A Análise Gráfica: aprenda aqui o básico e queime etapas indo para o que há de mais avançado nessa área; o que os outros estão aprendendo pode estar VERDADEIRAMENTE ultrapassado
A Análise Gráfica é a metodologia através da qual podemos olhar o gráfico do deslocamento do preço de um ativo da bolsa de valores ao longo do tempo e tentar, assim, estimar movimentos futuros mais prováveis.
Isso permite que um trader entre em operações com maiores probabilidades de lucro e menores probabilidades de perda. Jamais o objetivo da Análise Gráfica será “adivinhar” o que acontecerá de fato com as ações, mas os acontecimentos estatisticamente mais passíveis de se concretizarem.
De fato, segundo a Teoria de Dow, que fundamenta toda a Análise Gráfica, a cotação das ações reflete tudo o que acontece com os ativos, estejam essas informações já disponíveis ao público ou não.
Com a Análise Gráfica, basicamente, sabemos a melhor hora de iniciar uma operação e os momentos de sair dela com um pequeno prejuízo ou com um bom lucro.
- O que é Analise Gráfica e pra que serve?
- Quais são as principais vantagens dessa técnica
- Entendendo a Análise Gráfica
- Padrões clássicos da Análise Gráfica
- Osciladores e indicadores da Análise Gráfica
- Volume financeiro na Análise Gráfica
- Gaps
- Stops
- Conheça os Softwares e Programas de Análise Gráfica
- A importância de escolher um método eficiente de Análise Gráfica
- Conclusão
1. O QUE É ANALISE GRÁFICA E PARA QUE SERVE?
Uma das vantagens da Análise Gráfica é que ela torna o trader independente das notícias, que chegam quase sempre atrasadas em relação às cotações das ações.
Um dos melhores exemplos disso é o grande pico das ações da Petrobras quando do anúncio da descoberta do Pré-Sal em novembro de 2007. As ações subiram, naquele dia, 10% e mais uns 10% no dia seguinte.
O fato é que isso foi apenas um “soluço”. As ações já vinham subindo há meses, mas de um modo muito mais lento e imperceptível aos leigos. Quem comprou em novembro, adquiriu um topo e nunca mais viu suas ações chegarem a tais patamares.
Um seguidor da Análise Gráfica, certamente já teria se livrado dos papeis, realizando os lucros.
Segundo a teoria de Dow, os preços descontam tudo: quer dizer, o valor instantâneo de uma ação já considera tudo o que se sabe e o que se desconhece sobre a companhia correspondente àquele papel.
Veja o vídeo abaixo e entenda a verdadeira forma de interpretar o volume nos gráficos:
Os indicadores de Volume utilizados não servem para nada se você não entender a Teoria de Dow corretamente. Nesse vídeo você viu como isso faz toda a diferença na Bolsa de Valores. O indicadores de volume são defasados na grande maioria.
Se você aprender o que estamos ensinando nesse vídeo, verá que está cometendo um erro que 99% dos traders cometem por uma falha na interpretação do que Charles Dow falou.
2. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VANTAGENS DESSA TÉCNICA
A Análise Gráfica tem diversas vantagens, dentre as quais, destaco:
- Independência: não é necessário saber por que motivos externos à bolsa uma ação está subindo, a resposta está no próprio gráfico..
- Flexibilidade de periodicidade: podemos usar a Análise Gráfica a fim de operar por minutos ou por períodos mais longos. A Análise Fundamentalista não serve bem com o objetivo de fazer operações de day trade, por exemplo.
- Flexibilidade de ativo: ela funciona muito bem em qualquer ativo, desde que haja uma certa liquidez, isto é, negócios suficientes que gerem um gráfico com muitas informações.
Por que os traders usam a análise gráfica?
Os traders são conhecidos por não entenderem a bolsa de valores como um ambiente de investimento, mas de especulação.
Por isso, eles precisam se valer de metodologias que lhes apontem o momento certo de abrir posições durante períodos mais curtos, que vão de apenas alguns segundos a no máximo algumas semanas.
Nesse sentido, a Análise Gráfica em suas inúmeras vertentes é a ferramenta ideal.
3. ENTENDENDO A ANÁLISE GRÁFICA
A Análise Gráfica, se vista superficialmente, pode parecer até mesmo um tipo de adivinhação.
Não é.
Ela é uma forma visual de detectar padrões estatísticos do comportamento das ações.
Observa-se que as ações, tendem a se comportar de determinadas maneiras e de repetir esse comportamento.
Acontece que, no gráfico da evolução das cotações, esses comportamentos “desenham” padrões e esses padrões tendem a ter sequências mais ou menos previsíveis.
Também podemos considerar a Análise Gráfica como uma “pesquisa de opinião” quanto ao valor de um ativo em que os participantes opinam com dinheiro e fazendo negócios.
4. PADRÕES CLÁSSICOS
A Análise Gráfica usa, a fim de “prever” o comportamento do preço alguns padrões gráficos. Veremos alguns desses a seguir.
Candlestick
O preço de abertura de determinado período, o preço mais alto desse período, o mais baixo e o de fechamento nos dá um desenho chamado candle.
Digamos que às 9h38m00s, o preço de uma ação abriu a R$ 10. Depois caiu a R$ 9,78. Finalmente, subiu a R$ 10,11 e, por fim, fechou, às 9h38m59, em R$ 10,09. Todo esse movimento nos dará um candle, um desenho muito parecido com uma vela com um pavio embaixo e outro em cima. Às 9h39, teremos o desenho de outro candle e assim por diante.
Podemos ter candles que representam horas, dias, semanas, meses. Qualquer período que queiramos representar.
A união de dois ou mais candles, num determinado contexto, de alta, baixa, continuidade ou reversão, nos dá os candlesticks. Candlesticks são padrões formados com candles que nos dão a estimativa do que as ações podem vir a fazer a seguir.
O estudo dos candles é bem detalhado e, por isso, veremos isso em outros artigos.
Topos e fundos
Os topos e fundos nos gráficos dos ativos são formados justamente pelo sobe e desce dos preços. Chega até a ser meio óbvio: são os “vértices” dos ziguezagues desse movimento, as arestas. Os vértices que ficam mais abaixo são os fundos e os mais ao alto são os topos.
Topos são os lugares onde o preço para de subir e começa a cair. Fundos são os lugares onde o preço para de cair e começa a subir.
Fundos ascendentes significam uma tendência de alta. Topos descendentes, uma tendência de baixa.
Suporte e resistências
Em algum momento, a cotação vai formar um topo que não será mais batido. A cotação chega ali e volta a descer. Essa é uma resistência.
Em outro momento, o preço vai cair, e formará um fundo difícil de ser superado abaixo. O preço bate ali algumas vezes e se recusa a cair mais. Trata-se de um suporte.
Se uma resistência é superada pra cima, isso (para a Análise Gráfica Clássica) significa que a tendência de alta é forte e devemos comprar o ativo.
Se um suporte é ultrapassado pra baixo, isso significa que a tendência de baixa é forte e devemos vender o ativo (segundo a Análise Gráfica Clássica).
A Nova Análise Gráfica, no entanto, é mais cautelosa quanto a esses conceitos. Eles são importantes, mas existem mais conceitos a serem analisados além do simples comportamento do preço.
LTB e LTA
Quando conseguimos ligar diversos fundos em uma linha reta ascendente, temos uma linha de tendência de alta (LTA) e, quando podemos ligar vários topos em uma linha reta descendente, temos uma linha de tendência de baixa (LTB).
Essas linhas podem ser consideradas respectivamente suportes e resistências inclinadas, que, se superadas para baixo ou para cima, representam o fim ou a perda de força da tendência.
Padrões clássicos
Além de tudo isso, a Análise Gráfica Clássica tem em seu repertório a interpretação de padrões, desenhos que a cotação das ações vai formando enquanto se movimenta. Cada desenho tem uma consequência e um comportamento esperado a seguir.
- Ombro-cabeça-ombro (normal ou invertido)
- Triângulos
- Bandeiras
- Flâmula
- Morcego
- Retângulo
Não vale a pena detalhar muito sobre cada um deles.
Por ora, basta que você saiba que a Análise Gráfica Clássica se contenta em observar esses desenhos sem entender o motivo de sua formação, observando apenas, assim, o movimento do preço.
A Nova Análise Gráfica busca entender as causas desses padrões e, por isso, muitas vezes, nem lhes dá tanta atenção: ela sabe que o preço se movimenta ao sabor das intenções dos grandes investidores institucionais e, assim, se preocupa mais com a atuação desses personagens, procurando se posicionar a favor das intenções deles.
5. INDICADORES
A Análise Gráfica antiga, como estamos vendo até aqui, se baseia enfatizando o preço, quando não se fundamenta unicamente no preço.
Essa certamente é uma das principais críticas da Nova Análise Técnica quanto a ela.
Acontece que a movimentação do preço é mera consequência de outros fatores. Seria mais útil encontrar as causas dessas movimentações, aí sim antecipando os movimentos.
A Análise Gráfica também se vale dos indicadores (osciladores e rastreadores). Acontece que estes, na sua maioria, também dependem do preço que, uma vez aplicado a fórmulas matemáticas complexas, plota no gráfico linhas que indicam o momento certo de comprar e vender os ativos.
Não vamos entrar em muitos detalhes sobre eles neste momento, mesmo porque este é um artigo mais genérico e introdutório da Análise Gráfica, mas gostaríamos que você conhecesse alguns deles.
Osciladores
O objetivo dos osciladores é monitorar as oscilações de preços. Basicamente, eles vão nos dizer se um ativo já “subiu muito” e pode voltar a cair a qualquer momento e se “caiu muito” e pode voltar a subir a qualquer momento.
Alguns deles: IFR (Índice de Força Relativa), Estocástico, William’s %R e outros.
Rastreadores
Os rastreadores, como o nome indica, tentam rastrear a real tendência de um ativo. O exemplo mais clássico são as médias móveis.
Se o rastreador indica tendência de alta e o preço está numa tendência de baixa, isso pode indicar por exemplo, que ele voltará a subir, retomando a tendência original.
Alguns deles: On Balance Volume, MACD e as próprias médias móveis.
6. VOLUME FINANCEIRO
O volume de negócios e o próprio volume financeiro das operações, para a Nova Análise Gráfica, seria muito mais importante que qualquer outra informação ou indicador da Análise Gráfica Clássica.
É ele quem indica a presença e a atuação dos grandes investidores institucionais e as áreas de defesa de posições gigantescas em ativos.
Porém, a Análise Gráfica Clássica, atualmente, não tem os indicadores adequados para isso.
Atualmente, os melhores disponíveis no Brasil são o Sato’s Force, o Sato’s Bar e o Sato’s Result, entre outros que permitem a leitura adequada do volume e da atuação institucional no preço dos ativos.
7. GAPS
Os gaps surgem nos gráficos quando, por algum motivo, determinadas faixas de preço são “puladas”. Não houve negócios naquela área e, nesse caso, vai parecer que os candles de cada período em sequência, terão pulado aquela região.
Existem várias formas de operar gaps, algumas, inclusive acreditam que, inevitavelmente, o preço retorna à faixa não operada para “fechar o gap”.
8. STOPS
Os stops são os pontos de saída de uma operação. Ao entrarmos em uma operação, sobretudo os iniciantes, é salutar que já se estabeleça esses patamares, para que sejam executados automaticamente, seja com prejuízo, seja com lucro.
- Stop loss: se comprarmos um ativo a determinado preço e esse preço começar a cair, em algum momento teremos que vendê-lo com um prejuízo assimilável.
- Stop gain: momento em que o lucro atinge o objetivo para aquela operação.
Claro que os níveis de stop gain têm que ser superiores aos níveis de stop loss.
Digamos que eu acerte minhas operações metade das vezes. Se eu ganhar o mesmo, quando acerto, que o que perco, quando erro, ficarei no zero a zero. Se os patamares de perdas forem superiores, os prejuízos, somados, superarão os ganhos.
Os níveis de stop loss e de stop gain podem ser determinados financeiramente, isto é, considerando o meu patrimônio, quanto por cento é aceitável se perder por operação?
Porém, o ideal é que os níveis de stop loss e stop gain sejam determinados em regiões escolhidas através da Análise Gráfica, que indicará quando a operação de fato deu errado ou certo, através de seu ponto de vista.
9. CONHEÇA OS SOFTWARES E PROGRAMAS DE ANÁLISE GRÁFICA
Atualmente conseguimos fazer nossas operações e nossas análises em um só ambiente, as plataformas gráficas de negociação.
Entre as mais famosas estão o Meta Trader 5, o Profitchart, o Protrader e o Flashtrader.
Temos ainda, chegando ao Brasil, o Bookmap que nos permite analisar graficamente o livro de ofertas.
Uma das vantagens desse tipo de ferramenta é que, além de negociarmos no mesmo ambiente em que fazemos nossa Análise Gráfica, acompanhamos os níveis de preço da operação (entrada, stop loss e stop gain) no mesmo lugar, bastando um clique para iniciar posições ou encerrá-las ou arrastar linhas para posicionar novas entradas ou reposicionar encerramentos de compras ou vendas.
10. A IMPORTÂNCIA DE ESCOLHER UM MÉTODO EFICIENTE
A Análise Gráfica é uma excelente ferramenta.
Mas não podemos ter ilusões.
Ela não tem fórmulas mágicas que nos entregam o dinheiro de mão beijada.
Não há sinais instantâneos que servem para todas as situações que se apresentam diariamente na bolsa de valores.
É preciso uma leitura inteligente de contextos através do uso de conceitos corretos e atualizados e de ferramentas que possibilitem a aplicação desses conceitos.
Análise Gráfica realmente funciona?
Não há como negar que a Análise Gráfica funciona para alguns traders.
Porém, a verdade é que 95% dos que entram na bolsa de valores saem dela em menos de seis meses, não poucas vezes com pesados prejuízos.
Então, pode ser que a Análise Gráfica Clássica não funcione com a frequência que seria ideal para traders modestos, pessoas físicas, como você ou eu.
Um dos motivos para que isso aconteça é que a Análise Gráfica tem metodologias que em sua maioria esmagadora focalizam tão somente no valor dos ativos.
A movimentação dos valores é passado. Quando o ativo já está precificado, as razões que causaram isso já estão bem para trás.
Como começar a usar a nova Análise Gráfica em minhas operações
A Nova Análise Técnica observa a atuação dos grandes investidores institucionais. Leva em consideração o grande volume de negócios que eles precisam fazer em busca de liquidez para posições enormes, compradas e vendidas, em ativos. São essas atuações, no fim das contas, que proporcionam o sobe e desce das cotações. Adiantando-nos nas causas, conseguimos antecipar os movimentos do preço com maior precisão e maior taxa de acerto do que com a Análise Gráfica antiga.
Atualmente, a Nova Análise Gráfica é ensinada no Brasil pelo curso Raio X Preditivo.
11. CONCLUSÃO
A Análise Gráfica tem um papel importante na busca por oportunidades de compra e venda de ativos na bolsa de valores, sobretudo em prazos mais curtos que vão de poucos segundos a algumas semanas.
Porém, o preço como referência é um recurso muito pobre considerando-se que sua movimentação é apenas a consequência de algo mais importante.
Alguns poucos e gigantescos atores do mercado precisam de liquidez gigantesca em faixas de preço específicas a fim de montarem posições enormes em ativos e, assim, lucrar com a variação de preço que acontece a seguir.
Acompanhar essa atuação, através das ferramentas da Nova Análise Gráfica, é uma forma de antecipar os acontecimentos, aumentando as chances de lucro do trader.
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Matéria muito explicativa, muito obrigado!