O buy and hold é investir em ações no longuíssimo prazo, acumulando ativos e recebendo dividendos: mas será que é tão simples assim? Saiba a verdade nua e crua

Buy and hold é uma modalidade de investimentos que, grosso modo, prevê o acumulo por tempo indefinido de ações a fim de um aumento patrimonial a longo prazo.

Uma das intenções, além da valorização progressiva desses ativos, é a obtenção de uma reserva previdenciária, abastecida por empresas boas pagadoras de dividendos.

Claro, buy and hold não é algo tão simples assim.

A escolha das ações, o momento certo de comprar mais e até mesmo as oportunidades em que o investidor dessa modalidade precisa passar pela decisão de vender suas ações (supondo que fez uma avaliação “errada”), tem processos decisórios complexos e que dificilmente conseguiríamos cobrir em um único artigo.

Assim, neste artigo, vamos detalhar, dentro do possível o que é o buy and hold.

1. O que é buy and hold?
2. O buy and hold é para quem?
3. Qual o mínimo para investir em buy and hold?
4. Diferenças do day trade e swing trade para o buy and hold?
5. Bobagens que dizem sobre buy and hold
6. Vantagens x desvantagens do buy and hold
7. Custos e taxas do buy and hold
8. Quais são os riscos do buy and hold
9. Vale a pena operar buy and hold?
10. Conclusão

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1. O QUE É BUY AND HOLD?

Buy and hold, do inglês, quer dizer, de fato, “comprar e segurar”.

O investidor escolhe ações de empresas “de qualidade”, cujo preço dos ativos estejam abaixo do preço que “deveriam” valer de acordo com o valor intrínseco deles, que melhor corresponderiam ao que a empresa realmente vale.

Enquanto praticantes de day trade, swing trade e position trade buscam ganhar dinheiro surfando a volatilidade do mercado, o sobe e desce dos preços, comprando agora, para vender mais caro pouco tempo depois, os praticantes de buy and hold podem ficar com as ações por anos ou década ou pela vida inteira repassando-as a seus herdeiros.

Enquanto os traders querem ganhos mais imediatos sem se importar com o quanto a empresa realmente vale, no buy and hold temos pessoas querendo ser, literalmente, sócias de uma companhia, participar de seus lucros através do recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio.

Para o investidor de buy and hold é assim:

• O preço da ação subiu? Ótimo.
• O preço da ação caiu? Que bom, vou comprar mais.

Um dos argumentos dos praticantes do buy and hold é que se paga menos taxas: menos operações, menos corretagem e outras taxas e impostos. Mas isso é bastante superficial. Quem advoga essa prática vê outras qualidades mais profundas nesse modo de investir.

2. O BUY AND HOLD É PARA QUEM?

No buy and hold não nos preocupamos com as oscilações diárias ou mesmo mensais dos preços das ações eleitas para compor uma carteira.

Assim, raramente o praticante dessa modalidade olhará os gráficos ou ficará fanaticamente acompanhando as cotações diárias.

Portanto, logicamente, o buy and hold não liga muito, mais correto seria dizer, não liga nada para a Análise Técnica, que fixa seu olhar sobre o comportamento do preço e do volume no gráfico preço versus tempo.

Mas cuidado: não é “comprar e esquecer”. É preciso acompanhar atentamente os fatos relevantes das empresas escolhidas, o seu setor de atuação e a economia do país e do mundo.

Então, obviamente, aquele que escolhe investir assim precisa ser uma pessoa:

• Bem informada: quanto às empresas, seus setores, economia setorial, nacional, mundial.
• Analítica: para saber o que fazer com essas informações todas.
• Paciente: para saber que há momentos em que verá seu patrimônio diminuir; se ele acredita na qualidade da empresa, nessas horas, não só vai manter sua posição como vai possivelmente comprar mais ações se tiver uma reserva para isso.
• Disciplina: para manter suas posições e fazer aportes periódicos, possivelmente mensais ao longo de meses, anos, décadas.

Note que é fácil de imaginar que temos essas características em momentos de otimismo e euforia do mercado, mas imagine um iniciante enfrentando um momento de crise em que vê R$ 200 mil em ações virarem R$ 100 mil. Consigo imaginar essa pessoa, às três da manhã, rolando na cama, pensando em o que faria com os outros R$ 100 mil que “perdeu” até o momento e sobre a possibilidade de perder ainda mais. Será que ele aguenta ficar sem realizar o prejuízo e esperar as ações voltarem ao que eram antes? E mais: será que vão voltar?

3. QUAL O MÍNIMO PARA INVESTIR EM BUY AND HOLD?

Como em qualquer caso, em se tratando de ações, no buy and hold não há um limite mínimo. Quer comprar apenas uma ação que custe, digamos, R$ 15? Você pode fazer isso no mercado fracionário. Acontece que, considerando as taxas de corretagem e demais taxas e impostos, fazer uma coisa dessas não vai fazer muito sentido.

O ideal é comprar um número de ações que represente um total financeiro em que as taxas não representem, proporcionalmente, um grande impacto. Não há uma conta certa e vai depender do bolso de cada investidor, mas vamos dizer que pelo menos R$ 500 ou R$ 1000 a cada aporte começa a fazer mais sentido.

Por exemplo, uma famosa corretora cobra R$ 18 fixos de taxa de corretagem. Faz sentido comprar uma única ação de R$ 15 e pagar um valor que é ainda maior que isso para fazer buy and hold? Se investirmos R$ 1500 (um lote padrão de cem ações), o valor da corretagem será pouco mais de 1% (e, acredite, isso já é bastante).

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4. DIFERENÇAS DO DAY TRADE E SWING TRADE PARA O BUY AND HOLD?

Tanto day trade (operações que começam e terminam no mesmo dia), swing trade (operações de poucos dias) e position trade (operações de poucas semanas) têm diferença entre si. Porém, para efeito de comparação com o buy and hold, vamos considera-los numa categoria única a de curto prazo.

Diferenças com o buy and hold quanto ao prazo

Enquanto as operações de trade buscam a volatilidade, o buy and hold ignora a volatilidade, considerando-a apenas “ruído”. As ações de boas empresas irão valorizar no longo prazo não importa o que aconteça no meio desse caminho.

Inclusive, volatilidade que faça o preço da ação cair é oportunidade para a compra de mais ações.

Diferenças com o buy and hold quanto ao objetivo

As operações de trade visam variações que vão de menos de 1% nos preços das ações a pouco mais de 10% em alguns casos. O buy and hold não está preocupado com isso. Depois de criteriosa análise, o investidor compra as ações visando ficar com elas e receber uma remuneração via dividendos.

Diferença quanto à compra e a venda

No trade, o investidor pode trabalhar tanto na compra, quando espera que os preços subam, quanto na venda, quando espera que os preços caiam. No buy and hold, a postura do investidor é comprar sempre, tanto quando ele tem recursos disponíveis para isso, quanto para aproveita um possível “desconto” no preço das ações. Grandes quedas de preço são vistas como oportunidades.

Diferenças quanto à análise

O trader fará a chamada Análise Técnica ou Análise Gráfica, olhando o deslocamento do preço das ações no tempo, através do gráfico, e tirando suas conclusões a partir daí. O praticante do buy and hold será partidário da Análise

Fundamentalista em que olhará os fundamentos da empresa: lucro, patrimônio, endividamento, mercado, micro e macroeconomia e até as pessoas que estão no comando da companhia.

Diferenças quanto à momentos de crise econômica

O trader verá como uma oportunidade de fazer vendas descobertas, ganhando com o derretimento do mercado, recomprando cada vez mais barato. No buy and hold, desde que os fundamentos da empresa (basicamente, sua qualidade) se mantenham, verá isso como uma oportunidade de aumentar sua posição a preços mais baratos, como se companhia estivesse em “promoção”.

5. BOBAGENS QUE DIZEM SOBRE BUY AND HOLD

Diante disso, há muitas bobagens que se diz a respeito do buy and hold.

• “É comprar e esquecer”: às vezes o praticante de buy and hold tem que dar o braço a torcer e assumir que avaliou mal uma empresa. Esse posicionamento por vezes é difícil, pois quando se assume o longo prazo como uma postura, facilmente podemos vir a teimar em nossas decisões erradas…
• “No longo prazo, as ações sempre valorizam”: talvez isso seja verdade para os índices, porque os índices sempre incluirão os papeis de melhor desempenho e com melhor liquidez da bolsa. Mas os índices também estão cheios de ações, em sua história, que em algum momento estiveram bem e que foram catapultadas de sua composição, pois passaram a desempenhar mal
• “Basta olhar os fundamentos das empresas”: fundamentos são só números. Nem sempre eles transmitem fatores importantes da real saúde de uma companhia. É preciso saber interpretar não só esses dados, mas como eles se correlacionam com o setor em que a companhia atua, com a economia do país e do mundo.
• “Os bilionários da bolsa são do buy and hold”: o melhor exemplo que você pode lembrar é o Luis Barsi, o maior investidor pessoa física da bolsa de valores. Porém, nem todos os que começam na bolsa de valores com a intenção de fazer buy and hold se dão bem. A exemplo dos traders (90% deles ficam no prejuízo), o número de praticantes dessa estratégia que enfrentam dificuldades também não é pequeno.
• “Vou colocar TODO meu dinheiro em ações de boas empresas”: por melhor que sejam suas análises fundamentalistas, cuidado com essa postura. Primeiro que, dificilmente, um iniciante terá uma visão da bolsa de valores e das companhias que garanta que aquelas são “boas” empresas no sentido de que valorizarão ao longo das décadas e de que, nesse meio tempo, passarão a pagar bons dividendos, garantindo uma aposentadoria tranquila. Os exemplos de empresas que ao longo de uma década desvalorizaram e ainda não recuperaram seu valor são muitos. Mesmo sendo boas, grandes e fortes. Olhe o gráfico das ações da Petrobras desde 2008, para ter uma ideia.

6. VANTAGENS X DESVANTAGENS DO BUY AND HOLD

O buy and hold, como qualquer modalidade de investimento, tem vantagens e desvantagens:

Vantagens do buy and hold

• Investir diretamente em ações sem intermédio de um fundo e, portanto, sem a necessidade de pagar uma taxa de administração.
• Possibilidade de escolher boas empresas e acumular patrimônio ao mesmo tempo em que é remunerado com dividendos.
• Necessidade de poucas movimentações ao longo do tempo, a não ser novos aportes.
• Focado em acumulação de patrimônio.
• Menos necessidade de acompanhamento diário das oscilações da bolsa de valores.
• Grandes quedas de preço podem constituir oportunidades para mais aportes.
• Como há menos operações, o investidor paga menos taxas.
• Entendidos os fundamentos das empresas, é fácil de implementar: é comprar, comprar e comprar.
• Se bem aplicado, pode render “juros compostos”: com os dividendos, você compra mais ações. Com mais ações, recebe mais dividendos. Que usa para comprar mais ações e assim por diante.
• Se você superar a ideia de acompanhar as oscilações diárias, semanais e mensais, mesmo as gigantescas, ficará com menos stress.

Desvantagens do buy and hold

• Exige conhecimento técnico do investidor quanto à análise dos fundamentos das empresas.
• Exige paciência, no caso de vermos o preço das ações despencarem. O buy and hold acredita que, no longo prazo, se a empresa mantém os fundamentos, o preço será recuperado e, não só isso, superado.
• Pede disciplina: os aportes têm que ser constantes, como se fosse uma poupança mensal, visando a acumulação.
• Convém ter uma reserva de liquidez – dinheiro na conta da corretora ou em uma aplicação que permita saque imediato – a fim de aproveitar eventuais “promoções” nas quedas dos preços das ações.
• No caso de queda dos preços, o investidor precisa ter sangue frio para acreditar em sua análise e nos fundamentos das empresas em que acredita para não só evitar vender ativos por pânico, mas também para comprar ainda mais ações.
• Como é bom diversificar, ter uma carteira com algo entre cinco ou dez ações de empresas diferentes, esse comprometimento pode envolver um bom dinheiro logo de cara…

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7. CUSTOS E TAXAS DO BUY AND HOLD

Buy and Hold é comprar ações.

Logo, se aplicam a ele todas as taxas comuns a negociação de ações.

A diferença é que, como há menos negociações mensais, o volume financeiro de taxas e impostos será menor, só incidindo no momento em que houver vendas.

• Taxa de corretagem: é a taxa para a execução de ordens de compra e de venda. Cada corretora cobra um valor diferente. Uma das corretoras mais conhecidas atualmente cobra uma taxa de R$ 18 por ordem para ações. Então, é de se imaginar que quanto maior é o valor da minha ordem menor o impacto que essa taxa terá em meu investimento.
• Taxas da bolsa de valores: as taxas da bolsa de valores incidem sobre o valor financeiro da ordem de compra ou de venda. Para pessoas físicas, essa taxa chega a pouco mais de 0,03% do valor financeiro envolvido. Se eu comprar R$ 10 mil em ações, eu pago pouco mais de R$ 3 para a bolsa.
• ISS: o imposto sobre serviços incide em 5% sobre o valor da taxa de corretagem e é pago para a prefeitura de São Paulo, onde a bolsa brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) funciona.
• Imposto de renda: o imposto de renda incide em 15% sobre os lucros em determinado mês em que se vendeu ações e em que se obteve lucro, obviamente (se não há lucro, não há imposto). Mas vamos considerar duas situações. Meses com vendas abaixo de R$ 20 mil têm isenção, mesmo que tenha acontecido lucro. E, além disso, os praticantes de buy and hold, em princípio, raramente vão vender suas ações e, portanto, não pagarão imposto sobre o patrimônio que estão acumulando. Leia o nosso artigo sobre Imposto de Renda na Bolsa de Valores para saber mais.

8. QUAIS SÃO OS RISCOS DO BUY AND HOLD

Estamos falando de bolsa de valores e, portanto, de renda variável. Renda variável varia. De outro modo se chamaria de renda fixa.

O maior risco da renda variável, de fato, é o de mercado: o de comprarmos ações e o preço delas cair.

Claro, isso para um praticante de buy and hold não significa absolutamente nada. Inclusive ele verá essa ocasião como uma oportunidade de comprar ainda mais ativos.

Mas digamos que ele era um iniciante na bolsa de valores e, enquanto o mercado estava otimista, ele era um praticante de buy and hold mais convicto. Com as ações caindo, ele pode lembrar que precisava daquele dinheiro para pagar a casa dali a cinco anos ou o carro ou a escola das crianças… ou mesmo que não precisasse, pode ficar angustiado pensando em todas as coisas que faria com o dinheiro que “perdeu” até agora… perdeu entre aspas porque, para quem faz buy and hold o “perder” só se concretiza com a venda das ações… mas… será que ele aguenta?

Acredite, no longo prazo, o preço das ações cai brutalmente em algum momento. E a verdade é que muitas se recuperam. Basta olhar os gráficos. Na grande imagem, que inclui a evolução dos ativos ao longo das décadas, os momentos de desespero da bolsa de valores não passam de pequenas marolas diante da alta consistente que vemos no longo prazo.

Mas a hora do desespero é a hora do desespero. Muitas vezes, o sujeito entrou com tanta vontade naquela onda que sequer terá recursos para fazer novos aportes com suas ações em promoção. E mesmo se tivesse talvez nem tivesse coragem para fazê-lo. O mais certo é que muitos “buy and holders” de meia tigela pulem fora com grandes prejuízos. E, acredite, quando muitos fazem isso ao mesmo tempo é bem provável que, a partir daí, os preços voltem a subir.

9. VALE A PENA OPERAR BUY AND HOLD?

Todo investimento e todas as modalidades de investimento, quando feitas de maneira consciente, planejada, com ciência dos riscos envolvidos e, portanto, com aportes bem dimensionados, vale a pena. Isso inclui o buy and hold.

Nós acreditamos, no entanto, que o investimento em bolsa por um lado:

• Não deve ser feito com a integralidade do seu patrimônio: apenas uma parte de nosso capital deve ser envolvido na renda variável, de maneira que, quando as grandes oscilações vierem, elas sejam assimiláveis e não saiamos vendendo, realizando prejuízo apenas porque estamos desesperados, com o medo tomando conta de nosso melhor juízo.
• Consideramos operações com perspectiva de saída em prazos menores, tanto no prejuízo quanto no lucro, mais saudáveis. Claro que o buy and hold tem vantagens e talvez você queira fazer isso com algumas ações. Mas considere que isso implica deixar que seu dinheiro enfrente períodos de crise quando, nesse momento, ele poderia estar em aplicações mais seguras ou mesmo em operações de mais curto prazo, na venda, fazendo dinheiro, enquanto os outros investidores estão patinando.

Para esse tipo de operação, vale a pena seguir os critérios que envolvem a atuação dos grandes investidores institucionais. Para saber como esses investidores estão fazendo na bolsa de valores, precisamos analisar o volume, que é o rastro que eles deixam e que também é o combustível dos movimentos de alta e de baixa.

A metodologia que se especializou nesse tipo de análise é o Raio X Preditivo.

10. CONCLUSÃO

O buy and hold é uma modalidade muito válida de investir em ações, sobretudo se você se identifica com o longo prazo, quer se especializar na leitura dos fundamentos da empresa, no contexto econômico e nas oportunidades que ações de boas empresas em promoção podem dar.

Porém o conceito de boas empresas é bem relativo. Sabe que empresas foram consideradas boas em algum momento? Mesbla, Mappin, Banco Excel… talvez você nem tenha ouvido falar de algumas delas. Sabe por quê? Desapareceram. Até empresas como a OGX e Oi já foram consideradas sólidas e promissoras em algum momento.

Daí a necessidade, entre outras coisas, de diversificar ao utilizar desta estratégia de investimento. O ideal é ter uma carteira bem dosada, com empresas de diferentes setores, com diferentes características e com resiliência para diferentes cenários. Se no longo prazo todas devem crescer, no curto prazo, o bom desempenho de uma compensa o mau desempenho da outra, evitando que se veja o patrimônio derreter de uma vez só. E, no final, todas crescem. Pelo menos em tese.

Ressaltamos, no entanto, mais uma vez: dose bem a quantidade de seu patrimônio que estará na bolsa de valores e considere cenários em que é um melhor momento se retirar das operações. Claro que, nesse caso, descaracteriza-se o buy and hold, mas acreditamos que operações de menor prazo da renda variável permitem que se aproveite apenas os melhores momentos da bolsa de valores.

Pra encontrar os momentos com maior probabilidade de sucesso recomendamos a metodologia Raio X Preditivo.