Quero comprar as ações da Celesc (CLSC4): este é o momento ou devo esperar? Aprenda sobre a companhia e conheça um método que vai ajudar com certeza
As ações da Celesc (CLSC4) são os ativos da Centrais Elétricas de Santa Catarina, que abastece o estado catarinense com energia. Empresas de energia costumam ser as preferidas dos investidores, sobretudo para aqueles que visam lucrar com os dividendos (empresas de energia costumam distribuir bons dividendos).
As ações da Celesc (CLSC4) seriam então uma boa opção para investir? Para responder esta pergunta, este artigo visa explicar o funcionamento da Celesc, sua história e nossa postura quanto ao investimento de longo prazo em ações.
- O que é a Celesc e suas ações (CLSC4)?
- Ações da Celesc (CLSC4): onde e como são negociadas?
- Quais são os principais possuidores de ações da Celesc (CLSC4)?
- Formas de ganhar em ações da Celesc (CLSC4)?
- Investir ou não investir em ações da Celesc (CLSC4): qual decisão tomar?
- Ficou interessado em ações da Celesc (CLSC4)? Veja os custos e taxas pra começar
- Como o Raio X Preditivo pode ajudar
- Como faço para comprar ações da Celesc (CLSC4)?
- Conclusão
As ações da Celesc estão assim subdivididas:
Ordinárias – CLSC3 | 15.527.137 |
Preferenciais – CLSC4 | 23.044.454 |
Total | 38.571.591 |
Destas, estão em livre negociação na bolsa de valores, as seguintes proporções:
Quantidade de Ações Ordinárias CLSC3 | 6.297.477 | 40,56 % |
Quantidade de Ações Preferenciais CLSC4 | 22.810.149 | 98,98% |
Total de Ações | 29.107.626 | 75,46% |
1. O QUE É A CELESC E SUAS AÇÕES (CLSC4)?
Na página das ações da Celesc (CLSC4) no site da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa brasileira, a companhia está assim classificada:
- Atividade Principal: Holding Do Setor de Energia.
- Classificação Setorial: Utilidade Pública / Energia Elétrica / Energia Elétrica.
A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc) (CLSC4) é a principal responsável pela distribuição de energia no estado catarinense. A empresa é considerada de economia mista: o Estado detém o controle acionário da empresa, detendo pouco mais de 50,2% das ações ordinárias, atuando desde 1955.
A estimativa é de que sejam quase 3 milhões de consumidores e uma comercialização de quase 13 TWh de eletricidade.
São 12 usinas hidrelétricas, com capacidade instalada de aproximadamente 83 MW.
A companhia mantém 4.000 km de linhas de transmissão e 150.000 km de rede de distribuição.
A sede é em Florianópolis, da qual se estendem 16 regionais nas principais cidades do estado.
Em outubro de 2006, a Celesc (CLSC4) passou por um processo de reorganização (com base na “Lei da Desverticalização” – ou Lei Estadual 13.570), em que foi transformada em uma “holding” que manteve o nome Centrais Elétricas de Santa Catarina.
Duas novas empresas foram criadas, uma responsável pela distribuição (Celesc Distribuição S.A.) e outra pela geração de energia elétrica (Celesc Geração S.A.). As três empresas empregam cerca de três mil profissionais.
- A Celesc Distribuição é a maior arrecadadora de ICMS de Santa Catarina e a 6ª maior distribuidora de energia elétrica brasileira em receita de fornecimento, a 7ª em volume de energia distribuída e a 10ª em número de unidades consumidoras. Mensalmente, a empresa distribui cerca de 2,2 milhões de GWh e seu faturamento bruto anual alcançou R$12,3 bilhões em 2018.
- A capacidade total de geração da Celesc Geração em operação foi de 118,21 MW, sendo 106,97 MW referentes ao parque próprio e 11,24 MW referentes ao parque gerador estabelecido com parceiros – já proporcionalizada à participação acionária da Celesc Geração nesses empreendimentos.
A holding, além disso, tem controle acionário da companhia de Gás de Santa Catarina – SCGAS, e participações acionárias nas empresas Dona Francisca Energética S/A – DFESA, Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica – ECTE, Companhia Catarinense de Água e Saneamento – CASAN, e Usina Hidrelétrica Cubatão S/A, além de outras pequenas participações acionárias.
O que são as ações da Celesc (CLSC4)?
As ações da CELESC (CLSC4), como qualquer outra ação negociada na bolsa de valores, são a menor fração do capital social da companhia. Ao comprar uma ação ou mais de uma, estou literalmente comprando um pedaço da companhia.
O objetivo de lançar ações no mercado é captar recursos de investidores. Essas pessoas – físicas ou jurídicas – se tornam acionistas e passam a possuir uma parte da empresa, de seu capital social.
A empresa, desse modo, consegue recursos pra dar continuidade a seu desenvolvimento. Se tudo for como planejado, a companhia crescerá e as ações valorizarão junto com o valor da empresa.
Além disso, se a empresa cresce, ela lucra mais.
Por lei, parte do lucro de uma empresa deve ser dividido com os acionistas (no mínimo 25%). Isso são os dividendos.
Nem todas as pessoas que estão comprando ações querem se tornar sócias. Muitos, conhecidos como traders ou especuladores, estão mais interessados em comprar e vender, buscando lucros mais imediatos.
Histórico da empresa e de suas ações (CLSC4)
- Século 19 até metade do século 20 – Até a metade dos anos 1950, as necessidades energéticas em Santa Catarina eram supridas por pequenos e médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela iniciativa privada. Ainda na primeira década do século, por exemplo, Florianópolis e Blumenau já dispunham, inclusive, de sistemas de iluminação pública. A Capital era abastecida pela Usina Maroim (inaugurada em 1908) e Blumenau pela Salto Weissbach, datada de 1916. Joinville passou a ser atendida pela Usina Piraí também em 1908 e, em 1913, a Usina São Lourenço entrou em operação, beneficiando o município de Mafra.
- Anos 50 – As novas usinas hidrelétricas construídas no Estado significaram uma evolução dos pequenos geradores mantidos pelo espírito empreendedor dos imigrantes desde a virada do século e foram definitivas para a extraordinária expressão industrial que se modelava no Estado.
- 1955 – Preocupado em oferecer condições de infraestrutura adequadas aos novos investimentos no Estado, o governo catarinense decide pela criação de uma empresa para implementar uma política única e em 9 de dezembro de 1955, por meio do Decreto Estadual nº 22, o Governador Irineu Bornhausen criou a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) (CLSC4).
- 1957 – O Plano Regional de Eletrificação de Santa Catarina do Governo Jorge Lacerda, documento produzido pela Companhia Brasileira de Energia, em 1957, relata que “em setembro de 1956, chegou a vigorar na cidade de Joinville o seguinte regime de racionamento: nos dias úteis, o fornecimento de energia era suspenso entre 6 e 11 horas na parte da manhã, e entre 13 e 18 horas na parte da tarde; nos domingos e feriados, a suspensão se dava entre às 6 e 17 horas, na falta dos suprimentos de Capivari (Usina Termelétrica)”.
Entre 1961 e 1962 – Tornam-se subsidiárias da Celesc (CLSC4) a Cia. Pery de Eletricidade S.A., de Curitibanos – Cipel, a Cia. Oeste de Eletricidade de Concórdia – Ciaoeste, a Cia. Serrana de Eletricidade S.A. de Lages – Cosel, e a Empresa Força e Luz de Santa Catarina S.A., de Blumenau. - 1962 – A Celesc (CLSC4) já operava em 39 cidades, atendendo a mais de 87 mil consumidores. Nessa época, a Empresa já estava presente nos maiores municípios catarinenses: Florianópolis, Joinville e Blumenau.
- 1963 – A Celesc (CLSC4) aprova em Assembleia Geral Extraordinária a incorporação de todas as suas sete subsidiárias. Na década de 60, ainda seriam incorporadas a Força e Luz São Francisco S.A. e a Concessionária Francisco Lindner.
Entre 1963 e 1967 – A Celesc inaugura cinco usinas hidrelétricas: Garcia (em Angelina), Celso Ramos (Faxinal dos Guedes), Palmeiras (Rio dos Cedros), Pery (Curitibanos) e Governador Ivo Silveira (Campos Novos). - 1965 – Linha de Transmissão Tubarão – Lages – Herval do Oeste – Xanxerê, considerada espinha dorsal do sistema elétrico de Santa Catarina, e a linha Tronco Norte, entre as subestações Joinville, São Bento, Rio Negrinho, Mafra e Canoinhas. A Empresa alcançou a marca de 100 mil clientes.
- 1966 – Em parceria com a Sotelca (hoje Termelétrica Jorge Lacerda), surge o CATI – Centro de Aprendizagem e Treinamento de Ilhota, embrião do Centro de Aperfeiçoamento e Treinamento da Empresa (CeFA).
De 1968 a 1973 – A Celesc anexou cerca de 50 municípios a sua área de atendimento e chegou ao final de 1974 com 300 mil consumidores. - 1973 – A Celesc incorporou os serviços de distribuição de energia elétrica do município de Laguna, o sistema UTE (Sul do Estado) e a Companhia Bom Sucesso de Eletricidade (Caçador). No ano seguinte, a Empresa inicia o processo de incorporação da empresa Força e Luz de Chapecó S.A. Ações passam a ser negociadas na bolsa de valores.
- 1978 – Recapacitado o sistema Tronco Norte (construído na década anterior), que passou da tensão 69 kV para 138 kV.
- 1980 – A Celesc atingiu a marca histórica de meio milhão de clientes.
- 1986 – A Subestação Trindade (energizada em 1981), passaria a operar em 138 KV, depois de um arrojado trabalho de reisolamento da subestação.
- 1984 – O Extremo Oeste foi beneficiado com a ampliação da capacidade do sistema de distribuição, com a recapacitação da Linha de Transmissão e Subestação Pinhalzinho de 69 para 138 kV.
- 1987 – A Celesc incorporou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Santa Catarina – ERUSC, e seus ativos, acelerando o processo de incorporação das cooperativas de eletrificação rural, responsáveis pelo atendimento dessas áreas em diversos municípios.
- Anos 90 – Construção das linhas de transmissão entre as subestações Blumenau, Guaramirim e Jaraguá do Sul, em 138 kV, fechando o anel elétrico em Joinville; o segundo circuito para atendimento à Ilha de Santa Catarina; o entroncamento com a Subestação Campos Novos, do sistema Eletrosul, e a implantação do Sistema Digital de Supervisão e Controle. Mais de cem mil quilômetros de redes de distribuição, 1,4 milhão de postes, 120 mil transformadores, 23 subestações de distribuição e 93 subestações de transmissão. Ainda no final da década de 90, a Celesc (CLSC4) iniciou processo de participação societária em outras empresas de infraestrutura, como acionista minoritário. São daquela época as participações na Empresa Catarinense de Transmissão de Energia – ECTE, Dona Francisca Energética S.A. – DFESA, Companhia de Água e Saneamento – CASAN, Machadinho Energética S.A. – MAESA, Energética Campos Novos S.A. – ENERCAN.
- Anos 2000 – A marca de dois milhões de clientes foi alcançada em novembro de 2004. Quando a Celesc foi criada, em 1955, esse era o número de habitantes de Santa Catarina. O Estado cresceu junto com a empresa, que começou sua história atendendo menos de 35 mil consumidores em 16 municípios.
2. AÇÕES DA CELESC (CLSC4): ONDE E COMO SÃO NEGOCIADAS?
As ações da Celesc (CLSC4), são negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores do Brasil.
As negociações são em ambiente eletrônico, exclusivamente. Não há participação humana direta, não há papelada.
Tudo de que precisamos para negociar ações da Celesc (CLSC4) ou de outra outra empresa, é um computador, uma conexão à internet, uma conta em uma corretora de valores e uma plataforma de negociação.
Mas, lembre-se: tal simplicidade não torna a coisa mais fácil. Você estará no mesmo ambiente que os grandes investidores institucionais. E eles têm diversas vantagens:
- recursos financeiros superiores.
- tecnologia superior (computadores de última geração e robôs de alta frequência de negociação).
- pessoal altamente capacitado (programadores de elite, dirigentes muito bem informados e traders altamente capacitados e remunerados).
Para negociar ações nesse ambiente, é preciso não ir contra o fluxo causado por esses participantes, mas saber como ir na mesma direção que eles.
Para tanto, devemos usar uma metodologia que nos forneça uma leitura através do seu comportamento, através da interpretação do volume e do fluxo de ordens que só esses participantes, em busca de uma liquidez gigantesca, são capazes de gerar ou aproveitar.
Quais ações a Celesc possui?
A Celesc (CLSC4) possui ações ordinárias e preferenciais:
- ordinárias: são ações que dão direito a voto nas assembleias da empresa, mas não têm a preferência no recebimento de proventos (dividendos e juros sobre capital próprio).
- preferenciais: são ações que têm a preferência no recebimento de dividendos, capital próprio e outros direitos, porém só tem direito a voto em situações muito específicas a depender do estatuto social da companhia.
Qual são os códigos das ações da Celesc
Os códigos de negociação da Celesc são os seguintes:
- ordinárias: CLSC3
- preferenciais: CLSC4
As ações da Celesc (CLSC4) são negociadas em quais bolsas?
As ações da Celesc (CLSC4) são negociadas apenas na bolsa de valores brasileira, a B3, Brasil, Bolsa e Balcão.
Diversas ações brasileiras podem ser negociadas em bolsas estrangeiras através de um sistema ou programa de recibos, como as ADR, nos Estados Unidos. As ADR (American Depositary Receipts) são recibos que podem ser negociados com a mesma agilidade de ações, enquanto as ações propriamente ditas a que são correspondentes, ficam em custódia no Brasil.
3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS POSSUIDORES DE AÇÕES DA CELESC (CLSC4)?
Segundo o site da B3, atualmente, os principais acionistas da CLSC4 são os seguintes:
Nome | %ON – CLSC3 | %PN – CLSC4 | %Total |
Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras | 0,03 | 17,98 | 10,75 |
Alaska Poland Fia | 0,00 | 14,00 | 8,37 |
Estado de Santa Catarina | 50,17 | 0,00 | 20,20 |
EDP Energias Do Brasil S.A. | 33,11 | 17,12 | 23,56 |
Fundação Celesc de Seguridade Social – Celos | 8,63 | 1,00 | 4,07 |
Geração L. Par Fundo de Investimento | 2,96 | 14,75 | 10,01 |
Outros | 5,10 | 35,15 | 23,04 |
Total | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
4. FORMAS DE GANHAR COM AÇÕES DA CELESC (CLSC4)?
Existem diversas formas de se ganhar dinheiro com ações, de um modo geral.
Mas algumas delas são mais populares que outras.
Trade com ações da Celesc (CLSC4)
Aqui, o objetivo é comprar já pensando na venda, pouco tempo depois, quando os papéis tiverem valorizado.
Também dá para alugar as ações, vender e recomprar quando estiverem mais baratas. Claro que, nesse caso, estamos “apostando” numa queda. A seguir, depois da recompra, devolve-se as ações para o investidor que nos alugou os ativos. Isso é uma operação bem simples, facilitada pela corretora de valores em que temos conta, chamada “venda a descoberto”.
Podemos classificar os trades de acordo com sua duração:
- Day trade: operações que começam e terminam no mesmo dia.
- Swing Trade: operações que duram alguns dias.
- Position trade: operações que duram algumas semanas.
Ganhar dividendos com ações da Celesc (CLSC4)
Dividendos são pelo menos 25% dos lucros líquidos da empresa em determinado exercício. Essa porcentagem varia de companhia para companhia.
Muitos investidores apostam no longo prazo a fim de receber dividendos. De início, usam os dividendos para comprar mais ações e aumentar a quantidade de dividendos que recebem.
Claro que, para fazer essa estratégia, a escolha das companhias é fundamental: companhias sólidas que valorizem no longo prazo e que paguem dividendos regularmente e em um bom valor frente ao valor da ação (dividend yield).
Vamos ver como foram os dividendos da Celesc nos últimos anos:
Data de Aprovação | Tipo de Ação | Valor |
30 Abr 2019 | Preferencial | 1,054768 |
30 Abr 2019 | Ordinária | 0,479439 |
02 Abr 2018 | Ordinária | 0,463551 |
02 Abr 2018 | Preferencial | 0,509906 |
25 Abr 2016 | Ordinária | 0,455550 |
25 Abr 2016 | Preferencial | 1,002209 |
30 Mar 2015 | Preferencial | 1,967444 |
30 Mar 2015 | Ordinária | 3,577170 |
17 Abr 2014 | Preferencial | 0,200868 |
17 Abr 2014 | Ordinária | 0,182607 |
13 Dez 2013 | Preferencial | 1,324405 |
13 Dez 2013 | Ordinária | 1,204005 |
17 Abr 2012 | Preferencial | 0,263913 |
17 Abr 2012 | Ordinária | 0,239921 |
14 Abr 2010 | Ordinária | 0,887456 |
5. INVESTIR OU NÃO INVESTIR EM AÇÕES DA CELESC (CLSC4): QUAL DECISÃO TOMAR?
A Celesc teve um lucro líquido de R$ 165.03 milhões em 2018, valor 148,22% superior ao lucro líquido de 2017 (R$ 66.49 milhões).
A receita líquida de 2018 cresceu 8,30%, indo de R$ 7.08 bilhões para R$ 7.66 bilhões em 2018.
Isso tudo apesar do prejuízo líquido de R$ 17.26 milhões no 4º trimestre de 2018, sendo que no mesmo período de 2017 registrou lucro líquido de R$ 4.95 milhões. A receita líquida no último trimestre de 2018 caiu 14,01%: de R$ 1.96 bilhões para R$ 1.69 bilhões.
E aí? Considerando isso, vale a pena investir em ações da Celesc (CLSC4)?
Existe um fator que devemos considerar independentemente de se a empresa é uma boa ou uma má companhia. Veja, quando falamos de investimento, evidentemente não estamos falando de operações de curto prazo.
Estamos nos referindo a comprar ações e sentar em cima, fazer “poupança” com esses papeis. Será que é saudável?
Vemos com cuidado o acumulo de ativos de maneira indefinida. Ainda mais se boa parte do capital do investidor ficar alocado em renda variável. Afinal: é renda variável. Tudo pode acontecer!
Bolsa não é cassino, mas se deixarmos nosso dinheiro nas mãos do acaso ela passa a ser.
É inevitável que, mais dia menos dia, um cataclismo aconteça na bolsa de valores, coisas que fazem uma carteira de ações perder metade de seu valor em poucos dias.
Isso não é lenda. Aconteceu várias vezes ao longo da história. Recente, inclusive.
Poucos têm o sangue frio – sangue frio que, muitas vezes, vem de um financeiro avantajado, que suporta desvalorizações – para entender aquilo como uma “promoção de ações” e que é hora de comprar mais.
Assim, nossa recomendação para iniciantes é: quanto mais tempo expomos nosso capital à bolsa, quanto maior é essa parcela desse capital exposta ao risco, maiores são as chances de que esse risco se concretize com o passar dos dias e maior será o impacto, diretamente proporcional ao capital envolvido.
- Nossa recomendação, então, é procurar trades mais curtos com ações e outros ativos (menos tempo, menos exposição ao risco).
- Não envolva também uma parcela muito grande de seu capital (menos dinheiro, risco menor).
- E, para investir, confie em uma metodologia que lhe dê a segurança de fazer a leitura de acordo com a realidade do mercado.
Para isso, recomendamos uma metodologia baseada na causa dos movimentos dos preços, que é o volume levantado pelos grandes players institucionais em busca de liquidez em níveis de valor que consideram razoáveis para seus negócios. Fique ciente que a maioria dos cursos vendidos no mercado brasileiro se baseia no estudo do preço (efeitos). Por isso, recomendamos o Raio X Preditivo.
6. FICOU INTERESSADO EM AÇÕES DA CELESC (CLSC4)? VEJA OS CUSTOS E TAXAS PARA COMEÇAR
- Taxa de custódia: taxa que as corretoras cobravam para deixar as ações de sua carteira sob sua “guarda” ou custódia. Poucas ainda cobram por esse serviço, no entanto.
- Taxa de corretagem: taxa de execução de ordens, tanto na compra quanto na venda. O valor varia de corretora para corretora, de acordo com o volume financeiro, com o volume de ativos, com o tipo de ativo e com o fato de você ter adquirido ou não um pacote de corretagem.
- Taxas da bolsa: incidem em pouco mais de 0,03% do valor
- financeiro de cada operação.
- ISS: 5% sobre a Taxa de Custódia.
- Imposto de Renda: 20% sobre o lucro das operações de day trade e 15% sobre o lucro de operações que não são de day trade. Para ter mais detalhes, sugiro que leia nossos artigos que detalham o imposto de renda.
7. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR AÇÕES DA CELESC (CLSC4)?
O Raio X Preditivo é a sistematização da Nova Análise Técnica através de ferramentas e e conceitos. As ferramentas – indicadores Sato’s permitem a aplicação direta e simples dos conceitos da Nova Análise Técnica diretamente sobre os gráficos.
Toda essa estrutura visa seguir o comportamento do volume de ativos negociados e, por consequência o comportamento dos grandes investidores institucionais.
Sabendo como os big players estão se posicionando e o que provavelmente farão a seguir, fica mais fácil se posicionar ao lado deles: são eles aqueles que têm a maior capacidade de movimentar o mercado de acordo com sua vontade e com sua necessidade de lucro e sobretudo de liquidez para montar e desmontar posições, sejam compradas, sejam vendidas.
8. COMO FAÇO PARA COMPRAR AÇÕES DA CELESC (CLSC4)?
O estágio mais fundamental, em nossa opinião, é fazer um curso que permita a leitura dos ativos da bolsa de valores de acordo com a realidade.
Boa parte dos cursos disponíveis no Brasil considera apenas uma leitura a partir do preço. Porém, consideramos que o preço é mero efeito de uma causa anterior. Essa causa é o volume: afinal todos sabemos que a demanda e a oferta – e o seu volume – fazem o preço subir ou cair.
Assim, depois de dar início a um treinamento que considere esses fatores, abra uma conta em uma corretora. Treine na conta demo: apesar de operar com dinheiro “de mentirinha” ser bem diferente de operar com dinheiro de verdade, se você não tiver sucesso na conta demo, não espere que o mesmo aconteça na conta real. Será muito mais difícil.
Finalmente, depois de ter treinado suas novas habilidades, transfira o dinheiro para sua conta e comece a operar ações de acordo com sua nova estratégia.
9. CONCLUSÃO
Independentemente de serem ações da Celesc (CLSC4) ou não, a nossa postura quanto a investimentos “a perder de vista” na bolsa de valores, continua cautelosa.
Consideramos que para os iniciantes é saudável:
- Panoramas de encerramento da operação em ações (tanto no prejuízo quanto no lucro).
- Exposição financeira limitada (não colocar muito ou todo o seu dinheiro na renda variável.
- Uso de uma estratégia que considere o volume e o comportamentos dos investidores institucionais (recomendamos o Raio X Preditivo.