Você está operando na contra mão do mercado? Leia este artigo sobre Distribuição e comece a operar como os big players (eles podem estar fazendo você de bobo)
A fase de Distribuição do ciclo do mercado é facilmente entendível por uma história que envolve um fenômeno comportamental recente: os hand spinners ou simplesmente spinners.
Virou meme um post do Facebook em que o sujeito dizia que tinha “investido” os R$ 30 mil que economizara durante a vida nesses brinquedos a fim de lucrar muito, pelo menos o dobro.
O nosso desafortunado amigo foi vítima da Distribuição.
Dá vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo.
Imagine o desespero do sujeito.
Ele estava comprando – no momento de euforia do mercado – quando os grandes investidores já estavam se desfazendo de suas posições a um preço vantajoso.
O nosso investidor – um “possuidor fraco” -, quando estava com o “ativo” em mãos, descobriu que o mercado já estava saturado de ofertas de venda a preços cada vez mais baixos.
Enquanto isso, os grandes investidores já tinham se desfeito de todos os seus spinners e já estavam contando os lucros em cima de outros “patos” como o infeliz acima.
O mercado está cheio de exemplos de vítimas de distribuição.
E não precisa ser na bolsa. Pense no número de paleterias que abriram recentemente. E barbearias hipster. E food trucks.
Tudo no final da onda, com um belo prejuízo.
Siga minha dica: quando a próxima onda começar a aparecer nos telejornais é porque está na hora de vender, não de investir.
A fase de Distribuição está no fim e a coisa vai DESPENCAR.
Você vai ver seu picolé mexicano derreter na sua mão e você não vai poder fazer nada.
A Distribuição é uma das cinco fases do Ciclo de Mercado e você vai aprender como ela funciona e como ela é importante a seu aprendizado.
- O que é a fase de distribuição
- Como identificar uma fase de distribuição
- Quais são os objetivos da distribuição
- Exemplos de distribuição nas operações
- Entenda o que é uma Armadilha de Topo
- Teste de demanda: como ocorre?
- Como ganhar com a fase de distribuição
- Conheça o Raio X Preditivo
- Conclusão
1. O QUE É A FASE DE DISTRIBUIÇÃO
Primeiro, precisamos conhecer as outras fases do ciclo do mercado e, então, onde se localiza a fase de Distribuição nesse contexto.
- Absorção
- Acumulação/Distribuição
- Teste de oferta/Teste de demanda
- Spike
- Spike Channel
Nas fases 2 e 3 temos duas opções:
- Se precedemos uma baixa, temos Distribuição e Teste de Demanda.
- Se precedemos uma alta, temos Acumulação e Teste de Oferta.
De qualquer modo, a fase de Distribuição acontece, costumeiramente, depois de uma fase de Absorção. Na Absorção, o grande player absorve passivamente as agressões dos outros players que, por assim dizer, agridem as ordens limitadas e passivas de venda por ele posicionadas no book.
Por assim dizer, o cenário é de alta e, ainda assim, o grande player está vendendo em grande volume e indiscriminadamente, como se nada estivesse acontecendo. Vender enquanto os preços estão subindo, parece loucura, não?
O grande investidor institucional está aproveitando a liquidez espontânea do mercado com a finalidade de montar uma grande posição “vendida”.
– Querem comprar? Tá subindo? Não se preocupem que eu vendo, podem vir! Me agridam que eu tenho bala na agulha.
O grande player vai vender até o que não tem.
Porém, esse movimento de alta não é suficiente para vender tanto quanto pede a ambição desse grande investidor institucional.
É então que vem a fase de Distribuição.
Nesse momento, o grande player acha que os preços estão bons para continuar vendendo nesse nível. Ele continua a esvaziar o carrinho, mantendo através de diversas estratégias, as cotações em um range, um “retângulo”. Nesse momento, o preço anda de lado, preparando o terreno das outras fases do Ciclo de Mercado.
Usando essa estratégia, o grande player em atuação naquele momento aumenta consideravelmente e discretamente sua posição a um preço atraente.
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2. COMO IDENTIFICAR UMA FASE DE DISTRIBUIÇÃO
Após a lateralização acontecer e, depois da lateralização, um forte movimento de baixa, fica fácil entender de que se tratou de ciclos de Distribuição.
Mas isso não adianta, nada! Precisamos saber que se trata de uma lateralização de
Distribuição antes de a queda acontecer: assim, a gente pode vender nossos ativos e embolsar o lucro ou, até mesmo, entrar em uma venda descoberta, lucrando com a queda.
Mas como “adivinhar”?
Para isso existem os indicadores Sato’s Force Histograma e Sato’s Bar.
Veja um exemplo de distribuição na imagem abaixo;
Absorção
Primeiro, temos que observar a Absorção.
Na Absorção que antecede a Distribuição, veremos tendência de alta bem clara e marcada, com muita atividade dos investidores institucionais.
Esses grandes players são identificados pelo volume gigantesco, acumulado em cada pernada de alta.
Esse volume crescente é denunciado pelo indicador Sato’s Force Histograma.
Como o Sato’s Force Histograma depende da concretização de um certo número de ticks pra se formar, nesse meio tempo, acompanhamos a atuação dos institucionais através do Sato’s Bar: de azul (pouquíssimo volume) até vermelho (altíssimo volume).
Com o Sato’s Bar, cada candle do gráfico se transforma em uma poderosa ferramenta com o objetivo de avaliar a atuação ou não dos grandes players.
Considere o volume de papeis negociados como o combustível do movimento.
Se há volume, aquele movimento tem consistência. A partir do momento em que falta esse combustível, desconfie da continuidade.
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Veja esse vídeo para entender melhor o funcionamento da fase de absorção:
Euforia máxima
Ao fim de um movimento de alta em que houve Absorção temos o que chamamos de “euforia máxima”.
Na “euforia máxima” é que nosso amigo comprador de Spinners entra. Quem não tinha comprado ainda, vai comprar porque “viu no Jornal Nacional”, porque todo o mundo está comprando, porque está brilhando no céu com letras de neon, porque a Anitta disse que é pra comprar.
Até quem tinha vendido quando estava barato, lá embaixo, é bem capaz de comprar de volta pra não ver seu prejuízo aumentar.
Adivinhe quem vai estar vendendo a esses compradores eufóricos? Sim, um grande player ou vários grandes players.
Depois da euforia, a Distribuição
Depois da euforia máxima, começa a Distribuição.
O preço chegou a um patamar de alta muito bom e, pelo menos na opinião dos grandes players, vale a pena vender mais um tanto nessa faixa.
Afinal, sempre tem os atrasadinhos, mais gente querendo comprar, na empolgação. Ninguém quer ficar de fora.
O grande player só dá risada.
Não importa o motivo: o fato é que ele quer vender mais, pra se desfazer de posições compradas com lucro ou pra lucrar com a pancada que planejam a seguir, através de posições vendidas.
Sintomas de Distribuição
No gráfico, vamos ver o preço andar de lado, naquela faixa de preço tão interessante ao investidor institucional.
Outra coisa que veremos: as pernadas de alta já poderão estarão menores, decrescentes. Bem como o volume de ativos nelas comprometidos.
Esses dois aspectos são denunciados pelo Sato’s Result Sato’s e pelo Force Histograma, respectivamente.
Os dois comportamento demonstram que o mercado não tem mais combustível, não consegue se manter mais nessa direção de alta.
É como se o motor do avião estivesse pipocando, antes de voltar, em parafuso da altitude, a que chegou depois de gastar todo o combustível.
Nessa hora, quem não tem essa leitura talvez passe a comprar (nosso amigo dos spinners), acreditando que haverá uma continuidade do movimento de alta.
Talvez outros estejam se desfazendo de uma posição vendida simplesmente, assustados, com medo de que continue a subir de preço ainda mais.
O fato é que para o investidor institucional isso não importa. Ele aproveita a empolgação de um e o medo do outro para vender ainda mais ativos.
Essa lateralização parece a respiração de um praticante de arte marcial que vai estocando energia vital, lenta e ritmadamente, sempre antes de dar uma pancada para baixo e quebrar todas as telhas.
3. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA DISTRIBUIÇÃO
Disso, concluímos que, para o Grande Player, o principal objetivo da Distribuição é vender ainda mais ativos a um preço que considera atraente, se aproveitando da euforia daqueles que acham que haverá uma continuidade do movimento de alta e do medo daqueles que, em posições vendidas, temem pela mesma continuidade.
Concretizada a Distribuição, após o Teste de Demanda, que confirma a ausência de compradores no mercado, o próprio grande player que estava vendendo passivamente (absorvendo) provoca a queda, vendendo ativamente. Se há mais oferta, o preço naturalmente cai. Se o preço cai, mais gente vai querer vender. E assim por diante.
4. EXEMPLOS DE DISTRIBUIÇÃO NAS OPERAÇÕES
Veja nos gráficos a seguir, exemplos de Distribuição, que aconteceram depois de ciclos de Absorção e que foram seguidos por Testes de Demanda, Spikes de baixa e Spike Channels de baixa.
5. ENTENDA O QUE É UMA ARMADILHA DE TOPO
As armadilhas de topo podem acontecer logo depois da Absorção de alta (repetindo: alta com grande volume que denuncia a grande atuação institucional) ou mesmo durante a própria Distribuição (recapitulando: período em que o preço fica num range, andando de lado, agora com menos volume).
Em algum momento, pode ocorrer o rompimento do topo formado pelo final da Distribuição.
A Análise Técnica Clássica nos ensina que rompimento de topo, rompimento de resistência, é sinal de que a alta vai continuar. Vai explodir para cima!
CUIDADO: pode ser uma armadilha de topo.
A armadilha de topo vai pegar o stop dos vendedores fracos, em primeiro lugar. Eles apostaram que depois de bater no último topo o preço voltaria. E colocaram o stop um pouco acima dele. Os institucionais SABEM disso.
Esses “vendedores fracos” entraram em posições vendidas e ao verem que o preço ultrapassa o último topo, continuando a subir, se desfazem de suas posições pois se consideram “errados”.
Por outro lado, quem acredita nesse conceito da Análise Técnica Clássica, vai entrar comprando com tudo!
E qual não é a surpresa desses dois personagens ao ver que o preço ou volta para o range ou começa a cair intensamente…
O primeiro vai dizer que levou uma violinada. Estava correto, mas o preço pegou seu stop. Se bobear, esse até vira a mão entrando em uma posição comprada com o dobro de ativos. Coitado.
O segundo vai achar que se enganou na análise ou que o “seu psicológico é fraco”, como gostam de dizer alguns ensinantes de Análise Técnica Clássica por aí.
Basicamente, o que a armadilha de fundo faz é chacoalhar a árvore e só os macacos mais fortes ficarem empoleirados. Os gorilas continuarão vendidos e vendendo ainda mais.
Como detectar a armadilha de topo: vamos observar o rompimento do topo ou até de uma resistência importante, mas tanto o Sato’s Force Histograma e o Sato’s Bar mostram que a atividade institucional é mínima ou nula. Pouquíssimo volume.
6. TESTE DE DEMANDA: COMO OCORRE?
Os grandes players não estão nem aí pra gente. O problema deles são outros grandes players que podem vir a consumir a liquidez de que precisam ou levar o preço de um ativo a patamares que não são interessantes para eles.
Então um deles faz tudo conforme a cartilha:
- Absorve durante um movimento de alta, vendendo e dando liquidez a esse movimento; não é o que todo o mundo quer, comprar?
- Distribui quando o preço atinge patamares interessantes para continuar a vender, esvaziando de vez o carrinho ou montando short positions (posições vendidas).
Agora é a hora de fazer o preço despencar, certo? Mas vai que aparece um tubarão maior do que ele que decide que é hora de comprar?
Agora é o momento de se amoitar. Pra ver se esse tubarão maior aparece.
O nosso grande player tira o time de campo. A liquidez cai a níveis patéticos, alimentada apenas pelo varejo (gente pobre que tem apenas R$ 20 milhões na conta).
Liquidez baixa é sinal de que dá para aqueles que têm capacidade para isso “brincar” com os níveis de preço. Se for para aparecer alguém que queira fazer o mercado subir, o momento é agora.
Porém, se não aparecer, este é o momento de dar aquela pancada para baixo.
E isso, senhoras e senhores, pode ser o sinal de que o institucional vai começar a vender.
E nós também. Aumentando nosso potencial de lucro.
7. COMO GANHAR COM A FASE DE DISTRIBUIÇÃO
Ao detectarmos um momento de Distribuição, com ajuda do Sato’s Force Histograma, do Sato’s Result e do Sato’s Bar -, precisamos ficar atentos ao rompimento do range, da faixa de preço pela qual vinha passando a cotação ou o preço do ativo.
A partir daí, definimos uma entrada e os respectivos stop loss e stop gain em uma posição vendida. Vamos lucrar com a potencial queda que virá a seguir.
Pode acontecer que alguém do outro lado do mundo aperte um botão e comece a comprar uma posição enorme e faça o preço subir?
Pode! Mas, a esta altura, já descobrimos uma região segura do gráfico, uma região de trading location, onde poderemos entrar e sair de forma mais assertiva, pois sabemos que será defendida com unhas e dentes pelos institucionais.
8. CONHEÇA O RAIO X PREDITIVO
Esta leitura é só uma amostra do que o Raio X Preditivo pode dar a você.
Enquanto a Análise Técnica Clássica foca no preço, mero efeito das intenções dos grandes players, a Nova Análise Técnica atenta para a atuação desses investidores institucionais, antecipando os movimentos mais prováveis do preço através da observação de suas causas.
O Raio X Preditivo, que traz ao Brasil a Nova Análise Técnica, através de seu leque de conceitos e seu arsenal de ferramentas, ensina a ler as causas dos efeitos que vemos no gráfico dos preços dos ativos.
9. CONCLUSÃO
Conhecer as fases do Ciclo de Mercado é fundamental para aumentarmos nossas chances de lucro na bolsa de valores e também reduzir nossos riscos.
Enquanto só observamos os preços, as fases ficam escondidas, ficando difícil observá-las.
Através dos conceitos e ferramentas do Raio X Preditivo, essas fases são facilmente reveladas.
No caso da Distribuição, identifica-la nos poupa de grandes prejuízos, evitando que compremos na hora errada, e, ao contrário, possamos garantir o lucro, entrando em posições vendidas com maior segurança.
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