Armadilhas na bolsa: talvez você esteja caindo na arapuca dos grandes players e nem sabe
Você já caiu em alguma armadilha?
Se você já operou na bolsa, provavelmente sim.
Viu aquele rompimento de resistência e comprou. Sim, porque é isso o que a Análise Técnica Clássica ensina. Ativo rompendo resistência é sinal de força! Vai subir mais…
Viu um rompimento de suporte e vendeu. Se estava comprado, se desfez das posições. Se não estava, abriu posições de venda descoberta. Porque, segundo a Análise Técnica Clássica, rompimento de suporte é sinal de fraqueza e o ativo vai despencar na bolsa.
Mas, para sua surpresa, pouco depois do rompimento, no primeiro caso, o ativo volta a cair e, no segundo caso, o ativo volta a subir.
É isso: você caiu na armadilha da bolsa.
A armadilha de fundo e a armadilha de topo são extremamente comuns na bolsa e diariamente passam a perna em milhares de praticantes de Análise Técnica Clássica.
Este artigo deve elucidar para você o conceito de armadilha, por que a armadilha existe e como detectá-la.
- O que é a armadilha na bolsa?
- Para que serve a armadilha?
- Como identificar a armadilha no mercado?
- Tipos de armadilha
- Exemplos gráficos de armadilha de topo e fundo na bolsa
- Como ganhar com a armadilha de topo e fundo?
- Conheça o Raio X Preditivo: uma ferramenta para ganhar na bolsa com a armadilha
- Conclusão sobre armadilha
A armadilha tem uma razão de ser. E entendê-la fará com que sejamos vítimas com menor frequência.
1. O QUE É A ARMADILHAS NA BOLSA?
De maneira simplista, podemos chamar a armadilha de fundo e a armadilha de topo como falsos rompimentos.
Mas esta denominação nos dá a noção de que elas acontecem ao acaso, como se, por trás delas, não houvesse uma causa.
Não estou falando de teorias da conspiração, mas de personagens que, de fato, precisam lançar mão desses estratagemas a fim de obter níveis enormes de liquidez.
Sim, os grandes players não lidam com milhares de reais e alguns poucos minicontratos ou lotes de ações.
Estamos falando de bilhões de dólares e milhões de lotes de ativos.
A armadilha de fundo e de topo são apenas algumas das estratégias por eles usadas a fim de conseguir vender e comprar papeis sem provocar deslocamentos acentuados de preço, de queda no caso de quererem vender posições muito grandes e de alta no caso de quererem comprar.
Então, esses “falsos rompimentos” ficam melhor denominados como armadilha.
2. PARA QUE SERVE A ARMADILHA NA BOLSA?
Imagine um negociador que tem dinheiro para comprar todos os imóveis de determinado bairro e vai fazê-lo porque sabe que haverá um grande investimento do governo na região e isso vai fazer com que os terrenos se valorizem até a estratosfera.
Ele começa a comprar como se não houvesse amanhã. Os primeiros sairão por um bom preço. Mas aos poucos, o mercado vai perceber que há demanda maior por aqueles imóveis. Não é preciso nem saber a razão: basta saber que tem um sujeito comprando tudo.
Os preços vão começar a disparar se esse negociador quiser comprar tudo de vez. Vai ter até atravessadores comprando terrenos antecipadamente para, a seguir, vender ainda mais caro para ele.
Para evitar isso, ele terá de comprar os imóveis aos poucos, na surdina, quem sabe até com ajuda de mais de uma empresa.
Uma tática que vemos também na bolsa e que também veríamos nesse caso é o negociador esperar o grande desespero do mercado. Por alguma razão, os preços podem começar a cair e as pessoas vão começar a vender seus imóveis naturalmente: o negociador diz… tudo bem, eu compro, eu faço esse favor para você, compro a esse preço aí, mesmo com o mercado em queda.
E o negociador, mesmo com o preço dos imóveis em queda, continua a “absorver” essas ofertas. Na bolsa, quando falamos de ações, contratos futuros e minicontratos, essa é a fase da Absorção.
Os jornais vão dizer que a culpa é da política, das eleições, da insegurança, da greve dos caminhoneiros. Não importa o motivo. Para o grande player isso é mera justificativa para a queda. O que importa é que está caindo e ele pode absorver ativos com grande liquidez e a preços cada vez melhores.
Objetivos da armadilha
Durante a absorção veremos intensa atividade dos big players – também chamada de grande atividade institucional.
Podemos identificar essa atividade no indicador Sato’s Bar através da presença de barras alaranjadas e vermelhas.
No indicador Sato’s Fosse Histograma, identificamos histogramas cada vez mais altos na queda (no caso de absorção em uma desvalorização) e mais altos na alta (no caso de absorção em um movimento de valorização).
Mas vamos continuar a pensar no caso de um grande player da bolsa ou um grande negociador de imóveis que está interessado em comprar enquanto os preços caem. Essa queda, nos seus últimos momentos, é marcada pelo Desespero Extremo, como se fosse uma convulsão do mercado, com grande volume máximo de ativos negociados.
É possível que, então, se forme um fundo e, portanto, um suporte. Depois disso, talvez o mercado se lateralize durante um tempo – os preços ficam flutuando em faixa estreita de valor – ou que até subam um pouco. Mas, em certo momento, até mesmo o fundo do “Desespero Extremo”, aquele que teve uma galera jogando a toalha ou entrando vendido gerando um volume enorme de negócios, é rompido.
Segundo a Análise Técnica Clássica, na bolsa, quando um fundo anterior, é rompido, a regra é clara: vai cair mais! Se nem ali o preço conseguiu segurar! Então vai ter um monte de gente vendendo ativos, na esperança de recomprar mais barato mais tarde e ficar com a diferença, que é o lucro.
Só que, surpresa!
O preço não continua a queda. Pelo contrário, pode acontecer de ele voltar a subir. E com força!
3. COMO IDENTIFICAR A ARMADILHA NA BOLSA?
Um dos motivos da armadilha de fundo acontecer é que os compradores fracos – aqueles que botavam fé no suporte, que o preço ia segurar ali, colocaram seus stops logo abaixo do último fundo.
Não à toa, as armadilhas ficaram conhecidas durante muito tempo como “papa stop”. E quando os stops dos compradores fortes são acionados, os grandes players aproveitam a fim de comprar ainda mais na bolsa. Tipo: “Não vai segurar a onda? Deixa que eu seguro!”, dizem eles, tirando os outros corredores da pista com um jogo de corpo.
Isso acontece muito quando, por exemplo, uma empresa vai receber uma importante injeção de capital ou será vendida. Os acionistas majoritários tiram as ações dos minoritários. Com a armadilha, os gorilas balançam a árvore e os macaquinhos caem.
E no topo? Como é a armadilha?
É só inverter o sentido do raciocínio.
Em vez de desespero, temos euforia máxima, todos os amadores estão comprando loucamente. Enquanto isso, os grandes players estão absorvendo a demanda de compra: “Vem que eu tenho! Tem mais de onde saíram estas ações/contratos futuros/opções!”
E vão vendendo, desfazendo-se de posições compradas ou abrindo posições vendidas gigantescas.
Finalmente, há o espasmo da euforia máxima, marcando um topo.
E, finalmente, a armadilha.
Quem vendeu achando que a bolsa ia segurar no último pico e era um “vendedor fraco” vai ter seu stop acionado.
O grande player, então, terá uma nova chance de descarregar ativos na bolsa e, então, quem, no rompimento, comprou achando que teríamos uma nova decolagem vai quebrar a cara porque é bem provável que o ativo despenque.
4. TIPOS DE ARMADILHA NA BOLSA
Como vimos, temos armadilha de topo e armadilha de fundo e elas funcionam de modo bastante similar, só alterando o sentido. Há modos de identificar uma provável armadilha na bolsa.
Armadilha de Topo
- Identificando falsos rompimentos: estamos em um momento de alta avassaladora. Todo o mundo está comprando como se não houvesse amanhã. Não temos como saber, mas é bem provável que um big player esteja distribuindo ativos a essa altura. O volume é identificado por um grande histograma do Sato’s Force Histograma nessa pernada de alta. Marque o topo, sobretudo se ele se encerra com uma barra vermelha do Sato’s Bar. A seguir, observe o rompimento. O volume é baixo? Se o volume for baixo, se o fluxo na compra for pequeno é quase certeza de que é uma armadilha. Lembre-se: o fluxo de negócios é o combustível do mercado. Se não tem combustível, como é que vai continuar subindo?
- Operadores travados no topo: o que vai acontecer a seguir é um drama. Diversos operadores comprarão nesse topo. Porém, o movimento de queda que deve vir a seguir, depois de uma armadilha de topo, será rápido e violento. Muitos deles ficarão presos em posições perdedoras e terão que encerrar suas operações com grandes prejuízos. O encerramento dessas operações, com vendas, acelera a queda do ativo em questão.
- Teste de demanda – como funciona? O big player, em algum momento desse processo em que veio vendendo com intensidade decide fazer um teste pra ver se o mercado está maduro para começar a cair. E, assim, tira o seu time de campo. Para de vender na absorção. Se ainda houver players interessados em comprar e um player forte o suficiente para continuar a atender essa demanda, o mercado continuará sua alta. Se esse cenário não se comprovar, ele passa a vender, desta vez agredindo. O aumento de vendas agressivas, por sua vez, aumenta a oferta de ativos e isso provoca a queda e um efeito em cadeia que causa uma queda violenta do papel negociado.
Armadilha de Fundo
- Identificando falsos rompimentos: estão todos pessimistas, falando em crise e vendendo todos os ativos. Enquanto isso o big player está lá: “Vem em mim que eu compro, compro tudo! Não se preocupem que eu estou aqui para livrar vocês desses papeis que não valem nada!” E, nesse cenário, chega o momento em que mesmo o mais aguerrido player joga a toalha, não aguenta mais! É o desespero extremo. Veremos uma pernada de alta, com grande volume marcado no Sato’s Force Histograma e, possivelmente, encerrada com uma barra vermelha do Sato’s Bar. Marque esse fundo, esse suporte. Se, a seguir, houver um rompimento mas com baixo volume é bem provável que seja uma armadilha de fundo.
- Operadores travados no fundo: com o rompimento do fundo anterior, muitos players farão operações na venda; outros que acreditaram na força do suporte e compraram terão seus stops acionados. Os que acreditaram na continuidade da queda ficarão paralisados como o animal parado na estrada, prestes a ser atropelado pelos faróis que se aproximam. Porém, em algum momento, terão que se render ao fato de que o ativo subiu como um foguete e terão que se desfazer das posições vendidas. Posições vendidas se encerram com compras. Mais compras aumentam a demanda e maior demanda acelera o movimento de alta.
- Teste de oferta – como funciona? O teste de oferta é similar ao teste de demanda, mas no sentido contrário. O grande player que, até então, tinha absorvido as ofertas, as vendas, precisa saber se ainda há outros participantes querendo vender e por outro lado participantes capazes de absorver isso. Então ele para de comprar: se for para entrar outro grande player, esse é o momento, quando a liquidez seca. Se isso não acontecer, é o momento de o grande player começar a agredir na compra, aumentando a demanda e, por consequência, aumentando o preço do ativo.
5. EXEMPLOS GRÁFICOS DE ARMADILHA DE TOPO E FUNDO
6. COMO GANHAR NA BOLSA COM A ARMADILHA DE TOPO E FUNDO?
Uma vez detectadas armadilhas de fundo ou topo sabemos que existe grande possibilidade de o ativo ir na direção contrária.
Se a armadilha é de fundo, a postura do trader é compra. Se é de topo, de vender.
No entanto, nada é tão simples: é preciso ter uma leitura apurada do fluxo do mercado e para que lado (compra ou venda) ele está mais forte.
7. CONHEÇA O RAIO X PREDITIVO: FERRAMENTAS PARA EVITAR A ARMADILHA
O Raio X Preditivo é a metodologia sistematizada pelo trader Luiz Sato que, através de conceitos e ferramentas, ensina a Nova Análise Técnica no Brasil.
A Nova Análise Técnica se caracteriza não pela observação da volatilidade dos preços, mas através da atenção sobre o fluxo do mercado, que indica para que lado estão atuando os big players, aqueles participantes que provocam as oscilações da bolsa através de sua busca por liquidez.
Assim, enquanto a Análise Técnica Clássica foca nos efeitos, a Nova Análise Técnica foca nas causas desses efeitos, possibilitando maior probabilidade de sucesso na antecipação dos movimentos importantes da bolsa.
Comparativamente, a Análise Técnica Clássica é como dirigir olhando para a estrada que já passou, pelo retrovisor, ignorando o que está à frente, e a Nova Análise Técnica, ensinada pelo Raio X Preditivo, é como dirigir olhando para a frente: vemos a estrada 50 ou 100 metros adiante, mas isso é o suficiente para nos levar a uma cidade a quilômetros de distância.
Veja como o Raio X Preditivo, prevê as armadilhas do mercado:
8. CONCLUSÃO SOBRE ARMADILHA NA BOLSA
A armadilha de fundo e a armadilha de topo não chegam a ser novidades: antes eram conhecidas como “papa-stop” ou falsos rompimentos.
O que muda é o modo de entender esses fenômenos da bolsa. Com as ferramentas fornecidas pelo Raio X Preditivo, é possível entender como e por que eles acontecem, bem como antecipá-los e até mesmo, através de sua leitura, aumentar as chances de lucro do trader.
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