Conheça as ações da Ferbasa (FESA4), os ativos de uma companhia controlada por uma fundação com finalidade social e educacional de crianças carentes. O que fazer durante as crises agudas, como a do Novo Coronavírus?

As ações da Ferbasa (FESA4) são um caso interessante da bolsa de valores. A companhia é controlada por uma fundação que leva o nome do criador da empresa e a atividade principal dessa fundação é a educação de jovens carentes.

As ações da Ferbasa (FESA4) estão em boa parte nas mãos da Fundação José Carvalho (as ordinárias, sobretudo). Agora, resta saber se vale a pena, neste momento em que testemunhamos a crise desencadeada pelo Novo Coronavírus, investir nos papeis dessa companhia especializada em ferroligas, metalurgia, siderurgia e afins.

Os momentos de crises agudas, aliás, são os únicos em que recomendamos o estudo de ações para o longuíssimo prazo, visto que diversas delas passam a ser negociadas em valores muito abaixo do valor intrínseco da empresa com grande evidência. No entanto, é preciso estar ciente de que novas e dramáticas quedas podem acontecer e que a recuperação pode durar semanas, anos ou décadas. Além disso, é preciso que a companhia seja capaz de atravessar os momentos mais difíceis mantendo a saúde.

O objetivo deste artigo é apresentar você brevemente ao negócio da companhia, a sua história e à nossa postura quanto ao investimento (longo prazo) em qualquer ação, de qualquer empresa, negociada na bolsa de valores.

1. O que é a Ferbasa e suas ações (FESA4)?
2. Ações da Ferbasa (FESA4): onde e como são negociadas?
3. Quais são os principais possuidores de ações da Ferbasa (FESA4)?
4. Formas de ganhar em ações da Ferbasa (FESA4)?
5. Investir ou não investir em ações da Ferbasa (FESA4): qual decisão tomar?
6. Ficou interessado em ações da Ferbasa (FESA4)? Veja os custos e taxas pra começar
7. Como o Raio X Preditivo pode ajudar
8. Como faço para comprar ações da Ferbasa (FESA4)?
9. Conclusão

As ações da Ferbasas (FESA4) estão assim divididas:

• Ordinárias (FESA3): 29.440.000
• Preferenciais (FESA4): 58.880.000
• Total: 88.320.000

Por sua vez, elas estão em free float, livre negociação, nas seguintes proporções:

• Quantidade de Ações Ordinárias: 312.688 (1,06%)
• Quantidade de Ações Preferenciais: 40.158.400 (68,20%)
• Total de Ações: 471.088 (45,82%)
• Conheça um método surpreendente para investir em Ações da Ferbasa e de outras empresas da Bolsa de Valores. Vai perder essa?

1. O QUE É A FERBASA E SUAS AÇÕES (FESA4)?

A página das ações da Ferebasa (FESA4) no site da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) nos mostra que a companhia se enquadra nas seguintes categorias:

• Atividade Principal: Fabricação E Comercialização Dos Diversos Tipos de Ferroligas.
• Classificação Setorial: Materiais Básicos / Siderurgia e Metalurgia / Siderurgia.

A empesa foi fundada em 23 de fevereiro de 1961 pelo engenheiro José Corgosinho de Carvalho Filho.

A Ferbasa (FESA4) iniciou suas atividades no município de Campo Formoso, Bahia, no ramo de mineração. Seu objetivo sempre foi a produção de ferrocromo.

No momento, domina esse segmento no país e fica entre as 500 maiores empresas brasileiras. É uma das 10 maiores da Bahia

Seu faturamento anual ultrapassa U$ 500 milhões.

A Ferbasa (FESA4) atua na extração de cromita em dois grupamentos, situados na região Centro-Norte do estado da Bahia, a 90 quilômetros um do outro:

• Distrito Cromitífero do Vale do Jacurici: as operações em Andorinha (BA) foram iniciadas em 1973 para a produção de minério de cromo, tendo lavra a céu aberto, e, mais tarde, através de métodos subterrâneos.
• Distrito Cromitífero de Campo Formoso: em Campo Formoso, as operações se iniciaram em 1961, pelo método de lavra a céu aberto, que continua sendo utilizado.

Suas principais minas são a Coitezeiro, em Campo Formoso (BA), e Ipueira, localizada no município de Andorinha (BA).

A maior parte da produção de minério supre a demanda da Metalurgia, em Pojuca (BA), para a produção de ferrocromo e ferrossilício cromo.

Setores em que atua:

• Ferroligas, particularmente se destacando como produtora integrada de ferrocromo.
• Mineração.
• Reflorestamento.

Além dos produtos do setor de ferroligas, a companhia tem uma grande importância no trabalho social.

Suas operações são verticalizadas e possui 95% das reservas de cromita do Brasil (matéria-prima do ferrocromo).

Um dos seus focos também é a produção sustentável de carvão vegetal.

Sua planta metalúrgica tem 14 fornos de redução, produzindo ligas de cromo e silício

Confira os produtos:

• Ferrocromo Alto Carbono (FeCrAC) – As principais utilizações ocorrem na produção de aço resistentes à corrosão, na produção de aços de alta resistividade elétrica, aços que possuem alta liga (indústria de automóveis), anti-oxidação e principalmente na produção de aços inoxidáveis.
• Ferrocromo Baixo Carbono (FeCrBC) – A sua utilização industrial é a mesma do FeCrAC, ou seja, na produção de aços especiais e inoxidáveis, tendo larga aplicação nas indústrias de bens de consumo.
• Ferrossilício Cromo (FeSiCr) – Sua aplicação é ser o principal insumo na produção de Ferro Cromo Baixo Carbono.
• Ferrossilício 75% (FeSi 75%) – Na indústria de fundição, como agente grafitizante. O FeSi 75% Alta Pureza é usado na fabricação de aços ao sílicio de grão orientado (GO) e grão não orientado (GNO).

O que são as ações da Ferbasa (FESA4)?

As ações de uma companhia são a menor parcela de seu capital social.

Quer dizer – se formos simplificar para rápido entendimento -, é como se a ação fosse o menor pedaço da empresa.

Ao comprar ações estamos adquirindo um pedaço de uma companhia. Cada ação vale exatamente o mesmo que a outra (desde que pertençam à mesma companhia).

Uma empresa lança ações na bolsa de valores tem a intenção de captar recursos para aproveitar uma oportunidade. Considere que, se ela conseguisse empréstimos e financiamentos teria custos maiores em juros, por exemplo, sem, no entanto, a imagem de confiança que a abertura de capital gera no mercado. De fato, as companhias consideram prestigioso abrir capital e ter ações negociadas na bolsa.

Os investidores, então, compram as ações e cedem, assim, recursos para a empesa. Em troca, ficam donos de uma parte dela, ainda que bem pequena, na proporção de ações que compraram. Agora, são sócios, investidores, acionistas e apostam que o dinheiro será bem usado. Ao mesmo tempo, aceitaram dividir os riscos com a companhia.

Assim, as ações – como as ações da Ferbasa (FESA4) – irão valorizar se a captação tiver bom uso e bons resultados. Se a empresa se desenvolve, cria novos mercados, aproveita melhor os já existentes, se expande econômica e geograficamente, ela tem mais lucros.

Se ela cresce e tem mais lucros, as ações passam a valer mais e a distribuir parte desses lucros em forma de dividendos.

Boa parte dos participantes da bolsa de valores não estão interessados em investir propriamente. Eles só querem comprar as ações para, a seguir, quando elas tiverem uma certa valorização, venderem, com lucro. Outra possibilidade é vender (mesmo sem tê-las, sim, é possível) e recomprar, quando estiverem mais baratas. Também com lucro.

Histórico da empresa e de suas ações (FESA4)

• 1931: José Carvalho, fundador da Ferbasa (FESA4) nasce no dia 11 de janeiro, na cidade mineira de Abadia (atual Martinho Campos).
• 1945 a 1947: José Carvalho é contemplado com uma bolsa de estudos do Colégio Aloisianum – Rio de Janeiro, dedicado à formação de lideranças sacerdotais.
• 1949 a 1955: Nesse período, José Carvalho ingressa na Escola de Minas de Ouro Preto (MG), para graduar-se em engenharia de mina, metalurgia e construção civil; e cria, em 1955, a Construtora J. Carvalho Filho, atuando na construção de viadutos, avenidas e muros.
• 1956: Na Cia C. Cambuí – Paraná, José Carvalho assume o seu primeiro emprego como engenheiro de minas.
• 1956 a 1960: José Carvalho chega ao Planalto Central, no dia de Natal, para atuar na construção de Brasília, onde participou da edificação de viadutos, avenidas e muros, inclusive o que circunda a Praça dos Três Poderes.
• 1961: José Carvalho funda a Companhia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA (FESA4), em Campo Formoso (BA).
• 1963: A FERBASA consegue aprovação de financiamento junto à SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e inicia a construção de sua fábrica em Pojuca/BA, destinada à produção de ferroligas de cromo.
• 1975: José Carvalho institui a Fundação José Carvalho, detentora das ordinárias da Ferbasa (FESA4), com o propósito de oferecer educação gratuita de qualidade para crianças e adolescentes carentes do Nordeste.
• 1978: Implantada a primeira escola da FJC, o Colégio Técnico, em Pojuca/BA.
• 1979: José Carvalho publica sua obra literária, O Protótipo, no qual revela a sua natureza humanística e o apreço pela educação.
• 1987: Implantada a segunda unidade educacional da FJC, a Escola Maria Carvalho, também em Pojuca (BA). Nesse mesmo ano são abertas as Escolas Márcio Seno, em Andorinha (BA) e a Rural Tina Carvalho, em Entre Rios (BA).
• 1989: Inaugurada a escola que leva o nome da sua filha Denise Carvalho, falecida em 1987.
• 1990: Nasce a Escola Rural Rolf Weinberg, em Mata de São João (BA).
• 1996: A Presidência da República concede a José Carvalho o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico.
• 1999: José Carvalho é empossado como membro da Academia Baiana de Educação.
• 2000: A Academia Baiana de Educação agracia José Carvalho com o título de Educador do Ano.
• 2011: É comemorado o 50º aniversário da FERBASA (FESA4) e os 80 anos do Instituidor. O evento marcou ainda a reedição comemorativa de sua obra literária, O Protótipo.
• 2015: Considerado uma das mais importantes referências empresariais e educacionais do Brasil, morre o engenheiro-educador José Carvalho, aos 84 anos, de causas naturais, deixando um expressivo legado que permeia toda a sua obra e projetos desenvolvidos pela FJC.
• 2020: a exemplo de outras companhias negociadas na bolsa de valores, suas ações passaram por intensa desvalorização em decorrência da crise desencadeada pelo Novo Coronavírus

2. AÇÕES DA FERBASA (FESA4): ONDE E COMO SÃO NEGOCIADAS?

As ações da Ferbasa (FESA4) são amplamente negociadas na bolsa de valores brasileira.

A bolsa de valores brasileira é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), antes conhecida como BM&FBovespa (até 2017) e, antes ainda, como Bovespa (até 2008).

Toas as negociações se dão em ambiente totalmente eletrônico. Os pregões viva-voz são coisa do passado. Desde 2009, aliás, quando o último pregão do tipo foi realizado na BM&F (Bolsa de Mecadorias e Futuros, já unida com a Bovespa à época).

O sistema PUMA (Plataforma Unificada Multiativos) é o que proporciona essa agilidade, velocidade, segurança e acessibilidade às operações. Com ela, pequenos investidores conseguem negociar ações com a mesma facilidade dos grandes investidores institucionais. É só ter um computador com internet e uma conta na corretora de valores.

A aparente facilidade, porém, esconde muitos riscos. O pequeno trader ou investidor, muitas vezes não tem noção de que está entrando num “octógono” com os lutadores mais sanguinários do mercado. Os investidores institucionais têm a seu lado diversas vantagens que ele não tem:

• Programas capazes de realizar milhares de operações de compra e venda por segundo, se aproveitando dos menores desequilíbrios do mercado, em diversos ativos simultaneamente. São os robôs HFT (High Frequency Trading ou Robôs de Alta Frequência de Negociação.
• As mentes matemáticas mais bem remuneradas do planeta para programar esses robôs.
• Computadores e conexões mais velozes a fim de posicionar as ordens sem atraso, aproveitando as mínimas distorções de preços.
• Dirigentes competitivos e muito bem informados (não, eles não se informam nos portais de notícia da internet; muitas vezes, eles são a origem das notícias que chegarão ao cidadão comum com semanas de atraso.

Nesse sentido, é importante que o investidor comum tenha uma metodologia que facilite a leitura de como esses participantes, os big players ou investidores institucionais, estão se posicionando, de maneira a se posicionar no mesmo sentido que eles e não contra eles.

Quais ações a Ferbasa possui?

A Ferbasa (FESA4) possui ações ordinárias e preferenciais.

As ações ordinárias, que estão quase que completamente nas mãos da Ferbasa (FESA4), dão direito a voto nas assembleias da companhia e, ao mesmo tempo, recebem proventos (dividendos e juros sobre capital próprio), embora não tenham preferência sobre esses direitos e não tenham diversos outros direitos que têm as ações preferenciais.

As ações preferenciais da Ferbasa, por outro lado, têm a preferência no recebimento de proventos, como o próprio nome indica. Além de outros direitos. Porém, salvo em situações especiais, os detentores das ações preferenciais da Ferbasa (FESA4) não têm direito a voto nas assembleias.

Mesmo no caso de ações ordinárias, é preciso ter muitas ações para que elas representem algo. No caso, como o controle das ordinárias está majoritariamente com a fundação da empresa, o número de ações ordinárias que você tem é irrelevante.

Qual são os códigos das ações da Ferbasa

• Ações ordinárias: FESA3
• Ações preferenciais: FESA4

As ações da Ferbasa (FESA4) são negociadas em quais bolsas?

Atualmente, as ações da Ferbasa (FESA4) são negociadas apenas na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Ações brasileiras podem ser negociadas no exterior graças a programas de “recibos”, como as conhecidas ADRs, usadas na Bolsa de Nova York e em outras bolsas dos Estados Unidos da América. As American Depositary Receipts são negociadas por lá como se fossem ações enquanto as ações propriamente ditas, correspondentes a esses recibos, ficam sob custódia de uma empresa responsável por isso, geralmente um banco.

3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS POSSUIDORES DE AÇÕES DA FERBASA (FESA4)?

Segundo o site da B3, atualmente, os principais acionistas das ações FESA3 e FESA4 são os seguintes:

Nome	%ON – FESA3	%PN – FESA4	%Total
Fundação José Carvalho	98,80	26,18	50,39
Outros	1,06	68,41	45,96
Ações Tesouraria	0,14	5,41	3,65
Total	100,00	100,00	100,00

 

• Conheça um método surpreendente para investir em Ações da Ferbasa e de outras empresas da Bolsa de Valores. Vai perder essa?

4. FORMAS DE GANHAR COM AÇÕES DA FERBASA (FESA4)?

Existem diversas maneiras de se ganhar dinheiro com ações, combinando-se diversas estratégias com os ativos, derivativos e até outras categorias de papeis, mas as mais simples e populares são as seguintes.

Trade com ações da Ferbasa (FESA4)

Aqui não queremos ser sócios das companhias. Queremos apenas aproveitar a volatilidade natural dos ativos das bolsas de valores.

• Se achamos que o preço vai subir, compramos, para vender a seguir com as ações mais caras. Se o preço cair, no entanto, temos prejuízo.
• Se achamos que o preço vai cair, vendemos, para recomprar a seguir, com as ações mais baratas. Se o preço subir, no entanto, temos prejuízo.

Para vender ações que não temos (com intenção de lucrar na queda), precisamos alugar as ações de um investidor, manobra facilitada pela corretora. Não tem complicação nenhuma. Tão logo as ações caiam a um valor que consideremos vantajoso, recompramos (ou então, no caso de as ações subirem e não queiramos ver nosso prejuízo aumentar). Devolve-se as ações, paga-se o aluguel e o que restar é o seu lucro (ou prejuízo). O nome desse tipo de operação é venda descoberta.

As operações de trade podem ser classificadas de acordo com sua duração:

• Day trade: operações que começam e terminam no mesmo pregão.
• Swing trade: operações que duram alguns dias.
• Position trade: operações que duram algumas semanas.

Ganhar dividendos com ações da Ferbasa (FESA4)

Outra possibilidade é ganhar dinheiro com dividendos das ações da Ferbasa (FESA4). Nesse caso, estamos interessados em acumular cada vez mais ações da empresa porque, por alguma razão, achamos que ela vai se valorizar ao longo do tempo. E, que, além de tudo, continuará tendo lucros consistentes e, por consequência, continuará tendo que dividir esses lucros com os acionistas em forma de dividendos.

Frequentemente, o investidor está interessado em acumular cada vez mais ações dessas empresas, não importando se o preço, em alguma ocasião, caia demasiadamente.

Inclusive, essas ocasiões são encaradas como oportunidades de comprar ações a preços baixos.

Claro, nem todos os investidores – sobretudo os iniciantes – têm a capacidade analítica e o sangue frio de fazer isso num momento de crise.

Mas se os dividendos forem consistentes, ele poderá usar os valores recebidos para comprar mais ações, que darão mais dividendos e que proporcionarão a compra de mais ações, sempre aumentando o patrimônio em ações.

Para isso dar certo, a companhia precisa:

• Pagar dividendos com frequência, sem falhas. É bom escolher empresas que paguem dividendos nos últimos cinco anos.
• Ter bom dividend yield: o valor dos dividendos deve ser uma porcentagem considerável do valor das ações.

Vejamos como foram os últimos dividendos da FESA4 e da FESA3.

Tipo do Provento	Data de Aprovação	Data-Com	Pagamento	Valor	Dividend Yield
Juros Sobre Capital Próprio	20/12/2019	27/12/2019	24/01/2020	0,06	0,31%
Juros Sobre Capital Próprio	26/11/2019	06/12/2019	20/12/2019	0,43	2,11%
Juros Sobre Capital Próprio	28/08/2019	05/09/2019	20/09/2019	0,28	1,47%
Juros Sobre Capital Próprio	28/05/2019	06/06/2019	19/06/2019	0,33	1,45%
Dividendo	23/04/2019	02/05/2019	20/05/2019	0,24	1,16%

5. INVESTIR OU NÃO INVESTIR EM AÇÕES DA FERBASA (FESA4): QUAL DECISÃO TOMAR?

De 2017 a 2018, as ações da Ferbasa (FESA4) tiveram intensa valorização, indo de pouco mais de R$ 7 para quase R$ 27. Desde então, os ativos vêm oscilando na faixa entre R$ 17 e R$ 27. Em fevereiro de 2020, aliás, estavam a R$ 20 e uma análise menos cuidadosa poderia indicar a compra, imaginando que ela voltaria a testar o topo nos próximos meses. Porém, com a crise do Novo Coronavírus, vieram a custar perto de R$ 10.

Quem comprou a R$ 20, portanto, viu seu investimento desvalorizar em 50% em poucas semanas. Muitos, certamente, venderam de forma desesperada. Se analisarmos o fluxo e o volume de negócios durante essa queda, perceberemos que os possuidores fracos deram liquidez e, possivelmente, diversos big players se aproveitaram do momento para acumular ações a preços baixos.

De fato, momentos de queda dramática são as únicas ocasiões em que indicamos a compra de ações para o longuíssimo prazo, desde que uma cuidadosa análise nos mostre que a companhia seja capaz de sobreviver à crise em questão.

• Não se deve imaginar que a recuperação acontecerá em poucos dias: pode levar anos ou até mesmo décadas
• Podem acontecer novas quedas, em patamares abaixo daqueles em que se fez as compras
• Deve haver um certo “desapego” ao dinheiro quando pensamos no longuíssimo prazo
• A experiência mostra que a bolsa e as ações capazes de se sustentar nas dificuldades SEMPRE se recuperam das crises

Tirando essas ocasiões, as de crise aguda, vemos o investimento – isto é, a acumulação em ações de uma forma geral – com certa cautela. Embora funcione para alguns poucos investidores pessoa física, muitos iniciantes não têm a capacidade analítica e o sangue frio necessários para enfrentar momentos de crise. Além disso, nem sempre é necessário deixar o seu dinheiro exposto na renda variável que se comporta habitualmente de forma imprevisível no longo prazo.

Quantos têm a capacidade de ver seu investimento em ações perder 30%, 40% ou até 50% do valor e ainda assim ver a oportunidade de manter o aporte e, ainda, aproveitar para comprar ainda mais ações. Quem disse que não vai cair mais? E quem disse que esse investidor iniciante ainda tem dinheiro para fazer mais compras? E, se tiver, terá coragem de comprar mais papeis em um momento de queda e desespero generalizado. O mais provável é que, nesse momento, ele venda suas ações, absorvendo um grande prejuízo. E, para sua surpresa, depois da venda, a bolsa volta a subir, bem como as ações que acabou de vender com serveras perdas.

Assim, nossa recomendação é a entrada em operações com horizontes de saída de pelo menos no médio prazo (position trade), tendo em mente patamares de prejuízo máximo e lucro também, determinados por uma metodologia que dê um mínimo de previsibilidade a respeito da continuidade de um movimento em determinada direção.

O Raio X Preditivo faz essa leitura através do fluxo de ordens e do volume de ativos operados, antecipando efeitos desses fatores sobre o preço.

Outra recomendação nossa é que não se posicione completamente em ações ou outros ativos de renda variável. Dessa forma, parte de seu dinheiro estará protegida. E, se acontecerem prejuízos, serão bem assimilados, sem desgaste financeiro e emocional relevantes.

6. FICOU INTERESSADO EM AÇÕES DA FERBASA (FESA4)? VEJA OS CUSTOS E TAXAS PARA COMEÇAR

• Taxa de corretagem: pra execução das ordens pela corretora. Varia de corretora pra corretora, dos ativos operados, do volume financeiro ou de ativos.
• Taxa de custódia: as corretoras não estão mais cobrando, mas era pra manter as ações sob sua guarda.
• Taxas da bolsa: pra pessoas físicas, incidem sobre o volume financeiro em pouco mais de 0,03%.
• ISS: o Imposto Sobre Serviços é de 5% sobre a taxa de corretagem.
• Imposto de renda: incide sobre o lucro e apenas sobre o lucro, uma alíquota de 20% em operações de day trade e de 15% para operações com outra duração. Há mais regras: vale a pena ler nossos artigos sobre o tema.
• A bolsa de valores cobra uma taxa de 0,12% sobre os proventos de carteiras de ações e outros títulos de renda variável que sejam superiores a R$ 20 mil

• Conheça um método surpreendente para investir em Ações da Ferbasa e de outras empresas da Bolsa de Valores. Vai perder essa?

7. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR AÇÕES DA FERBASA (FESA4)?

O Raio X Preditivo é uma metodologia que segue o volume e o fluxo de ordens, bem como procura regiões saudáveis de trade, aumentando a qualidade das operações dos traders.

Para isso, interpreta o volume, determinando a atuação ou não dos investidores institucionais, aqueles participantes com capacidade de apenas usando seus recursos financeiros e tecnológicos manipular o comportamento do mercado, manejando com maestria a oferta e a demanda.

Outra ideia do Raio X Preditivo é utilizar comportamentos comuns desses participantes, repetidos diariamente em diversos ativos, diversas vezes por dia, a favor do trader de varejo.

O Raio X Preditivo considera o volume como a causa dos movimentos de preços e os movimentos de preço como meros efeitos. Lendo as causas com sabedoria, nos antecipamos aos efeitos e aumentamos as chances de acerto de nossas operações.

8. COMO FAÇO PARA COMPRAR AÇÕES DA FERBASA (FESA4)?

Começar a comprar e vender ações, hoje em dia, é a coisa mais fácil do mundo, se você já tiver dinheiro e não estiver endividado (não invista se tiver dívidas, primeiro acabe com elas, pois dificilmente seus lucros ganharão dos juros).

Basta abrir uma conta em uma corretora de valores e depositar o dinheiro. Isso, qualquer adolescente com um aplicativo ou um computador, acessando o site, é capaz de fazer. Leva no máximo uma hora para já estar apto a operar.

Mas antes disso há um passo fundamental: comece um curso sobre bolsa de valores e trade, de acordo com a realidade do mercado.

Nossa sugestão é o Raio X Preditivo.

Antes de começar a operar de verdade, experimente seus novos conhecimentos na conta demo que toda corretora oferece. Se é verdade que operar na conta real é mais desafiador e, por isso, muito diferente da conta demo, não espere ter lucro na conta real se nem na conta demo você consegue. Treinar é um passo MUITO necessário.

9. CONCLUSÃO

A Ferbasa (FESA4) e suas ações FESA4 são estratégicas e atuam num setor da metalurgia muito ligada à indústria, particularmente a de veículos e outros setores. Se há possibilidade de a companhia crescer nos próximos anos? Sem dúvida. Nada impede que nenhuma das companhias negociadas na bolsa faça isso.

Porém, o longo prazo é um lugar distante. É preciso ter cuidado com a exposição a riscos desnecessários que volta e meio afetam os mercados como um todo.

Como explicamos, no entanto, momentos de quedas de preço dramáticas, como vimos na crise do Novo Coronavírus, podem significar oportunidades importantes, pois vemos muitas empresas com condições de atravessar o momento de forma saudável e recuperar seus valores e superá-los ao cabo de alguns períodos mais ou menos longos.

Fora essas ocasiões, o pequeno investidor deve fazer uso de seu reduzido tamanho e facilidade de entrar e sair de operações para desse modo não ficar encrencado em posições perdedoras que, muitas vezes, podem demorar anos para serem revertidas (se é que serão).

Assim:

• Limite sua exposição à renda variável a uma porcentagem assimilável.
• Limite a permanência em operações.
• Faça um curso sobre trade e bolsa: recomendamos o Raio X Preditivo.