital disponível em um mercado e maior investimento a bolsa de valores sobe. Se a bolsa de valores sobe, as companhias se animam e fazem mais investimentos e sobram recursos no mercado. É um círculo virtuoso.
Claro que a B3 é a expressão da movimentação econômica. Mas não devemos nos esquecer de que nem sempre isso – movimentação – implica em saúde econômica propriamente: lembremos do crash de 1929, da bolha das ponto com nos anos 2000 e da bolha do mercado imobiliário americano, em 2008. Não foram crises que tiveram seu epicentro aqui, mas a B3 foi contundentemente por elas afetadas.
História da B3
Até 2008, a bolsa de valores brasileira, a B3, era conhecida como Bovespa.
Muita gente, das antigas, ainda a chama dessa forma: Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Nesse ano de 2008, foi firmada a união com a Bolsa de Mercadorias e Futuros e ela passou a se chamar de BM&FBovespa, um nome que mais parece um frakenstein.
Foi em 2017 que a então BM&FBovespa celebrou a fusão com a Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos) e passou a se chamar B3.
O 3 certamente celebra a união das 3 entidades e, ao mesmo tempo, os três termos que são o nome da nova bolsa de valores: Brasil, Bolsa, Balcão.
- Bovespa: Bolsa de Valores de São Paulo, onde principalmente ações eram negociadas.
- BM&F: Bolsa de Mercadorias e Futuros, onde principalmente contratos futuros de índices, moedas e commodities eram negociados.
- Cetip: Sociedade civil sem fins lucrativos, criada em 1986 para preencher a lacuna de um sistema eletrônico de custódia e liquidação financeira no mercado de títulos privados.
A barbeiragem do ministro Ruy Barbosa
Mas como a história da bolsa de valores brasileira começou?
Em 23 de agosto de 1890, o então presidente Emílio Rangel Pestana fundou a Bolsa Livre. Não dá nem pra comparar com o que é a bolsa hoje, mas foi aí que a hoje B3 começou. Já adianto: não deu certo, na época. Barbeiragem de um ministro da fazenda que você deve conhecer: Ruy Barbosa, com suas medidas de incentivo à economia, apelidadas de política do encilhamento. Ela causou uma grave crise de crédito: os empresários picaretas da época abriam empresas fantasmas pra vender títulos a investidores e, no fim, esses títulos não valiam nada (imagine ações de uma empresa que não existe…)
E, por causa disso, a Bolsa Livre fechou as portas em 1891.
Brasileiro não desiste nunca
Foi chato e traumático pra nossa economia, certamente. Mas brasileiro não desiste nunca e quatro anos depois, em 1895, nascia a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo.
E, desta vez, foi.
Depois de 40 anos de bons negócios e ganhando a confiança do público, ela mereceu uma nova casa.
Foi transferida para o Palácio do Café, no Pátio do Colégio, no Centro da capital paulista.
Nesse ano de 1935 ela passou a ser denominada de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Suponho que, pelo nome, havia as bolsas não oficiais…
Finalmente Bovespa
Demoraria mais 32 anos, em 1967, para que o epíteto fosse retirado. Ela passaria a se chamar simplesmente de Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo. Consagrando assim, suponho, a sua oficialidade.
Pra quem está chegando agora, parece natural imaginar que só houve a B3 e que, desde sempre, ela centralizou os negócios por aqui.
A Bovespa não era a única bolsa de valores do Brasil naquela época. No início da década de 60, havia uma bolsa de valores por estado. Eram controladas pelas respectivas secretarias estaduais de finanças e eram entidades oficiais corporativas.
Foi por volta de 1965, as bolsas desmamaram do estado e passaram a ser associações civis sem fins lucrativos. O mercado econômico brasileiro estava ficando grandinho e mostrava que podia andar com as próprias pernas, com suas próprias regras e auto regulações.
Nem sempre a B3 foi a maior
Durante muito tempo, o posto de maior bolsa de valores do Brasil foi ocupado pela Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Durante a ditadura militar, houve a crise econômica de 1970. Foi a oportunidade para a bolsa de São Paulo começou a ganhar destaque cada vez maior.
Unindo todas as bolsas sob a B3
Deixando a competitividade de lado, as duas bolsas de valores se uniram no ano 2000. O objetivo: unificar todas as bolsas em atividade no Brasil além das duas: Minas-Espírito Santo, Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional.
A intenção era que a partir da união todas as ações de empresas de capital aberto ficassem sob os cuidados da Bovespa. Enquanto isso, a bolsa do Rio de Janeiro teve como responsabilidade os títulos públicos federais.
Fim do pregão viva voz na Bovespa
O pregão viva-voz acabou em 2005 na Bovespa. Todos os negócios, a partir de agora, eram feitos através dos computadores, da internet.
Finalmente, em 2007, a bolsa passou a negociar suas próprias ações em seu mercado. Foi o primeiro passo antes da união com a Bolsa de Mercadorias e Futuros, quando tivemos finalmente, a BM&FBovespa, em 2008. Em 2009, foi a vez dos contratos futuros da BM&F deixarem de ser negociados pelo pregão viva-voz. Agora, absolutamente todas negociações da bolsa de valores seriam eletrônicas.
O primeiro sistema a controlar eletronicamente as negociações foi o Mega Bolsa. Atualmente é o Puma (Plataforma Unificada Multiativo).
O último capítulo, até o momento, dessa história, é a união da então BM&FBovespa com a Cetip, criando a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão).
Devido à popularidade da marca, o principal índice da bolsa de valores brasileira continua a remeter ao nome Bovespa: é o Ibovespa, Índice Bovespa.
Números e Curiosidades
2. QUAIS SÃO OS ATIVOS NEGOCIADOS NA B3?
Ações
Ações são as menores partes do capital social de uma empresa de capital aberto. Explicando de um modo bem simples e simplista, ações são um pequeno pedaço de uma empresa.
Ao comprar uma ação, eu compro um pequeno pedaço de uma companhia e me torno acionista ou sócio.
As companhias abrem capital e negociam seu capital social através de ações como forma de obter recursos e dividir o risco de suas operações com os investidores, bem como os prováveis lucros de seus empreendimentos.
Minicontratos
Existem dois tipos de minicontrato: os de dólar e os de índice. Ao negociar minicontratos eu estou apostando na alta ou na queda do dólar ou do índice. Se eu compro um minicontrato e o valor do índice futuro sobe eu ganho dinheiro. Se eu vender e ele cair também. O mesmo com o dólar.
A função original do minicontrato de índice e de dólar é proteção. Por exemplo, um importador pode comprar hoje contratos futuros de dólar se achar que o dólar terá uma alta nos próximos meses quando precisará comprar suas mercadorias que são vendidas em moeda estrangeira. Ele está protegendo os seus reais da variação cambial.
Mercado Futuro
O Mercado Futuro, além de minicontratos de dólar e de índice, mantém a negociação de contratos cheios de dólar e índice.
- Enquanto o contrato cheio de dólar equivale a US$ 50 mil, o mini equivale a U$ 10 mil.
- Enquanto o contrato cheio de índice equivale a 100% dos pontos do Ibovespa em reais, o minicontrato de índice equivale a 20% dos pontos do Ibovespa em reais.
Mas não é só isso, o Mercado Futuro terá a negociação de:
- Outras moedas.
- Juros.
- Commodities: ouro, soja, milho, açúcar, café, etanol e muito mais.
Opções
Imagine que você tem 10 mil ações de uma empresa e teme que elas possam cair demasiadamente.
Você compra opções de venda que lhe dão o direito de vender suas ações a um preço superior a uma eventual queda.
Também posso usar opções para remunerar minha carteira: lanço (vendo) opções de compra para minhas ações e embolso esse dinheiro. Se o preço da ação estiver abaixo do preço alvo das opções elas não serão exercidas, afinal, ninguém iria exercer o direito de comprar ações por um preço mais caro. O nome dessa operação é lançamento coberto de opções.
Opções dão uma infinidade de possibilidades de estratégias complexas para se ganhar dinheiro na bolsa de valores.
Fundos de Investimentos
Fundos de investimento são uma oportunidade para quem quer investir na bolsa de valores, mas não quer se envolver diretamente.
Diversos fundos investem em ações e outros ativos negociados na B3, mas são geridos por profissionais.
Os fundos têm diferentes desempenhos e quase todos têm uma taxa de administração que você paga para remunerá-los.
Se o fundo vai excepcionalmente bem, há uma taxa de performance, habitualmente de 20% sobre todo o lucro que exceder o parâmetro, digamos, por exemplo, o Índice Bovespa, da B3.
3. QUEM PODE INVESTIR NA B3?
Qualquer pessoa maior de idade pode investir na bolsa de valores, a B3.
Para isso, basta ter dinheiro o suficiente (dica, não precisa ser uma fortuna) e vontade de aprender, pois investir em ações, contratos, minicontratos tem riscos altos, sobretudo se não sabemos o que estamos fazendo.
Até mesmo menores de idade podem investir na bolsa, desde que munidos das devidas autorizações legais.
4. QUAIS AS VANTAGENS DE INVESTIR NA B3
Investir em renda variável, o que basicamente significa investir na B3, pode proporcionar lucros superlativos frente aos prometidos pelas opções da renda fixa disponíveis.
Veja, os riscos também são maiores, mas não existem possibilidade de ganhos maiores se os riscos não aumentarem proporcionalmente.
Porém, podemos reduzir os riscos estudando como o mercado funciona e buscando oportunidades em que a possibilidade de ganho seja superior à possibilidade de perda.
Além disso, a recomendação é que a renda variável seja usada para apenas uma parte de suas economias e não para a totalidade dela.
5. QUAIS SÃO OS RISCOS DE INVESTIR NA B3
O principal risco é o de mercado.
Por exemplo: o de comprarmos ações de uma empresa e elas passarem, a partir daí, a desvalorizar.
É muito comum que, em períodos de euforia do mercado, pessoas que nunca pensaram em investir em bolsa de valores vejam essa possibilidade.
Assim, elas são “sugadas” para o mercado justamente em um topo. Topo é aquele momento máximo da bolsa de valores. Depois disso, a bolsa pode passar por um período de queda.
Ao verem suas economias irem perdendo valor, esses novatos vendem suas ações com perdas e saem da bolsa – ou são “expulsos” da B3 -, dizendo que ela é um “cassino”.
Por isso, se você está vivendo um desses momentos de euforia, seja cauteloso. A B3 não vai sair correndo. Espere. Faça um curso. Conheça onde está se metendo. Veja se não vale a pena esperar um pouco antes de tomar uma atitude da qual possa vir a se arrepender.
6. VALE A PENA INVESTIR NA B3?
Sem dúvida vale a pena investir na B3 se estamos dispostos a correr riscos calculados, a gerenciá-los e, por outro lado, proteger parte de nossas economias em investimentos mais conservadores.
A renda variável pode “apimentar” suas aplicações e dar um ânimo a mais a seu dinheiro, principalmente em um momento em que os juros básicos da economia estão cada vez menores e com tendência a cair ainda mais.
7. COMO INVESTIR NA B3?
O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora de valores. É essa empresa que fará o meio de campo para que você possa comprar e vender ações na B3.
Não se preocupe.
É fácil: baixe o aplicativo de sua corretora preferida ou entre no site. Preencha os formulários online. Talvez lhe peçam para que fotografe e envie as imagens de alguns documentos. Você também vai preencher um questionário para definir o seu perfil de risco. Feito isso, sua conta estará aberta em questão de minutos. No máximo um dia.
Agora, por ora, você não precisa nem depositar dinheiro. A conta é grátis, não tem taxas de espécie alguma e não necessita de saldo mínimo.
Eu recomendaria que você baixasse a plataforma de negociação gráfica e pedisse à corretora para habilitar a conta simulada e você “brincar” de comprar e vender ações.
Você vai ver que não é fácil obter lucro. Se com dinheiro de mentira é difícil, imagine com dinheiro de verdade.
É aí que você perceberá a necessidade de fazer um treinamento: minha recomendação é o Raio X Preditivo.
Tão logo você pratique com as novas técnicas de compra e venda de ações que vai aprender, comece a operar, na conta simulada mesmo essa tarefa. Veja se seus resultados não melhoram.
Só então comece a operar com dinheiro de verdade na B3: faça a transferência de sua conta bancária para a conta na corretora via TED e mande brasa. Lembre-se de fazer gerenciamento de risco, não se alavancar demais e não comprometer uma parcela muito grande de seus recursos financeiros com a renda variável.
8. CONCLUSÃO
A B3 será cada vez mais procurada por iniciantes nos próximos anos, sobretudo com a queda dos juros básicos da economia: a renda fixa, cada vez mais fica menos interessante.
Isso, por um lado, marcará o desenvolvimento de nosso mercado financeiro, por outro lado, no início, exporá pessoas economicamente inocentes a grandes riscos.
É fundamental que se saiba as naturezas da renda variável para que essa exposição seja saudável e, ao contrário, seja a semente de um futuro financeiro promissor para qualquer um que venha a entrar em contato com essa possibilidade.