A bolsa de valores: como funciona, o que são ações e o que é a bovespa (B3) para você entender tudo de maneira simples e começar a ganhar dinheiro logo com tudo isso

Como funciona a bolsa de valores? Essa curiosidade pode ter surgido das atuais valorizações da bolsa de valores brasileira, a Bovespa ou, como é conhecida atualmente, a B3.

Talvez, no momento em que lê este texto, ela tenha sofrido uma queda, não sei. Por algum motivo, você está aqui querendo saber sobre a bolsa de valores e como funciona.

Posso garantir que o melhor motivo a fim do qual você está aqui é:

• Investir na Bolsa de Valores 

E, assim, você quer saber, antes, como ela funciona. Não quer embarcar em um navio sem antes saber onde está se metendo.

Se precisa de uma informação curta, sintética e rápida eu entrego agora, sem enrolação.

Por exemplo, a do Wikipedia:

“A bolsa de valores é o mercado organizado onde se negociam ações de sociedades de capital aberto (públicas ou privadas) e outros valores mobiliários, por exemplo as opções.”

Bom, isso é uma boa definição. Ensina o que é a bolsa de valores, embora de uma forma um tanto seca e árida, sem muita ajuda aos leigos.

Mas se precisa saber como a bolsa de valores funciona, ainda não ajuda muito.

Tentei descobrir se o site da Bovespa, hoje a B3, nos ajuda, afinal se tem uma autoridade em como funciona a bolsa de valores certamente é a bolsa de valores do Brasil.

Vou confessar que usei todas as minhas habilidades no Google e não encontrei no site da BM&FBovespa nada sobre isso. Apenas a definição do que hoje é a B3 (união da Bovespa, BM&F e Cetip), o famoso “quem somos”:

“Fruto da combinação entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, nasce a B3, uma empresa maior do que a soma das partes. Uma companhia de infraestrutura de mercado financeiro de classe mundial. Com portfólio diversificado de produtos e serviços, a B3 chega para potencializar oportunidades de negócios em um ambiente de mercado dinâmico, desafiador e competitivo em escala global. Temos um compromisso com o Brasil, com os clientes, com a inovação e com o constante desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais.”

Embora o site da B3 tenha um bom espaço com informações aos iniciantes, parece que eles esqueceram de colocar uma página fácil de achar sobre o que é a bolsa de valores e como funciona a bolsa de valores.

Mas, não se preocupe!

Pretendo neste artigo explicar tudo isso. Fique comigo e se o seu objetivo é aprender, escrever um trabalho ou, melhor ainda, começar a investir na bolsa de valores logo, em pouco mais de 10 minutos terá todas as informações necessárias de forma simples, clara, sem complicações.

Veja o que vai aprender:

1. Como funciona a Bolsa de Valores
2. Como funciona a Bolsa de Valores na prática para você
3. Horários de funcionamento da Bolsa
4. Leilões da Bolsa de  Valores: como funciona
5. Índices Bovespa
6. Investir em índices, uma forma de diversificar
7. Principais Índices e bolsas de valores do mundo
8. Como investir na Bolsa de Valores
9. Principais ativos negociados na Bolsa de Valores
10. Como investir em ações 
11. Quanto dá para ganhar na Bolsa de Valores? 
12. Qual é o risco de investir na Bolsa de Valores?
13. Conclusão

1. COMO FUNCIONA A BOLSA DE VALORES

Imagine que você tem um carro que deseja vender. Mas na sua vizinhança não tem muita gente querendo comprar carros. Agora imagine que existe um lugar, um feirão, onde vendedores e compradores de carros se encontram.

Vamos até esse lugar e, com certeza, encontraremos muitas, mas muitas pessoas mesmo, interessadas em comprar.

Fica mais fácil, rápido e seguro fazer negócio. Porque além de reunir toda essa gente, esse feirão proporciona segurança, estrutura, fiscalização e muitas outras coisas.

A bolsa de valores é esse lugar. Mas para ações (calma que eu já vou explicar o que são ações!)

Claro que a bolsa de valores é o ambiente que proporciona as condições para a negociação de muitas outros ativos e derivativos, mas para efeitos didáticos, vamos falar de ações.

Mas como acontece essas negociações….

Compra e venda de ações, entenda como funciona

Como o feirão de carros: a Bolsa de Valores é o ambiente que proporciona estrutura, fiscalização e segurança para milhões de pessoas e empresas que querem vender ações e milhões de pessoas e empresas que querem comprar ações. Estão todos ali reunidos no mesmo lugar, negociando ações e outros ativos (vamos falar quais outros ativos são esses mais para diante, continue lendo!).

A diferença é que o volume de negócios é muito maior.

Se uma feira de carros proporciona centenas de negociações a seus participantes, na bolsa de valores acontecem centenas de milhares todos os dias.

Não são vendidas centenas de ações, mas milhões de ações. E não são centenas de milhares de reais que mudam de mão todos os dias, mas bilhões.

Um exemplo prático

Como funciona isso? Se já assistiu a série Trato Feito do canal History, por exemplo, já sabe. É fácil.

Um sujeito chega na loja querendo vender um objeto pelo preço de US$ 1000. O apresentador e proprietário da loja de penhores, Rick, avalia aquele objeto e diz que só pode pagar US$ 500.

Então, os dois interessados em fazer negócio vão movimentando seus preços. O vendedor pode descê-lo e o comprador pode tentar subi-lo.

Se nenhum dos dois mover suas intenções o negócio não acontece.

Mesmo se Rick oferecer US$ 800 e o vendedor só aceitar US$ 801, por essa diferença de US$ 1, o negócio não ocorre. Finalmente, eles chegam a um acordo: trato é feito por US$ 800,50.

A bolsa de valores funciona da mesma maneira!

Só que em um volume muito maior, em uma velocidade muito mais frenética e com milhares de Ricks e vendedores ao mesmo tempo tentando entrar num acordo sobre qual é o valor justo para se fazer negócio com uma ação ou milhões de ações de uma só vez.

Como é esse ambiente

Tá bom! Legal! Quero ir nesse lugar ver esses milhões de negócios acontecendo. Deve ser muito legal!

Pois é, vamos ficar querendo.

Esse ambiente há algum tempo já não é mais físico. 

Atualmente, ele é totalmente eletrônico, acontece online, pela internet.

Se é um pouco mais velho, deve ter visto aquela cena nos telejornais de antigamente ou nos filmes: gente gritando, tentando se entender no que mais parecia uma arena, só que, em vez de gladiadores, um monte de gente engravatada e com cara de desespero.

Isso não existe mais. A última vez em que isso aconteceu na bovespa (BM&eFBovespa ou B3) foi em 30 de setembro de 2009.

Pessoas comuns e grandes investidores, não importa o tamanho, usam todos computadores para investir. Tudo acontece em silêncio com os home brokers (uma espécie de home banking para a bolsa de valores e que já está ficando ultrapassado) e as plataformas gráficas das mais populares às mais avançadas.

O que são ações

Desta parte mais teórica, só faltou explicar o que são ações a fim de que você entenda o básico de como funciona a bolsa de valores.

Ações são a primeira coisa que pensamos quando lembramos da bolsa de valores, embora muitos outros ativos e derivativos sejam ali negociados.

Ações são um pedacinho de uma empresa. Mas não qualquer pedaço. Trata-se de um pedaço de seu capital social.

A empresa percebe que precisa crescer. Uma das formas de arrecadar dinheiro para financiar esse crescimento é vendendo parte do seu capital. Essa parte que vai ser vendida é o capital social.

Abrir capital

Por exemplo, vamos supor que uma empresa cujo valor total seja R$ 100 milhões, decide disponibilizar 50% de seu patrimônio na bolsa. Então R$ 50 milhões serão transformados em 5 milhões de ações no valor de R$ 10.

Essa empresa está “abrindo o seu capital”. O nome técnico desse processo é “abertura de capital” e, claro, a precificação de uma ação e determinação do valor de uma empresa e de um capital social é, na prática bem mais complexo que uma simples conta de dividir.

Depois de um processo burocrático na bolsa de valores, chega o dia da IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial), quando os investidores irão comprar as ações.

Agora eu sou sócio?

Feito isso, em tese, nossa empresa terá R$ 50 milhões para começar a investir em seu crescimento. Por outro lado, aqueles que compraram as ações se tornaram sócios de maior ou menor porte, dependendo do número de ações que compraram, e esperam que com esse crescimento suas ações se valorizem.

Na prática, muitos desses investidores não têm o menor interesse de serem “sócios”. Apenas querem que os papéis se valorizem para que possam vendê-los com lucro assim que isso aconteça.

A maior parte dos negócios diários da bolsa de valores seguem esse perfil de negociação. Essa forma de investir é comumente chamada de trade.

2. COMO FUNCIONA A BOLSA DE VALORES NA PRÁTICA

Como funciona a bolsa de valores na prática, para nós simples mortais?

Olhando superficialmente, é bem simples. Com a intenção de ganhar dinheiro nesse processo, há duas opções básicas:

1. Comprar ações e vender quando elas tiverem subido
2. Vender ações e comprar quando elas tiverem caído

Comprar e vender quando estiver mais caro

Quando se compra um carro, não se espera que dali a dois minutos, dois dias ou duas semanas ele esteja mais caro.

Mas com ações há uma grande possibilidade de que isso aconteça.

Você pode comprar uma ação da Petrobras a R$ 15 e, daqui a um mês ela valer R$ 20, uma valorização de 33% porque, por exemplo, um campo de petróleo foi descoberto.

Então, você vende suas ações – digamos que tenha comprado mil ações a 15 reais cada, ou seja, investiu R$ 15 mil – caso o exemplo do cenário hipotético acima se concretize, isto é, uma valorização de 33%, você teria um lucro de R$ 5 mil em um mês.

Claro que não é fácil – ou mesmo comum – acertar um trade dessa qualidade.

Mas você não deve contar com a sorte. As ações que negociar precisam ser escolhidas com critério (vou falar desses critérios mais tarde, permaneça com a gente).

Vender ações e comprar mais barato

Duas coisas que quem está começando a investir na bolsa de valores não costuma saber:

• Você pode ganhar dinheiro com a bolsa em queda ou em crise
• Você pode vender ações sem tê-las

Ganhar dinheiro com a bolsa em queda: quando compramos um ativo, costumamos dizer que nos posicionamos na compra. Quando vendemos, significa que nos posicionamos na venda. Isto é, enxergamos um cenário futuro de desvalorização de uma ação e apostamos nele. O plano é vender essa ação por um preço e, quando o preço tiver caído, recompramos. O lucro é a diferença.

Mas como faço isso? Isso nos leva ao próximo item:

Vender ações sem tê-las: quando ouvi falar pela primeira vez disso achei tão maluco que pensei até que era ilegal. Mas não é! É perfeitamente legal e com todos os recursos da bolsa de valores para você executar essa operação de maneira tão simples como se estivesse comprando.

Como funciona: ao perceber que uma ação tem potencial para cair, você aluga ações de alguém que as tenha encarteiradas, isto é, uma pessoa ou empresa que tenha comprado essas ações e não pretende vendê-las.

Ao final de um período você terá que pagar esse aluguel, mas não é nada absurdo que virá a prejudicar seu trade.

Alugadas as ações, você as vende. Assim que os preços caírem suficientemente para que se tenha lucro, elas são recompradas. A diferença entre esses dois valores constitui o lucro. Nesse momento, você devolve as ações a seu “dono”, paga o aluguel e pronto.

Parece complicado. Mas tudo isso é feito automaticamente. Você nem sabe de quem está alugando. Na prática, é só vender.

Por exemplo: você percebeu que as ações da Petrobras possui uma alta probabilidade de cair. Então vendeu mil delas por R$ 15 mil (o aluguel é intermediado automaticamente pela sua corretora de valores) e o dinheiro é depositado em sua conta. Dois dias depois, as ações caíram para R$ 10. Você as recompra por R$ 10 mil. Então, quinze mil (dinheiro da venda) menos dez mil (dinheiro da recompra, que você acabou de pagar) e sobram R$ 5 mil na sua conta.

Esse é o seu lucro, menos o aluguel das mil ações.

Assista esse vídeo mostrando como funciona a Bolsa de Valores:

 

Falando assim até parece fácil

Esta é uma maneira muito básica e simplista de como funciona a bolsa de valores. Na prática, escolher ações a fim de se posicionar na compra ou se posicionar na venda é mais difícil. É preciso conhecimento, ao menos o básico para, no caso de prejuízo, evitar que ele seja incapacitante.

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3. HORÁRIOS DA BOLSA DE VALORES

Como funciona a bolsa de valores quanto aos seus horários?

• 9h30: quando tudo começa. Até as 9h45 é possível cancelar qualquer ordem de compra ou venda que tenha sido dada no dia anterior.
• 9h45: pré-abertura de todos os mercados, menos o do Mercado a Termo* (uma breve explicação do que é a pré-abertura daqui a pouco)
• 10h: fim da pré-abertura e início do pregão propriamente dito, inclusive do Mercado a Termo.
• 17h55: fechamento do pregão, menos do Mercado a Termo*, que vai até as 18h20. Início do call de fechamento (explicação a seguir)
• 18h: fim das operações de quase todos os papeis
• 18h15: fim das operações com opções, ETFs e opções sobre índices

Obs: Atenção, durante o horário de verão essa agenda pode se adequar para se ajustar às bolsas do exterior.

Portanto, esteja sempre de olho na página de horários da B3. Por exemplo, agora, estou fazendo esta lista durante o horário de verão:

*Mercado a termo: é a compra ou a venda, em mercado, de determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data de sua realização em pregão, resultando em um contrato entre as partes (fonte). Quer dizer, suba ou desça o preço, na data combinada o preço a ser pago e recebido será aquele combinado entre as partes.

4. LEILÕES DA BOLSA DE VALORES: COMO FUNCIONA

Entenda como funcionam os leilões de abertura e fechamento:

Pré-abertura: período em que o sistema da bolsa de valores registra ordens de compra e venda, mas não os efetiva de fato. Uma analogia interessante é pensarmos na Fórmula 1, antes da corrida começar os carros fazem uma volta de aquecimento que serve entre outras coisas para conferir as condições da pista e do veículo.

Neste momento, não há ultrapassagem e ao final os pilotos se posicionam novamente no grid de largada para então de fato iniciar a corrida.

Dura quinze minutos antes do pregão propriamente dito. Se você quiser participar do leilão de pré-abertura, cuidado! Não há maneira de cancelar ofertas de compra ou venda feitas nesse período.

Também é possível emitir uma ordem para o leilão da pré-abertura através do home broker ou plataforma gráfica. Ela fica registrada no sistema da corretora de valores e, às 9h45, é enviada para a bolsa e participa do leilão, ajudando a dar o tom da abertura das 10h.

Call de fechamento ou leilão de fechamento: embora haja exceções, só participam do leilão de fechamento empresas que façam parte de algum índice, não necessariamente o Índice bovespa (vamos falar de índices mais à frente).

O call de fechamento acontece nos cinco minutos finais do pregão e define o preço de fechamento desses ativos. Cinco minutos parecem poucos, mas do modo como a bolsa de valores funciona, esses 300 segundos chegam a registrar de 5% a 10% do total de negócios diários da bovespa (BM&FBovespa, B3)

5. ÍNDICES DA BOVESPA

Você deve ter ouvido falar, já do Ibovespa, Índice Bovespa.

No Jornal Nacional, o apresentador diz: o Índice bovespa subiu 1,1% e chegou a 77 mil pontos. Ou: caiu 0,3% e parou no patamar de 75 mil pontos.

O que isso significa?

A bolsa de valores do brasil tem diversos índices. Os índices reúnem em um lugar só diversas ações que são escolhidas por diferentes critérios e que deles participam com diferentes pesos e proporções.

Os índices têm a intenção de dar a média de como está o mercado. Eles são “termômetros” de como a bolsa ou um setor específico está se comportando, em outras palavras, mostra qual a sua tendência, de maneira que os investidores e as empresas tenham um norte.

COMO FUNCIONA O ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA)

De maneira bem grosseira, podemos dizer que o Índice bovespa reúne as ações que representam 80% de todos os negócios feitos na bolsa de valores em um determinado período.

Digamos que você negocie carros: este mês você vendeu duas Romi-isettas, três Opalas e cinco Mavericks. O seu Índice bovespa seria formado pelas vendas dos Opalas e dos Mavericks. As Romi-isettas não têm grande influência sobre a flutuação de preços do meu mercado de carros.

O Índice Bovespa, de acordo com sua metodologia, tem um número flutuante de empresas participantes. Ele é revisto a cada quatro meses. Sempre há ações que entram nele e ações que saem, como no Campeonato Brasileiro, quando alguns times vão para Série A e outros para a Série B.

Uma estimativa justa seria dizer que o Índice bovespa costuma ser composto por algo entre 55 e 65 ações, das cerca de 400 que são negociadas na bolsa de valores.

O que significam os pontos do Índice Bovespa?

Essas cerca de 60 ações formam uma carteira teórica. O que é isso?

É como se alguém tivesse adquirido lotes daquelas ações em diferentes proporções. Se essas proporções fossem somadas e convertidas em reais, equivaleriam aos pontos do índice Bovespa.

Quer dizer: se eu comprar exatamente as ações que fazem parte do Índice Bovespa, nas mesmas proporções, a soma de minhas ações dará algo em torno de R$ 75 mil, caso eu as queira vender neste momento, porque pelo menos neste momento em que escrevo o Índice bovespa está nas cercanias dos 75 mil pontos.

Você pode fazer isso, sabia? E nem precisa ter R$ 75 mil. Por muito menos, você compra uma ETF, que é um ativo negociado na bolsa de valores que reproduz o comportamento do índice.

Componentes

Quando o Índice bovespa sobe, não quer dizer que todas as ações que fazem parte dele sobem. Algumas sobem muito, mas outras, ao mesmo tempo, podem ter caído bastante. Trata-se de uma média. Por exemplo, a OGX, aquela do Eike Batista, chegou a fazer parte do Ibovespa, mas estava sendo muito negociada porque estava caindo demais!

Quase todos os setores produtivos do mercado estão representados no Índice Bovespa: alimentos, máquinas, bebidas, comércio, construção civil, financeiros, madeira, mineração, petroquímicos, telecomunicação, utilidade pública entre outros. Atualmente, o setor com mais peso são os bancos, com 28% de participação. Itaú Unibanco (ITUB4) é a ação com maior peso, com 10%, seguida por Bradesco, Vale e Petrobras.

Mas existem outros índices da bolsa de valores de SP que valem ser destacados: IBrX50, IBrX, SMLL, entre outros.

IBRX50

Devido a algumas distorções do Ibovespa – por ele se basear em liquidez e não em valor das ações -, alguns especialistas sugerem que se use outros índices para ficar atento à real temperatura do mercado. Por exemplo, como foi o caso da OGX, a ação pode estar com muitas negociações ao mesmo tempo em que despenca e, mesmo considerando-se a soma de todos os papeis, não é mais representativa do mercado.

Um deles é o IBrX50, o Índice Brasil 50. Segundo a Bovespa: “O objetivo do IBrX 50 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos 50 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.”

Ou seja: a primeira diferença é que ele sempre terá 50 ações em sua composição. A segunda é que é levado em consideração o valor da soma das ações em negociação (as que estiverem em posse do controlador da empresa não contam).

O IBrX50 foi criado posteriormente ao IBrX, Índice Brasil, que tem características similares, mas com 100 ações. Porém, no Brasil, observou-se a dificuldade de se fazer um índice com 100 ações e até mesmo a real relevância de todas elas.

IBRX

O IBrX (Índice Brasil), criado e divulgado em 1997, é anterior ao IBrX50, este de 2003. As características e a metodologia são bem similares, embora o primeiro seja composto de 100 ações.

Assim como seu parente mais novo, além da liquidez é levada em conta o valor de mercado das empresas para definir o peso de cada uma na formação do Índice Brasil.

É indiscutível que Ibovespa, IBrX e IBrX50 tenham composições diferentes, mas diversos estudos mostram que eles andam relativamente colados.

O que difere é a maior seletividade de entrada no índice, evitando que empresas com baixo valor de mercado sejam relevadas no caso do IBrX e IBrX50.

SMLL

O Índice Small Cap ou SMLL, segundo o site da bovespa tem “o objetivo de ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de uma carteira composta pelas empresas de menor capitalização.”

Mas o que são essas empresas de menor capitalização? Numa linguagem grosseira são empresas “pequenas” para os padrões gigantescos da bolsa de valores. Ou seja, são grandes empresas, claro, mas o valor de mercado delas não se compara com as empresas de primeira linha.

Geralmente são ações de baixo valor, menor de R$ 5, por exemplo e com pouca negociação diária.

OUTROS ÍNDICES

Da maneira como funciona a bolsa de valores, a bovespa organizou diversos índices para acompanhar diferentes setores. Esses índices são classificados da seguinte forma:

• Índices amplos: Ibovespa, IBrX50.
• Índices de governança: entre eles o Índice de ações com Tag Along Diferenciado (ITAG), indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários.
• Índices de segmento: como o Índice Dividendos (IDIV), indicador do desempenho médio das cotações dos ativos que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio.
• Índices de sustentabilidade: como o ICO2, composto pelas ações das companhias participantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa.
• Índices setoriais: como o Índice Imobiliário (IMOB), indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade dos setores da atividade imobiliária compreendidos por exploração de imóveis e construção civil.

Existem outros índices da bolsa de valores e cada um deles tem sua função específica.

6. INVESTIR EM ÍNDICES: UMA FORMA DE DIVERSIFICAR

Todo o mundo que começa em investimentos ouve aquela famosa frase: não devemos colocar nossos ovos em uma cesta só.

Quer dizer: não dá para deixar seu dinheiro em um investimento só.

Mesmo que você prefira ficar só na renda fixa, não deve escolher um único produto, pois, se esse produto deixar de ser vantajoso por um motivo pode ser que o outro em que você investiu seja vantajoso a partir de agora.

Do mesmo modo, não é uma boa ideia ficar só na renda fixa. É bom arranjar alternativas para entrar na renda variável, na bolsa de valores de forma inteligente.

Mas, mesmo dentro da bolsa de valores, é importante diversificar, comprando ações de diversos setores ou reproduzindo índices. Assim, se uma empresa estiver indo mal, certamente outra estará indo bem.

Por exemplo, você poderia comprar todas as ações do Índice Bovespa, na mesma proporção. Mas isso seria muito difícil e daria muito trabalho, além disso, no caso do Ibovespa você teria que ter, no mínimo uns R$ 80 mil pra começar.
A solução?

As ETF (Exchange Traded Funds ou Fundos de Índice, em bom português). As ETF são ativos que reproduzem os índices.

Ou seja: vão variar exatamente o que o índice que representam varia, pois contém o mesmo mix de ações desses índices. A diferença é que você as negocia como se fossem ações.

Por exemplo, o do Ibovespa é o BOVA11, hoje cotado a R$ 71. Se você comprar 100 deles, pagará pouco mais que R$ 7100. Bem menos que os mais de R$ 70 mil que investiria para, sozinho, tentar reproduzir a carteira teórica do índice.

7. PRINCIPAIS ÍNDICES DAS BOLSAS DE VALORES DO MUNDO

Todas as outras bolsas de valores têm seus índices.

Provavelmente você já ouviu falar deles, sobretudo nos telejornais, nas sessões de economia:

• Estados Unidos: Dow Jones (da New York Stock Exchange), Nasdaq 100, S&P500 e Russel 2000.
• Brasil: Ibovespa
• Argentina: Merval
• Colômbia: IGBC
• Chile: IPSA
• México: IPC
• Venezuela: IBC
• Reino Unido: FTSE 100
• França: CAC 40
• Zona do Euro: Eurostoxx50
• Holanda: AEX
• Bélgica: Bel20
• Alemanha: DAX30
• Espanha: Ibex35
• Portugal: PSI20
• Japão: Nikkei225
• Coreia do Sul: Kospi
• Índia: BSI Sensex
• China: SSE 180
• Hong Kong: Hang Seng

Há muitos mais índices, mas esses são os mais importantes, com destaque para os dos EUA, Alemanha, Inglaterra e Japão.

8. COMO INVESTIR NA BOLSA DE VALORES

Investir na bolsa de valores é muito fácil. Investir corretamente é que são outros quinhentos.

Tudo o que você precisa, pra começar é ter conta em um banco. Mas você não vai investir através de um banco: seria muito caro e complicado.

Os passos são os seguintes:

1. Abrir uma conta em uma corretora de valores: você faz isso facilmente online apenas preenchendo um cadastro. Em uma hora no máximo sua conta está aberta.
2. Fazer a transferência dos valores que pretende investir: a conta de origem tem de estar sob o seu CPF. Se não estiver sob a mesma titularidade não funciona.
3. Começar a comprar e vender ações.

É muito simples!

Mas você precisa saber o que está fazendo ou estará correndo um risco desnecessário. Se você for bem orientado, o risco está sob seu controle.

E se você acha que precisa aprender mais para investir na bolsa de valores, sugiro que dê uma olhada em nosso curso Raio-X Preditivo:

• Conheça gratuitamente o método absurdamente inovador para arrasar na bolsa

9. PRINCIPAIS ATIVOS NEGOCIADOS NA BOLSA DE VALORES

Sempre que se fala em bolsa de valores, pensamos em ações. Mas existem muitos outros ativos e derivativos ali negociados.

Vejamos alguns deles:

1. Contratos e minicontratos: existem diversos contratos futuros negociados na bolsa de valores online. Os mais populares são contratos e minicontratos de dólar e de índice (Ibovespa).
2. Opções: são derivativos, porque “derivam” das ações. A opção é um papel que lhe dá o direito de comprar ou vender uma ação a um determinado preço em uma data específica.
3. Debêntures: são títulos de dívida emitidos por empresas a fim de arrecadar dinheiro para seus investimentos.
4. ETF (Exchange Traded Fund) ou Fundos de Investimento de Índice: como foi explicado acima, trata-se de um papel que replica um índice e pode ser negociado como se fosse uma ação.

10. COMO INVESTIR EM AÇÕES

Veja esse vídeo que preparei para você, mostrando como investir em ações de maneira simples e fácil:

 

Para comprar ou vender ações você precisa ter critérios. Existem dois tipos de estudos principais que definem esses critérios:

Análise Fundamentalista: se baseia nos fundamentos da empresa (lucratividade, patrimônio, valor intrínseco das ações, etc) e, baseado nisso, avalia que uma ação está “barata” ou “cara” e se vale a pena “encarteirá-la” para ficar com ela durante muito tempo. Geralmente é uma estratégia usada por aqueles investidores que gostam mais do longo prazo.

Análise técnica: analisa a movimentação dos preços, do volume e dos negócios como um todo, prevendo com maior ou menor precisão os movimentos de alta e de baixa. Há muita coisa interessante nessa área, a preferida dos traders de prazos mais curtos. Porém há muita besteira sendo ensinada em cursos também.

Geralmente, a Análise Técnica se foca na observação do passado para tentar distinguir o futuro mais provável do preço de um ativo. No entanto, não poucas vezes os praticantes da Análise Técnica se debruçam sobre os efeitos do preço.

O Raio-X Preditivo é uma metodologia que estuda as causas dos movimentos dos preços dos ativos. Sabendo as causas, fica mais fácil de saber as consequências mais prováveis, aumentando a margem de acerto.

11. QUANTO DÁ PARA GANHAR COM BOLSA DE VALORES? COMO FUNCIONAM OS GANHOS?

Bolsa de valores é renda variável. Se soubéssemos quanto ganharíamos, seria renda fixa.

Mas não há nada de espantoso nisso.

Pense no tempo e dinheiro que você investiu em sua carreira: você tinha certeza do quanto iria ter de retorno financeiro e de realização ao fazer isso? Provavelmente não. Então é renda variável.

E imóveis? O sujeito compra um imóvel para alugar pensando que é renda fixa, mas o preço dos aluguéis depende de diversos fatores. Talvez ele nem consiga alugar ou revender. Talvez a área da cidade em que ele comprou o apartamentos desvalorize. Não dá para saber: então, imóveis também é renda variável.

Portanto, não dá para saber quanto você vai ganhar na bolsa de valores. É renda variável: depende de seu conhecimento, da sua competência em executar estratégias, de fatores do mercado, das empresas e até de desastres naturais.

12. COMO FUNCIONAM OS RISCOS DA BOLSA DE VALORES?

Depois de ter lido o parágrafo anterior, você pode estar pensando que é muito arriscado investir na bolsa de valores.

Porém, se você souber o que está fazendo, o risco é mínimo: a verdade é que você define o risco.

Vamos a um exemplo:

Digamos que você tenha R$ 100 mil reais em renda fixa. E decide investir 10% disso na bolsa de valores.

O maior valor que você pode perder na bolsa é R$ 10 mil.

Além disso, desses R$ 10 mil, você define que só perderá no máximo 1% por operação. Assim, em cada operação, você só arrisca perder R$ 100.

Considerando seu patrimônio total (R$ 100.000), seu risco por operação é de apenas 0,1%.

Este é só um exemplo. Diferentes investidores farão uma gestão de risco de acordo com sua agressividade ou conservadorismo e de acordo com o tamanho de seu patrimônio.

13. CONCLUSÃO DE COMO FUNCIONA A BOLSA DE VALORES

Como você pôde ver a bolsa de valores não é algo tão simples, mas também não é um bicho de sete cabeças.

Embora essa explicação seja um tanto simples, para chegar sobretudo até aqueles que buscam uma explicação rápida de como a bolsa de valores funciona, acredito que já se trata de um artigo que vai deixar você mais familiarizado com o tema e talvez queira começar agora mesmo.

A bolsa de valores, sem dúvida, é um investimento para aqueles que não desejam ver seu dinheiro crescendo passivamente e preferem tomar as rédeas de seu futuro financeiro.

Se, por um lado, pode não ser uma grande ideia colocar todo o seu capital na renda variável, ficar com ele integralmente na renda fixa pode ser também um tanto paralisante e limitador.

Há perfis de risco para todos os gostos e possibilidades e, ainda que você seja um investidor conservador, vale a pena colocar uma parte, mesmo que pequena, de suas economias para correr nesse grande mercado onde vendedores e compradores se encontram.

 

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