O que fazer quando o mercado anda lateralmente? Vale a pena operar nestes dias?
No Raio X Preditivo, o mercado anda lateralmente nos dá uma das formações mais importantes e que servem para diversos tipos de operação. A lateralização, que em uma linguagem mais antiga, alguns chamarão de “retângulo”, nos dá o range. O range, acima de tudo, é um “acampamento” de big players.
Embora o volume de negócios imediato, a cada candle, a cada barra, seja relativamente menor, durante o tempo em que o mercado anda de lado, muito dinheiro trocou de mão. De forma mais lenta, discreta, é verdade. Mas um range leva muito tempo para se formar e, nesse tempo, muitos negócios foram feitos. Muita gente comprou, muita gente vendeu.
Alguns até podem querer operar durante a formação do range, isto é comprar em seu limite inferior e vender no limite superior.
Porém, costumamos achar uma postura mais inteligente usar os ranges depois que eles foram formados. Isto é, usar os ranges como suportes e resistências. Geralmente, segundo demonstra a prática do Raio X Preditivo, eles são os verdadeiros suportes e resistências. Sem dúvida nenhuma, funcionam com mais frequência e com maior lógica que simples topos e fundos. Aliás, topos e fundos costumam, muitas vezes, ser formados por baixo volume a fim de chamar compras e vendas, respectivamente.
É possível usar lateralizações (ranges) mesmo que eles estejam diversos períodos no passado. O que é importante saber é que, durante a sua formação, um big player (investidor institucional) – ou mesmo mais de um – acumulou e distribuiu ativos em grande quantidade naquela região.
Qual a lógica por trás disso?
Imagine que um grande player comprou determinada ação enquanto ela oscilava entre R$ 12 e R$ 13, durante um longo período de tempo, enquanto a oferta e a demanda estavam equilibradas nessa faixa de preço. Eventualmente, o preço sobe (talvez pela atuação desse mesmo big player, que passa a comprar agressivamente, esgotando a oferta a valores cada vez mais altos). Digamos que o preço vá a R$ 16.
O preço, depois de atingir esse valor, eventualmente pode voltar a cair, chegando a R$ 13 novamente. Agora, imagine-se como o big player – que tem recursos financeiros e tecnológicos para tanto: você não voltaria a comprar?
- Está num preço que você considera bom e no qual acumulou ativos durante muito tempo. É uma oportunidade para comprar ainda mais
- Você não pode deixar que o preço caia abaixo de R$ 12, pois aí passaria para uma posição perdedora não com 100 ou 200 ações, mas com milhares, talvez milhões de papéis
Ora, se vai ter um participante desses com todos esses motivos para segurar o preço acima disso, os ranges são um suporte bem lógico para evitar a continuidade de uma tendência de queda.
Agora, imagine que, apesar de todos os esforços desse participante forte, o preço vai abaixo de R$ 12.
Das duas uma: pode ser uma armadilha de fundo (sobretudo se observarmos um baixo volume) a fim de chamar mais vendas e turbinar um posterior spike (movimento contundente no sentido contrário, com volume e forte deslocamento). Pode ser de fato um spike de baixa.
Se for assim, esse big player vai estar “perdendo o jogo” e terá que se desfazer dos ativos que acumulou durante a formação do range. E não são poucos ativos! Isso vai aumentar a oferta monstruosamente. E com uma oferta aumentada, os preços caem com ainda mais velocidade.
Desse modo, o range ou a lateralização tenham sido formados há alguns dias ou há alguns meses, sempre serão referência para pontos de partida de movimentos contundentes. Não precisa ser o range, a lateralização, formado imediatamente. Podemos procurar por essas formações no passado mais recente do gráfico ou, em alguns casos, até de anos atrás.
Portanto, o Raio X Preditivo dá valor ao range, mas não para operar imediatamente, porém, como referência (níveis de suporte e resistência). Quanto maior o range, maior a sua importância.
Para operar ranges imediatamente, é preciso tentar considerar se se trata de uma acumulação ou uma distribuição dentro dos ciclos de mercado.
Se for uma acumulação, podemos esperar a seguir um spike de alta a seguir. Se for uma distribuição, podemos esperar uma queda.
- A acumulação “tende” a acontecer depois de uma tendência de queda, queda durante a qual o big player também acumulou, comprando passivamente, em absorção das ordens de venda dos “desesperados”.
- A distribuição “tende” a acontecer depois de uma tendência de alta, alta durante a qual o big player também distribuiu, vendendo passivamente, absorvendo as ordens de compra dos “eufóricos”.
Claro, depois de uma queda, um range pode ser também uma redistribuição. E, depois de uma alta, podemos ter também uma reacumulação.
Porém, podemos ficar atentos aos sinais: ao final da alta houve “euforia máxima” marcada por uma única barra (candle) de altíssimo volume? Ao final da baixa houve “desespero extremo” (também marcado por candle de altíssimo volume)? Durante a formação do range, houve armadilhas de fundo? Ou armadilhas de topo? A tendência é que, se todos esses sinais aconteceram, estejamos falando de acumulações e distribuições de fato e não de redistribuições e reacumulações.
E, se assim for, podemos esperar a qualquer momento os spikes:
- Spike de alta depois da acumulação
- Spike de baixa depois da distribuição
Os spikes são marcados pelo alto volume, deslocamento rápido do preço e, portanto, possibilidade de lucro rápido e seguro.
Portanto, podemos dizer que, no Raio X Preditivo, o objetivo, mais do que operar as lateralizações, é usá-las como referência para oportunidades de trades de alta possibilidade.
Ainda tenho dificuldade em perceber qd é um mero teste e qd é de fato um sinal de entrada para um spike, pq às vezes, mesmo com barra branca e baixo volume no SFH o spike se confirma, qd tinha td para ser um mero teste! Como diferenciar?