Gerenciamento de risco: há 95% de chance de você estar fazendo errado e nós queremos ajudar com uma ferramenta especial. Leia e descubra
Gerenciamento de risco é o que vai salvar a sua pele quando você começar a operar na bolsa ou mesmo se você já opera na bolsa de valores e ainda está pecando nesse quesito.
Sem gerenciamento de risco, pode crer, você vai perder dinheiro.
Afinal, a bolsa de valores, em qualquer uma de suas modalidades de atuação, é renda variável. E renda variável, por definição, implica riscos. O risco deve incluir a possibilidade de tudo, absolutamente tudo dar errado.
E o que fazer numa situação dessas? É o gerenciamento de risco que tenta responder isso.
Por isso, faremos uma breve introdução ato tema neste artigo, a fim de que você se aperfeiçoe nessa área tão necessária.
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- O que é gerenciamento de risco?
- Gerenciamento de risco em Day Trade
- Gerenciamento de risco em Swing Trade
- Gerenciamento de risco com ações
- Gerenciamento de risco ao operar minicontratos
- Risco x retorno (tamanho do risco assumido pra alcançar esse ganho.)
- Cuidado com a Alavancagem! A importância da liquidez
- Uma ferramenta que vai ajudá-lo a entender a relação RISCO X RETORNO
- Conclusão
1. O QUE É GERENCIAMENTO DE RISCO?
O gerenciamento de risco consiste em várias etapas e itens.
Imagine, por exemplo, um praticante de esporte radical. Um paraquedista, por exemplo. Ele tem uma longa lista de coisas a conferir antes mesmo de entrar no carro pra ir até o aeroporto de onde seu avião partirá: a começar pelo clima, ventos, nuvens… antes mesmo de sair de casa ele já está ligado nisso. Chegando no aeroporto, ainda vai verificar a dobragem do seu paraquedas, o seu altímetro, o seu macacão, capacete, óculos de proteção, o estado de consciência de seus colegas e do piloto que o levará até a altitude correta… a lista de seu gerenciamento de risco é enorme. E, por fim, ele tem um paraquedas reserva, caso o primeiro falhe.
Na bolsa de valores não é diferente.
Você precisa saber várias coisas:
- Qual a porcentagem de acertos necessárias de meus trades necessária..
- Quanto devo ganhar nas operações que deram certo pra compensar as que deram erradas
- Quando e como devo admitir que uma operação deu certo ou deu errada a fim de que a encerre.
- Como lidar com os stops de segurança, com os stops de lucro: devo deixá-los fixos? Devo movê-los? Em que sentido? E quando?
- O gerenciamento de risco deve ser engessado ou observar o fluxo e o volume, adiantando ou atrasando a saída de uma operação?
- Quanto de meu patrimônio total vou colocar na renda variável e particularmente no trade e quanto dessa fração eu aceito perder em um único dia ou em um mês, caso as coisas não vão bem?
- Até que ponto eu fico abalado emocionalmente, dificultando decisões racionais tão necessárias aos investimentos e às negociações na bolsa?
O gerenciamento de risco na bolsa de valores, portanto, não envolve apenas questões técnicas, mas até uma dose de autoconhecimento.
A importância do gerenciamento de risco?
O gerenciamento de risco é fundamental pra que o trader consiga obter consistência em suas operações.
Consistência, por sua vez, é o que vai garantir que, no longo prazo, ele tenha resultados positivos.
Veja, mesmo em operações de curto prazo, como os trades da bolsa, sempre acabamos caindo no longo prazo: o trader que pensa que vai ganhar muito dinheiro em pouco tempo está fadado ao fracasso.
O caminho é longo e aqueles que estiverem conseguindo multiplicar seu dinheiro em pouco tempo provavelmente estão deixando de lado aspectos importantes do gerenciamento de risco e, em algum momento, recuarão em seus ganhos ou até mesmo perderão seu capital inicial.
O gerenciamento de risco, então, tem sua importância no fato de que não só vai garantir seus ganhos no horizonte mais distante como no de que o manterá no jogo no curto prazo.
2. GERENCIAMENTO DE RISCO EM DAY TRADE
Do ponto de vista “matemático” e numa abordagem mais tradicional, o gerenciamento de risco em day trade deve passar por estas análises:
- Quanto do meu capital vou usar pra fazer day trade: se todo o meu dinheiro é, por exemplo, R$ 100 mil, quanto dele aceito colocar no risco? Isso vai depender de pessoa pra pessoa. Alguns vão querer usar R$ 10 mil, outros R$ 5 mil… mas vamos convir que usar todo o seu dinheiro pra day trade, especialmente se você for iniciante não é uma boa ideia.
- Quanto da quantidade escolhida vou arriscar em cada trade? Digamos que, dos meus R$ 100 mil, eu tenha escolhido deixar reservado pra day trade cerca de R$ 5 mil. A cada trade, quanto eu posso perder disso, caso perca? R$ 100? R$ 200? Isso vai determinar o tamanho dos meus stops e o tamanho das minhas posições (quantas ações ou minicontratos vou operar de cada vez).
- Quanto é o suficiente ganhar? Sim: o gerenciamento de risco também envolve o quanto é o suficiente lucrar, a fim de sairmos de uma operação ainda com ganhos.
- O que eu ganho obrigatoriamente precisa ser superior ao que eu perco, a fim de compensar uma taxa de acerto inferior a uma taxa de erros. Portanto, outro fator importante é o uso de uma metodologia de trade que garanta uma taxa de acerto superior.
Aqui, fazemos uma observação importante quanto a nossa metodologia do Raio X Preditivo.
Aspectos importantes de gerenciamento de risco no Raio X Preditivo
O gerenciamento de risco no Raio X Preditivo não é engessado por números fechados como, por exemplo, uma relação risco e ganho de um pra três (operações em que arriscamos um terço daquilo que podemos ganhar).
Enquanto outras metodologias não admitem sair da operação enquanto um dos stops (de loss ou de gain) seja atingido, a fim de “manter a disciplina” e a consistência no longo prazo, o Raio X Preditivo admite se manter na operação caso se esteja ganhando e o volume esteja crescente ou se mantendo na direção “correta”. Ou, então, sair antes, no meio da operação, embora com um lucro menor, caso o fluxo e o volume diminuam.
Claro, entrar nas operações já com os stops posicionados é fundamental, mas eles não devem ser tratados como se estivessem escritos em pedra.
E, assim, como em outras metodologias, não é uma boa ideia mover o stop loss no sentido da perda. O stop de segurança sempre é movido no sentido positivo da operação a fim de garantir ganhos já obtidos e sempre em pontos estratégicos definidos por aspectos de volume (uma barra vermelha do indicador Sato’s Bar, um range, um histograma maior do Sato’s Force Histograma e outros critérios ensinados no treinamento).
3. GERENCIAMENTO DE RISCO EM SWING TRADE
O gerenciamento de risco no swing trade não se diferencia muito daquele que fazemos no day trade no que diz respeito à porcentagem de nosso dinheiro que colocamos no risco, quanto aceitamos perder e ganhar em cada operação (relação entre risco e ganho) e, no caso do Raio X Preditivo, o acompanhamento dinâmico e reativo ao fluxo e ao volume, sem se prender excessivamente aos limites e a objetivos fixos de uma operação.
Afinal, de que adianta ficar numa operação que ainda está no lucro mas que o fluxo indica que tem a possibilidade de voltar pra patamares inferiores? Ou, ao contrário, por que sair de uma operação, só porque ela chegou a um nível de lucro pré-determinado, se tudo indica que ela pode continuar evoluindo? Ora, basta mover o stop de proteção pra garantir parte daquilo que já se ganhou! E se o volume está indicando a continuidade do movimento, deixe a operação correr.
Um aspecto importante do gerenciamento de risco: realizações parciais de lucro
Um aspecto muitas vezes negligenciado pelos traders que fazem gerenciamento de risco é a realização parcial de lucro. Isto é: digamos que ele esteja comprado em 10 minicontratos e a operação já tenha andado positivamente um certo valor, vender uma parte dessa posição, garantindo um ganho e, por outro lado, ao subir o stop de proteção, garantir que não se perca nenhum centavo mais. Isso dá segurança, tranquilidade e confiança ao trader. Saber que uma operação não perde mais não tem preço.
4. GERENCIAMENTO DE RISCO COM AÇÕES
Embora ações, na maior parte do tempo, sejam menos voláteis que contratos e minicontratos de índice e de dólar, elas também são voláteis e o gerenciamento de risco que aplicamos a uns devemos aplicar a elas também.
Aqui, talvez, possamos entrar em um aspecto interessante que é, uma vez que estamos em muitas operações simultâneas, às vezes, saber não só como está nossos cuidados com as perdas em cada uma delas, mas também globalmente.
O trader precisa saber com precisão quanto está arriscando em determinado momento. Não importa se está em uma única operação ou em uma dezena delas.
5. GERENCIAMENTO DE RISCO AO OPERAR MINICONTRATOS
O trader, ao operar minicontratos, deve ter bem claro quanto cada ponto em cada um deles representa por papel operado.
- Cada ponto no mini dólar equivale a R$ 10. Assim, dez pontos na direção da operação me dão R$ 100. Na direção contrária, perda de R$ 100. Se eu estiver operando dez mini dólares, devo multiplicar isso por 10, logo, perder dez pontos me dá perda de R$ 1 mil.
- Cada ponto no mini índice me dá R$ 0,20 (embora o mini índice caminhe de 5 em 5 pontos. Logo, 100 pontos, equivalem a R$ 20. Então, se comprei 10 mini índices e a cotação cair 100 pontos estarei perdendo R$ 200.
Sabendo desse detalhe, você deve manter os mesmos critérios explicados nos tópicos anteriores e, através desses valores, determinar o tamanho de sua mão. Quer dizer: considerando o tamanho do stop (100 pontos? 200 pontos?), quantos contratos devo operar numa só vez.
Outro detalhe importante do gerenciamento de risco: o tamanho do risco, a distância do stop
A posição do stop não se determina pelo tamanho que deve ter ou deixar de ter, simplesmente.
E sim por determinada posição estratégica que nos diz se a operação deu errado ou não…
Aí, sim, medimos o tamanho do stop a partir de nossa entrada, caso ela aconteça, até essa posição estratégica, posicionamos nosso stop.
Se for muito longa a distância entre a entrada e o stop de proteção, essa operação não vale a pena: o risco é muito grande.
Por outro lado, podemos redimensionar o tamanho de nossa mão de acordo com a dimensão desse stop. Porém, temos que ter em vista que a possibilidade de lucro tem que valer a pena.
6. RISCO X RETORNO (TAMANHO DO RISCO ASSUMIDO PRA ALCANÇAR ESSE GANHO)
Nunca será demais frisarmos que a relação entre risco e ganho deve ter larga vantagem em relação a possibilidade de perda. Embora não devamos nos prender a essa ideia durante a operação, reagindo dinamicamente ao que o fluxo e ao que o volume nos dizem, jamais será boa ideia entrar numa operação em que se pode perder muito a fim de se obter um ganho irrisório.
Quanto aceita perder
O valor que aceitamos perder, muitas vezes é intuitivo.
No entanto, autoanálise, às vezes, não é suficiente. Pra alguns, pode ser muito doloroso perder R$ 200 em única operação, embora isso não faça nem cócegas do ponto de vista real caso ela tenha um patrimônio de R$ 10 milhões.
Para outros pode não ser nada, emocionalmente, mas eles não perceberam que R$ 200 impacta grandemente um patrimônio de R$ 5 mil (caso esse seja todo o seu dinheiro).
A verdade é que o impacto de R$ 200 ou R$ 2 mil reais em única operação não serve como parâmetro e só pode ser medido no longo prazo, na regularidade que isso acontece.
E, acima de tudo, determinado pelo índice de acerto do trader.
Dinheiro em risco (não arrisque todo capital)
Aqui, destacamos a ideia de que não é o ideal colocar todo o seu capital em risco, sobretudo pra fazer day trade e outras formas similares de negociação de maior frequência.
Reserve apenas parte de seu dinheiro pra essa atividade, parte que deixe você confortável, sem passar calor nos momentos mais difíceis.
Para alguns, essa porcentagem será de 5%, pra outros de 10% e pra outros, ainda, de 20% ou mais. O conforto de uns com o risco é diferente do de outros.
Mas, lembre-se, que o conforto, às vezes ou leva para o cômodo ou é ilusão: se você se sente confortável no meio do fogo, se arrisca a se queimar gravemente.
Busque o equilíbrio e a sensatez. E, para um iniciante, nunca é demais molhar primeiro os calcanhares antes de pular da plataforma de 10 metros.
Cuidado com a ambição
A ambição e a vontade de ganhar dinheiro rápido é das maiores ilusões que provocam importantes perdas para os traders, sobretudo pela negligência ao gerenciamento de risco.
Não são poucos os iniciantes que, ao verem a bolsa atingir novos recordes, veem nela a oportunidade de enriquecer com facilidade. Vendem bens, tiram dinheiro de investimentos mais ou menos seguros e colocam tudo em ações e, para completar, começam a fazer trade sem ter o devido conhecimento.
Desnecessário dizer que, raramente, o final dessa história é agradável.
7. CUIDADO COM A ALAVANCAGEM!
As estatísticas nos contam quem 95% dos traders estão perdendo dinheiro na bolsa de valores. Um dos motivos para que isso aconteça é o uso de metodologias baseadas em preço e não em volume e fluxo (as verdadeiras causas do movimento de preço).
Outro motivo importante é a alavancagem. Graças à margem de garantia permitida no day trade (operações que começam e terminam no mesmo dia), o trader pode operar bem mais papeis (contratos, minicontratos, ações) do que permitiria a sua capacidade financeira.
Quer dizer, a corretora permite que alguém que tenha R$ 50 em sua conta opere, desde que em day trade, um minicontrato que vale US$ 10 mil. Ou, no caso do índice, que vale uns R$ 20 mil.
Quer dizer, se eu tenho R$ 5 mil na conta, para day trade, isso quer dizer que eu posso operar 100 minicontratos de dólares de uma vez só? Mas isso é sensato? É sensato que eu perca R$ 5 mil em única operação que volte apenas 5 pontos no dólar?
8. UMA FERRAMENTA QUE VAI AJUDÁ-LO A ENTENDER A RELAÇÃO RISCO X RETORNO
Um dos aspectos mais importantes do gerenciamento de risco é descobrir regiões saudáveis pra fazer o trade.
E essa é das principais preocupações do Raio X Preditivo: ajudar a posicionar o trader em regiões decisivas para os participantes de maior porte (os investidores institucionais), a partir das quais as chances de o preço se mover com maior contundência para um ou para o outro lado são maiores.
Pra conseguir isso, o Raio X Preditivo tem diversas ferramentas, mas uma das que tem se mostrado mais eficientes nesse sentido é a Sato’s Stop or Move.
Com ela é possível determinar regiões em que o preço pode se mover de forma corretiva (onda de correção) ou de forma impulsiva (onda de impulsão).
Ela foi desenvolvida com base nas ondas de Elliot e nas expansões e retrações de Fibonacci, além da experiência de mais de duas décadas de Luiz Sato.
Posicionar-se nas regiões apontadas por essa ferramenta tem garantido bons resultados para boa parte dos praticantes do Raio X Preditivo, sobretudo quando unimos a observação dessas regiões ao comportamento do volume.
9. CONCLUSÃO
O gerenciamento de risco, provavelmente, é um dos aspectos mais importantes para o trader no que diz respeito à obtenção da consistência no longo prazo.
No entanto, é fundamental que ele tenha outros fatores envolvidos, de outra forma, todo o seu cuidado de nada adiantará:
- O gerenciamento de risco não pode ser engessado: não devemos ficar em operações perdedoras até o final só para manter suposta “disciplina”.
- Não precisamos sair da operação só por que atingimos um objetivo de ganho se, por outro lado, o fluxo e o volume mostram que ainda há mais a ser ganho.
- A frequência de acertos de operações é mais importante do que muitos professores de outras metodologias dizem: daí a necessidade de encontrar regiões saudáveis de trade em que se empenha tanto o Raio X Preditivo.
O gerenciamento de risco é habilidade que, no entanto, se aprende na prática e gradualmente. É certo dizer que, quanto menos experiente, mais cautela o trader deveria ter, dosando aos poucos o cuidado com que adentra o mundo da renda variável.