O mercado futuro tem tudo para aumentar os seus lucros: descubra como ele funciona e comece a investir como um grande investidor, você só precisa de R$ 100

O que é o mercado futuro?

Como funciona o mercado futuro?

O mercado futuro nada mais é do que um mercado como outro qualquer: com pessoas – físicas ou jurídicas –, querendo comprar e pessoas – físicas ou jurídicas -, querendo vender.

E o que elas querem comprar e vender? Contratos futuros. Contratos futuros são a base do mercado futuro que, com a fusão da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), constituem o mesmo ambiente.

Podemos dizer que, do ponto de vista de um trader, não há muita diferença em se negociar contratos futuros ou ações.

Atualmente, podemos operar diversos ativos (ações) e derivativos (contratos futuros), por intermédio da Bolsa de valores. Após a fusão da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) tudo passou a ser negociado em um mesmo ambiente.

Mas isso é só o começo. Vejamos o que vamos aprender neste artigo:

1. O que é o mercado futuro
2. Uma das funções do mercado futuro: proteção
3. Outra função do mercado futuro: especulação
4. Características do Mercado futuro
5. Arbitragem com o mercado futuro
6. Comprados versus vendidos no mercado futuro
7. Vantagens do mercado futuro
8. Quanto preciso para investir no mercado futuro?
9. Margem de garantia no mercado futuro
10. Lucros e prejuízos no mercado futuro
11. Contratos mais populares
12. Códigos dos contratos no mercado futuro
13. Limite de Oscilação dos contratos futuros
14. Meses de vencimento no mercado futuro
15. Custos e taxas
16. Impostos
17. Como começar
18. Quais os riscos?
19. Qual o perfil do investidor?
20. Quanto vou ganhar no mercado futuro?
21. Conclusão: Mercado futuro vale a pena?

1. O QUE É O MERCADO FUTURO E COMO FUNCIONA

Se você está chegando agora, a primeira coisa que deve saber, é que se negocia um contrato futuro da mesma forma na qual se negocia uma ação, usando o home broker ou outra plataforma de negociação qualquer.

Vejamos como define a Wikipedia:

“Contrato de futuros, também chamado contrato futuro, é um tipo de contrato derivativo. Os contratos de futuros são contratos de compra e venda padronizados, notadamente no que se refere às características do produto negociado, conforme regulamentação da Bolsa. Através desses contratos, as partes compradora e vendedora se comprometem a comprar e vender determinada quantidade de um ativo financeiro ou ativo “real” (bens tangíveis), em uma data futura. Por serem padronizados, os contratos futuros são negociáveis em bolsa. Constituem a base do chamado mercado futuro ou mercado de futuros.”

Então, deixa ver se eu entendi. Tudo isso no parágrafo acima quer dizer que se eu vender um contrato futuro de café pra uma pessoa, esse contrato me obriga a vender tantos quilos de café a um certo preço daqui a um certo tempo. E, se nessa data, o preço do café subir, eu não vou poder vender o café mais caro?

Exato, terá que vender no preço combinado.

2. UMA DAS FUNÇÕES DO MERCADO FUTURO: PROTEÇÃO

Mas qual a vantagem disso?

Se somos produtores de café, sabemos que temos certas despesas no futuro e sabemos o tamanho delas. Porém, o preço do café é uma incógnita. Se o preço cair abaixo de um patamar, não vamos conseguir pagar nossas dívidas. Então abrimos mão de um possível lucro a fim de reduzir o risco de nossa operação.

Isso é vantajoso para ambas às partes negociantes, a pessoa que adquire o seu contrato café a certo preço, se garante de eventuais grandes altas futuras no preço do grão.

Ela abre mão da possibilidade de comprar o café a um preço menor no futuro, pela certeza de garantir um preço fixado agora.

Então, os dois lados estão se protegendo com o mercado futuro: o lado comprador não quer arriscar um preço mais caro e o lado vendedor não quer arriscar um preço mais barato.

No caso do café, a liquidação da operação é física. Isto é, no fim, eu preciso entregar o café real (sacas), ao comprador.

Mas existem contratos futuros, como o de índice e de dólar em que a liquidação não precisa ser física.

Afinal de contas, como eu iria entregar um índice a alguém? Alguém já viu um índice na rua passeando com seu cachorro, tem índice na prateleira do supermercado? Não dá pra tirar uma foto do índice, entende? Então a liquidação de certos contratos futuros acontece apenas financeiramente.

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Um exemplo bem simples pra gente entender o mercado futuro

No começo é bem complicado mesmo. Então vou dar um exemplo passo a passo desse processo:

1. Sou o dono de uma fábrica de café solúvel e em abril preciso comprar 100 sacas de 60 quilogramas de café (60 toneladas é o contrato padrão de café) para processar e vender. Mas temo que o café esteja mais caro na ocasião.
2. Assim, compro agora um contrato futuro de café a R$ 3,4 mil.
3. Como meu negócio é fazer proteção (hedge) eu não me importo com a flutuação dos preços. Eu quero comprar café a um preço específico na data de vencimento.
4. De fato, o café sobe até a data de vencimento até R$ 4 mil.
5. Acontece que, à medida que o contrato se aproxima do vencimento, ele vai se aproximando do preço de mercado. Então, eu vendo meu contrato por R$ 4 mil (aproximadamente), encerrando a operação com “lucro”, e uso o dinheiro para cobrir a diferença na hora comprar as sacas de café mais caras.
6. Se o preço de café tivesse caído até R$ 3 mil eu venderia meu contrato com “prejuízo”, mas meu objetivo não era especular e, sim, comprar café. Perdi, na operação, mas, de qualquer forma, tenho os R$ 3 mil – o dinheiro necessário – pra comprar o café.
7. Se eu decidir que não preciso comprar café agora, no vencimento, eu vendo o contrato e compro o contrato do próximo vencimento.

Sem esse tipo de recurso, os empresários, negociantes, agricultores e todas as parcelas da economia mundial teriam muito medo de assumir posições futuras, pois não saberiam se poderia arcar com seus compromissos financeiros.

3. OUTRA FUNÇÃO DO MERCADO FUTURO: ESPECULAÇÃO

Diferente do mercado a termo (outro mercado que estudaremos em outro artigo), onde cada uma das partes, compradora e vendedora carregam suas posições até o final, ou seja, até o vencimento, quando os contratos são liquidados integralmente.

No mercado futuro, isso não é necessário, pois os preços são ajustados diariamente. Aliás, a cada segundo os preços são ajustados.

Assim, se o valor de um contrato futuro que acabei de comprar subir, eu posso vendê-lo com lucro, no dia seguinte ou mesmo no minuto seguinte.

Por isso, nem todas as pessoas que estão no mercado futuro de café são cafeicultores ou donos de fábricas de café. Nem todas as pessoas que estão no mercado futuro de dólar são importadores e exportadores.

Para ser bem realista, a maior parte, dos que estão no mercado futuro, estão simplesmente especulando, “apostando” na alta ou na baixa (não entenda o apostando como um tipo de jogo de azar, mas sim de estratégia; encarar a bolsa da forma certa, é o primeiro passo para quem deseja se dar bem no mercado).

4. CARACTERÍSTICAS DO MERCADO FUTURO

O mercado futuro tem algumas características marcantes:

• Padronização: todo contrato futuro de um mesmo objeto (café, ouro, dólar etc) é igual, por isso podem ser negociados em bolsa com grande agilidade. Já imaginou se eles fossem diferentes, como casas, carros ou antiguidades? Toda hora a gente ia ter que chamar um especialista para avaliar o produto, como naquele reality americano que televisiona as negociações de uma casa de penhores o Trato Feito.
• Liquidez: todos os contratos futuros tem elevada liquidez, ou seja, são facilmente negociáveis por sua alta procura e oferta, o que facilita a execução das ordens tanto dos que desejam comprar quanto dos que querem vender seus contratos.
• Possibilidade de encerramento de posição imediata: diferente do mercado a termo, o mercado futuro permite que eu encerre a posição antes do vencimento, vendendo meu contrato futuro no minuto seguinte. Às vezes, em menos de um minuto. É muito mais ágil do que se imagina. Alguns robôs de negociação de alta frequência conseguem fazer transações em questão de décimos de milésimos de segundo. No fiz de um dia típico de negociações, são dezenas de bilhões de dólares que trocaram de mãos no mercado futuro.
• Margem e alavancagem: quem negocia no mercado futuro não precisa ter o valor total dos contratos em caixa: US$ 10 mil para o minicontrato de dólar, por exemplo; para este derivativo bastam R$ 100 ou menos. No dia seguinte ao encerramento da posição, será descontado um valor desta margem, se houve prejuízo, ou adicionado um valor, se houve lucro. O nome dessa flutuação é ajuste diário. E o fato de se poder operar US$ 10 mil com R$ 100 se chama de alavancagem. Alavancagem, basicamente é operar com dinheiro emprestado, ou até mesmo com um dinheiro que não se tem. Os lucros e os prejuízos são multiplicados pelo tamanho da alavancagem.

5. OUTRA UTILIDADE DO MERCADO FUTURO: FAZER ARBITRAGEM

Um investidor pode fazer arbitragem com o mercado futuro, por exemplo, com o minicontrato de índice:

• Se ele aposta na queda do Ibovespa, por exemplo, pode vender BOVA11 (ETF que reproduz a carteira do índice Bovespa); a venda acontece alugando os papéis, vendendo-os e recomprando-os, mais tarde, mais baratos.
• Para evitar o prejuízo no caso de o papel começar a subir, o que implicaria uma recompra mais cara e em prejuízo, ele compra uma posição financeiramente semelhante em contrato e minicontrato de índice.
• Assim, se o índice começar a subir, as perdas em BOVA11 são mitigadas pelos ganhos no contrato ou no minicontrato de índice.
• Porém, a fim de haver lucro, é necessário que haja uma diferença estratégica entre os dois papéis.

Porém, esse tipo de operação é um pouco mais complicada e envolve custos e riscos que não caberia desenvolver nesse artigo. Então, este tópico já fica pra você já ir conhecendo a possibilidade de fazer isso e, aos poucos, aumentar o seu repertório de investimentos.

6. COMPRADOS VERSUS VENDIDOS NO MERCADO FUTURO

Quando falamos de especulação no mercado futuro, aliás, em qualquer mercado temos sempre dois lados: o dos vendedores, aqueles que estão operando na posição vendida, e o dos compradores, aqueles que estão operando na posição comprada.

Também ouviremos falar de “ponta vendedora” ou de uma forma mais figurativa, dos “ursos” ou “bears”: imagine que o urso agride com uma patada que empurra pra baixo. Por isso os vendedores são apelidados de ursos.

Quanto aos comprados, também ouviremos falar de “ponta compradora” ou “touros” ou “bulls”: já viu um touro chifrando? Ele joga a sua vítima pra cima. O mercado altista é o motivo daquela escultura de touro que existe em wall street.

Quando eu sou um “touro” ou um comprado no mercado futuro.

Quando minhas análises dizem que os minicontratos de dólar vão subir, por exemplo, eu os compro. Então, eu espero que, quando o valor de mercado dos minicontratos estiver suficientemente alto, eu possa vender por um preço maior e obter lucro.

Quando eu sou um “urso” ou um vendido no mercado futuro.

Minha análise diz que o mercado vai cair eu vendo o contrato ou minicontrato correspondente à minha análise. Posso vender um contrato ou minicontrato que não tenho, no mercado futuro? Pode. Simples assim? Simples assim. Mas ficamos com um contrato negativo e em algum momento vamos ter de devolver. Então, quando o preço cair o suficiente, recompramos mais barato e ficamos com a diferença entre venda e recompra.

Entenda melhor como funcionam as operações com minicontratos na Bolsa de Valores:

7. VANTAGENS DO MERCADO FUTURO

O mercado futuro apresenta diversas vantagens:

• Liquidez e grande volume de negociação: sempre tem alguém querendo comprar e sempre tem alguém querendo vender a praticamente qualquer preço, sobretudo a valor de mercado. Isso garante que possamos vender nossos papeis a qualquer momento. Outra vantagem disso é que papeis com grande volume de negociação geram gráficos mais confiáveis pra se fazer à análise gráfica a fim de obter uma melhor chance de trades acertados.
• Flexibilidade: na bolsa de valores, isso não é privilégio do mercado futuro, mas podemos investir tanto na alta quanto na baixa do mercado. Na tendência de alta, podemos comprar. Na tendência de baixa, podemos vender.
• Facilidade de negociação: podemos operar da mesma maneira que operamos ações, utilizando as mesmas ferramentas: o home broker ou uma plataforma gráfica de negociação.
• Alavancagem: com R$ 100 conseguimos operar um minicontrato de dólar no valor de US$ 10 mil ou um minicontrato de índice no valor de aproximadamente R$ 15 mil na cotação de hoje.
• Diversificação: as ações são interessantes, mas nem sempre são uma boa pedida para um iniciante por exigirem um capital inicial maior.

8. QUANTO É NECESSÁRIO PARA INVESTIR NO MERCADO FUTURO?

Com pouco, muito pouco, já podemos fazer trades no mercado futuro: R$ 100.

De um modo geral, os contratos futuros são bem caros. Alguns deles, inclusive só podem ser comercializados dentro de lotes cinco contratos cada.

Por exemplo, o contrato futuro de dólar equivale a US$ 50 mil. Mas só pode ser negociado em lotes de cinco, totalizando US$ 250 mil.

Do mesmo modo, o contrato futuro de índice equivale, em reais, à cotação do Ibovespa, aproximadamente: cerca de R$ 70 mil. São sempre negociados em lotes de cinco, totalizando R$ 350 mil.

Para facilitar a vida dos pequenos investidores, a bolsa de valores (na época, ainda era a Bolsa de Mercadorias e Futuros) criou o minicontrato com 20% do tamanho de um contrato cheio. Assim, os minicontratos de dólar e de índice valem um quinto dos contratos cheios, US$ 10 mil e R$ 15 mil na cotação de hoje, respectivamente. E eles podem ser operados unitariamente.

Mas, mesmo assim, poucos investidores têm esse dinheiro para colocar nas mãos do mercado.

Porém, as corretoras só exigem a margem de garantia, que corresponde a um valor variável, de acordo com a agitação do mercado naquele dia, e que é apenas uma fração muito, mas muito pequena do valor total dos minicontratos.

Nos próximos tópicos, explicarei o que é a margem de garantia no mercado futuro e como ela é administrada.

9. MARGEM DE GARANTIA NO MERCADO FUTURO

Não precisamos ter US$ 10 mil, de um minicontrato de dólar, ou R$ 15 mil, de um minicontrato de índice pra comprar (ou vender um). Só precisamos da margem de garantia.

Geralmente é algo em torno de R$ 100. Às vezes mais, às vezes menos. O nome dessa quantia é margem de garantia. Nos dias em que há previsão de um mercado instável, muito volátil, as corretoras pedem uma margem maior. No dia em que foi votado o Brexit, todas as corretoras avisaram os traders de que a margem seria aumentada significativamente advertindo de que o risco daquele dia era maior do que nos dias comuns.

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Preciso lembrar de que essa margem tão pequena só é válida para fazer day trade com minicontratos, aquelas operações que iniciamos e zeramos no mesmo dia. Se permanecermos posicionados, a margem será consideravelmente maior, mas ainda assim inferior ao valor total do derivativo.

Mas o que significa a margem de garantia no mercado futuro?

A margem de garantia significa que temos dinheiro suficiente na conta para cobrir qualquer possível variação negativa em nossa operação.

Se eu comprei um mini dólar a 3300 pontos e eu o vendi a seguir por 3295 pontos, perdi R$ 10 por ponto, portanto, perdi R$ 50. No dia seguinte, serão debitados de minha conta esses R$ 50.

A margem de garantia significa que eu tenho dinheiro para bancar a “aposta” durante o período a que ela se refere. No período inferior a um pregão, no day trade, esse valor não costuma passar de R$ 100.

10. LUCROS E PREJUÍZOS NO MERCADO FUTURO

Para saber quanto se ganha ou perde no mercado futuro, é preciso saber quanto se ganha ou perde por ponto, no caso de alguns contratos.

Em outro artigo explicamos como se chega a esses números:

• No contrato futuro de dólar cheio eu ganho R$ 50 reais por ponto. Como o lote é sempre de cinco contratos cheios, cada ponto para cima e para baixo equivale a um lucro ou a um prejuízo de R$ 250.
• No minicontrato futuro de dólar, eu ganho R$ 10 a cada ponto. Cada ponto para cima equivale a R$ 10 de lucro. Cada ponto para baixo, a R$ 10 de prejuízo. Se eu comprei três contratos, então devo multiplicar esses valores por três e assim por diante.
• No contrato futuro de índice cheio, eu ganho R$ 1 por ponto, mas ele só anda de cinco em cinco pontos e só pode ser negociado de cinco em cinco contratos (lote padrão). Então concluímos que a cada oscilação de cinco pontos, ganhamos ou perdemos R$ 25.
• No minicontrato de índice, a cada ponto ganhamos ou perdemos R$ 0,20. Podemos negociar apenas um contrato de cada vez, mas como a pontuação só anda de cinco em cinco pontos, a cada movimento mínimo ganhamos ou perdemos R$ 1. Se operarmos mais de um contrato, basta multiplicar esses valores pelo número de contratos futuros operados.

Dei esses quatro exemplos porque são os contratos e minicontratos mais operados por pessoas físicas e pessoas jurídicas, sobretudo por suas características de liquidez e volatilidade.

Porém, os demais contratos futuros são bastante similares.

11. CONTRATOS MAIS POPULARES NO MERCADO FUTURO DA BOLSA DE VALORES

Alguns dos contratos mais negociados no mercado futuro:

• Boi gordo: o contrato é de 330 arrobas e a cotação é pelo preço de uma arroba apenas. Disso concluímos que, a cada centavo na cotação, perdemos ou ganhamos R$ 3,30. O contrato futuro de boi gordo, portanto, é bem alavancado. Há vencimentos todos os meses, mas em outubro a liquidez costuma ser maior. Código do boi: BGI + mês de vencimento + ano. Exemplo: BGIV15 – Boi com vencimento em outubro de 2015.
• Café: o preço do café é cotado por saca de 60 quilos, mas o contrato do mercado futuro se refere a 100 sacas. Então, a cada centavo de variação, ganhamos ou perdemos R$ 1. Existem vencimentos nos meses de março (H), maio (K), julho (N), setembro (U) e dezembro (Z). Código do café: ICF + mês de vencimento + ano. Exemplo: ICFU15 – Café com vencimento em setembro de 2015.
• Soja: o contrato futuro da soja corresponde a 450 sacas e sua cotação corresponde ao preço de uma saca. Os vencimentos são em: março (H), maio (K), junho (M), julho (N), agosto (Q), setembro (U) e novembro (X). Código: SJC + mês de vencimento + ano. Exemplo: SJCK16 – Soja com vencimento em maio de 2016.
• Milho: cotação em reais por saca e contrato equivalente a 450 sacas. Vence em janeiro (F), março (H), maio (K), julho (N), agosto (Q), setembro (U) e novembro (X). Código: CCM + mês de vencimento + ano. Exemplo: CCMF15 – Milho com vencimento em janeiro de 2015.
• Etanol: preço em metros cúbicos e o contrato equivale a trinta vezes isso ou a trinta mil litros a vinte graus centígrados (porque o volume varia com a temperatura). O vencimento é negociado e liquidado no último dia útil, anterior ao mês de vencimento. Código do etanol: ETH + mês de vencimento + ano. Exemplo: ETHF15 – Etanol com vencimento em janeiro de 2015.
• Petróleo: cotação em dólares por barril. O contrato é composto de cem barris. Vence em todos os meses. O código do petróleo é WTI + mês de vencimento + ano. Exemplo: WTIZ15 – Petróleo com vencimento em dezembro de 2015.
• Ouro: preço em dólares por onça e o contrato no mercado futuro corresponde a 100 onças. Existe também o minicontrato, que é de 50 onças. Vencimentos nos meses pares. O código é GC + mês de vencimento + ano. Exemplo: GCH15 – Ouro com vencimento em março de 2015.

Mas não são só esses, não. Existem dezenas de contratos futuros sendo negociados no mercado futuro da B3 (desde que se fundiu com a Cetip, a BM&FBovespa passou a se chamar B3).

12. CÓDIGOS DOS CONTRATOS DO MERCADO FUTURO

Como pudemos ver acima, todos os códigos dos contratos futuros seguem a mesma regra: três letras para designar o objeto a que o contrato se refere, uma letra para designar o mês de vencimento e dois números para designar o número.

Os mais conhecidos, no entanto, são:

• Dólar: DOL
• Mini dólar: WDO
• Índice: IND
• Mini índice: WIN

A seguir, as letras de vencimento são:

• F – JAN
• G – FEV
• H – MAR
• J – ABR
• K – MAI
• M – JUN
• N – JUL
• Q – AGO
• U – SET
• V – OUT
• X – NOV
• Z – DEZ

Note que o ano começa no F, mas não há a presença das letras I, L, O, P, R, T e Y.

O número, que é o ano, por exemplo, 18 correspondendo a 2018 dispensa maiores explicações.

13. LIMITE DE OSCILAÇÃO DOS CONTRATOS FUTUROS

Uma forma de proteger o mercado é o limite de oscilação dos contratos futuros. Se os contratos subirem ou caírem acima desse limite, as suas negociações são paralisadas.

O limite do dólar e do mini dólar é de 6% em relação ao preço de ajuste do dia anterior, tanto para cima quanto para baixo.

O limite do índice e do mini índice é de 10%, tanto para cima quanto para baixo.

Os contratos agrícolas também têm limites diferenciados. Sempre que for negociar um contrato procure saber qual é esse valor.

Por que esse limite é importante: trata-se de um mercado muito alavancado. Variações muito agudas podem levar muitos investidores à falência.

Para ter uma ideia, 6% no dólar equivale, hoje, a aproximadamente 200 pontos, o que seria R$ 2 mil em um único minicontrato (bem, bem, bem mais que a margem de garantia de R$ 100) ou R$ 50 mil em um único lote de contratos cheios de dólar.

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14. MÊS DE VENCIMENTO DOS CONTRATOS MAIS POPULARES DO MERCADO FUTURO

Geralmente, negociamos os contratos com vencimentos mais próximos, a não ser que estejamos fazendo proteção (hedge) para a compra ou a venda de um produto ou um financeiro em moeda estrangeira de que precisemos no futuro.

Cada contrato tem um padrão de vencimento diferente. Os mais importantes para quem vai começar a negociar na bolsa de valores, principalmente fazendo day trade ou swing trade, são os contratos cheios de dólar e índice ou os minicontratos de dólar e índice.

• Vencimento do contrato e do minicontrato de dólar: vence todos os meses no primeiro dia útil.
• Vencimento do contrato e do minicontrato de índice: vence todos os meses pares (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro, dezembro) na quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês de vencimento ou no dia útil seguinte.

15. CUSTOS E TAXAS DOS CONTRATOS FUTUROS DO MERCADO FUTURO

Segundo o site da XP Investimento, os custos são os seguintes:

• Minicontratos: R$ 1 por ordem por contrato para day trade e R$ 2 por ordem por contrato para ficar posicionado mais de um dia.
• Contratos: R$ 4 por contrato por ordem para day trade e R$ 6 por ordem por contrato para swing trade.

Os emolumentos da B3 correspondem aos valores que encontramos detalhadamente nesta página oficial para o dólar e nesta página oficial para o índice.

Ainda tem ISS e taxa de custódia e 1% de imposto de renda retido na fonte, caso aconteça lucro no day trade.

Porém, a taxa mais importante é a de corretagem, as demais somam custos bem inferiores.

16. IMPOSTOS NO MERCADO FUTURO

O imposto mais importante do qual se deve tomar conhecimento no mercado futuro é o Imposto de Renda visto que a responsabilidade de recolhimento é do investidor, no mês subsequente ao mês em que se obteve lucro, até o último dia útil. Além disso, se for day trade, o resultado final dessas operações devem aparecer na declaração de ajuste anual agrupados mês a mês tenha havido lucro ou não.

Leia nosso artigo sobre Imposto de Renda em Operações da Bolsa: Clique Aqui!

• Para day trade: a alíquota é de 20% sobre o lucro, sendo que 1% é retido na fonte. Prejuízos passados podem ser descontados do lucro, abatendo imposto.
• Para operações de mais de um dia: operações até R$ 20 mil em vendas – somadas durante o mês – são isentas. Como contratos costumam custar mais que isso, a tendência é que, se houver lucro durante o mês, você tenha que pagar imposto de renda. A alíquota é de 15%.

17. COMO COMEÇAR A INVESTIR NO MERCADO FUTURO

O primeiro passo é abrir sua conta em uma corretora de valores.

É essa empresa que fará o meio de campo entre você e a bolsa de valores.

Basta acessar a página inicial de uma corretora brasileira, preencher o cadastro e em questão de um pouco mais de meia hora você terá uma conta.

Depois é só fazer um TED a partir de uma conta de mesma titularidade, isto é, uma conta sob o seu CPF e então começar a operar.

Opa! Mas calma!

Por precisar de tão pouco dinheiro, sobretudo para fazer day trade no mercado futuro, esse é um bom motivo para ir mais devagar.

Operações alavancadas garantem lucro, mas um movimento na direção contrária da que se está esperando – uma queda numa operação comprada, por exemplo – em poucos pontos pode levar toda a sua margem de garantia e o seu entusiasmo.

Então, vale a pena começar operando na sua conta simulada, usando a uma plataforma gráfica de investimento. Para aprender a configurar esse tipo de ferramenta, você conta com a ajuda das corretoras e com uma infinidade de vídeos que existem na internet, inclusive vídeos nossos (clique aqui para entrar em nosso canal no youtube).

Antes de investir no mercado futuro, vale a pena investir na sua educação. Faça um curso que ensine a operar de forma profissional na bolsa de valores.

18. QUAIS OS RISCOS DO MERCADO FUTURO?

Como qualquer outro mercado, mesmo os mais seguros, quem define o risco é o próprio investidor, através da quantia de dinheiro que se reserva para essa modalidade de renda variável.

Também depende do tamanho das posições (quantos contratos ou minicontratos se opera de uma vez só), quanto se aceita perder uma operação, através do stop, e quanto se espera ganhar a cada vez. Mas isso faz parte do gerenciamento de risco, um tema para outro artigo.

Os riscos do mercado futuro que devemos aprender a controlar são:

• Oscilação: o mercado futuro, como qualquer ativo ou derivativo da renda variável, oscila. E essa oscilação, apesar de obedecer a certas leis de mercado, tem um bom grau de imprevisibilidade. Quando compramos um minicontrato, acreditamos que há uma probabilidade maior de que ele suba de preço, mas não quer dizer que ele fará isso. Além disso, a alavancagem multiplica a exposição a essa volatilidade toda.
• Alteração de margem: em momentos de maior instabilidade econômica, sobretudo mundial, a margem de garantia pedida (o dinheiro para operar que devemos ter em conta) pode ser aumentado. Se o investidor estiver posicionado e a margem acabar, pode ser necessário se desfazer de alguns contratos em um momento inadequado ou depositar mais dinheiro tendo até que liquidar outras operações
• Ajuste diário: para garantir o fluxo financeiro, o ajuste diário é feito nas contas dos investidores. Se houve uma diferença negativa quanto ao preço do contrato no dia anterior esse dinheiro sai imediatamente da conta e não só no dia do vencimento. Então, sempre é bom ter dinheiro suficiente para bancar esse ajuste.

Tendo conhecimento dos riscos, fica mais fácil saber o que fazer: nunca pule de cabeça em águas que não conhece.

19. O MERCADO FUTURO É PARA QUEM?

É fácil saber para quem é o mercado futuro:

• Tem perfil de moderado a agressivo, sem medo dos riscos.
• Está disposto a aprender sobre como operar contratos no day trade e em outros tempos operacionais.
• Está disposto a aprender análise técnica ( de preferencia a preditiva, consulte clicando aqui) para aumentar o potencial de seus resultados.
• Está disposto a aprender gerenciamento de risco para controlar o tamanho do risco a que se expõe num mercado agressivo de renda variável.

Se você tem essas características, está pronto para começar no mercado futuro.

20. QUANTO DÁ PARA GANHAR NO MERCADO FUTURO?

Mercado futuro é renda variável. Então, não dá para estimar quanto se pode ganhar.

Um iniciante deve se preocupar, primeiro, em não perder.

Depois, se passar a fazer 2% ao mês sobre o capital dedicado ao mercado futuro, por exemplo, R$ 200 ao mês sobre R$ 10 mil, já é um bom começo. E, a partir daí, progredir.

Viver de day trade no mercado futuro exige dedicação não só fazendo os trades propriamente ditos e observando o mercado, mas uma preparação com cursos sólidos de análise.

21. CONCLUSÃO: MERCADO FUTURO VALE A PENA?

Claro que o mercado futuro vale a pena.

Vale a pena para a economia do país, pois possibilita que empresários adicionem um grau de certeza a suas operações futuras.

Vale a pena para os investidores e trades, que encontram uma maneira de diversificar seus investimentos.

O quanto vale a pena para você depende do quanto irá se dedicar em aprender estratégias eficazes de negociação e de proteção do capital exposto ao risco.

Se for começar, se prepare, porque o mercado futuro é apaixonante.

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