As ações da Azul (AZUL4) vão voltar decolar ou cair ainda mais? Será que eu vou perder este voo? Se eu tivesse aprendido isso antes, teria lucrado mais com as ações da Azul (AZUL4), mas ainda dá tempo de você aproveitar todas as oportunidades da bolsa de valores dão diariamente.
As ações da Azul (AZUL4) com a Crise do Novo Coronavírus caíram de um topo recente de cerca de R$ 61 pra aproximadamente R$ 16. Será que este é o momento de aproveitar o pânico dos que compraram no momento mais alto do preço pra encarteirar os ativos dessa grande empresa, mesmo considerando que as companhias aéreas brasileiras tiveram um corte de mais de 90% de sua malha aérea por causa da pandemia?
Essas ações fazem parte do Índice Bovespa (Ibovespa), o principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Pra fazer parte desse índice é importante que o ativo seja, junto aos demais formadores da carteira teórica, responsável por 80% da movimentação de negócios de nosso mercado.
As ações da Azul (AZUL4) são responsáveis por apenas 0,379% dessa carteira, mas já é um número considerável. Isso, por si só, mostra que muitos investidores e traders estão interessados nela.
As quatro semanas que vão de final de março até meados de abril, mostram um grande volume de negociação. De um lado, gente querendo se livrar dos ativos. E, de outro, participantes querendo comprar mais e mais a preços considerados baixos. Mas será que a companhia segura a onda dessa crise?
Tudo isso justifica este artigo em que estudaremos um pouco mais sobre a atuação da empresa, seu negócio, sua história e sobre nosso posicionamento quanto ao investimento de longo prazo nessa companhia e em suas ações AZUL4 e em qualquer outra ação negociada na bolsa de valores.
- O que é a Azul e suas ações (AZUL4)?
- Ações da Azul (AZUL4): onde e como são negociadas?
- Quais são os principais possuidores de ações da Azul (AZUL4)?
- Formas de ganhar em ações da Azul (AZUL4)?
- Investir ou não investir em ações da Azul (AZUL4): qual decisão tomar?
- Ficou interessado em ações da Azul (AZUL4)? Veja os custos e taxas pra começar
- Como o Raio X Preditivo pode ajudar
- Como faço pra comprar ações da Azul (AZUL4)?
- Conclusão
1. O QUE É A AZUL E SUAS AÇÕES (AZUL4)?
A Azul S/A (AZUL4), como você já deve saber, é uma empresa brasileira de transporte aéreo e começou a operar em nossos céus em 2008, fundada por David Neeleman.
A Azul (AZUL4) – em situações normais – atende mais de 100 destinos tendo 916 decolagens diárias em 116 aeroportos no território nacional, resultando em 249 rotas.
Como a única companhia aérea em 70% de suas rotas, é líder em 73 cidades brasileiras em termos de decolagens e transportou aproximadamente 26 milhões de passageiros até 31 de dezembro de 2019.
E já conta com destinos internacionais, nos Estados Unidos e também em Portugal, além de Buenos Aires, Punta Del Este, Montevidéu e Caiena.
O programa de fidelidade Tudo Azul tem 12 milhões de membros até dezembro de 2019.
Seus principais centros de operações são os aeroportos de Viracopos, Confins e Recife. A sede administrativa da Azul (AZUL4) fica no bairro de Alphaville, na região da Grande São Paulo. Em 2014 tinha 11 mil funcionários.
É responsável por um terço do mercado brasileiro de aviação civil em termos de decolagens. É a terceira maior companhia aérea do Brasil.
Em 2016, a Azul teve uma participação de mercado de 17,19% do total de assentos oferecidos em voos domésticos e 9,22% em voos internacionais, sendo a companhia que mais cresce em termos de passageiros por quilômetro voado.
Abriu sua estrutura societária em 2017, obtendo cinco vezes mais investidores que unidades de títulos, na ocasião.
O que são as ações da Azul (AZUL4)?
A Azul (AZUL4) tem um total de 1.258.533.224 ações:
- Ordinárias (ON) AZUL3: 928.965.058
- Preferenciais (PN) AZUL4: 329.568.166
Destas, estão em free float, isto é, em livre negociação no mercado, nas seguintes proporções:
- Quantidade de Ações Ordinárias da Azul – AZUL3: 306.558.420 (33,00%)
- Quantidade de Ações Preferenciais da Azul – AZUL4: 317.471.474 (96,33%)
- Total de ações em free float da Azul: 624.029.894 (49,58%)
Quando a empresa decide abrir capital, isto é, vender seu capital social na bolsa de valores, planeja captar recursos através de investidores que decidem dividir junto dela os riscos desse empreendimento.
Uma ação, nesse caso, é a menor fração possível do valor do capital social de uma companhia. Quando compro uma ação, me torno sócio dessa empresa e estou “apostando” em seu crescimento. De fato, se ela fizer uso adequado do capital captado durante o lançamento de suas ações, ela vai crescer. Por consequência, as ações valorizam.
Não só isso: provavelmente ela terá mais lucros e, por lei, pelo menos 25% dos lucros deve ser dividido com os acionistas, em forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio.
Porém, nem todos os participantes da bolsa de valores desejam se tornar sócios ou receber dividendos de tempos em tempos.
Boa parte dos participantes quer negociar ações que já estão no mercado, passando de negociador pra negociador, trocando de mão. O objetivo? Comprar a um preço e vender, dali a um tempo, por um preço maior, obtendo lucro.
E não só isso. Um trader desse tipo, também conhecido como especulador, pode analisar e entender que a ação da empresa vai desvalorizar.
Nesse caso, ele vai alugar a ação de um investidor e vendê-la. Isso mesmo, você não leu errado. É possível alugar ações pra vendê-las. Minha intenção neste caso é esperar um tempo, até que ela desvalorize e eu possa comprar as ações de volta, embolsar a diferença e devolvê-las ao investidor de direito. Parece estranho e, pra alguns, vai parecer até errado, mas isso é bem comum e legal na bolsa de valores. Inclusive é esperado que esse tipo de operação aconteça.
Enfim, no que diz respeito a ações da Azul (AZUL4) ou de qualquer outra empresa, podemos ter as seguintes possibilidades:
- Investidores, que querem ser sócios de boas empresas, esperando a valorização no longuíssimo prazo e o pagamento de dividendos.
- Traders, que esperam valorização e desvalorização, comprando e vendendo, respectivamente, querendo obter lucro no curtíssimo, curto e médio prazos.
Histórico da empresa e de suas ações (AZUL4)
2008 – David Neeleman, brasileiro criado nos Estados Unidos, que também foi o cofundador da WestJet e da Morris Air, após sofrer afastamento da presidência da companhia que ele mesmo fundou, a JetBlue Airways, começou a anunciar, em março de 2008, seus planos de fundar uma nova companhia aérea low-cost no Brasil. Mesmo sem nome definido, a Azul (AZUL4) já tinha uma encomenda de 36 aeronaves do tipo E-195 da Embraer com opção de 40 unidades em um contrato estimado em 3 bilhões de dólares.
Para definir o nome da nova operadora aérea, Neeleman criou um website chamado “voceescolhe.com.br”. Nele, o público poderia registrar sugestões de nomes. Foram registrados cerca de 110 mil usuários. As melhores sugestões foram selecionadas e colocadas novamente pra votação. Entre os finalistas, estavam Abraço, Alegria, Azul, Samba e uma grande variedade de nomes com a palavra Brasil que não puderam ser usados pois já estavam registrados.
A escolha não ficou só no nome: também havia enquetes pra escolher as cores das aeronaves, como seria o serviço de bordo e o estilo dos uniformes da tripulação dos aviões. A primeira pessoa que tivesse sugerido o nome escolhido ganharia transporte aéreo vitalício pela companhia, com direito a uma pessoa acompanhante. O processo levou um mês e o resultado, como você já deve estar imaginando, foi Azul: Azul Linhas Aéreas Brasileiras (AZUL4). Uma curiosidade: esse não foi o nome mais votado.
Neeleman escolheu na canetada: aparentemente porque esse nome inspira sentimentos positivos e era mais neutro que “Samba”, o nome vencedor. Ou seja: o nome do site “você escolhe” era lorota. No fim, são sempre as companhias que escolhem. Fica a dica. De qualquer modo, o tal prêmio foi pra pessoa que sugeriu “Samba” e pra pessoa que sugeriu “Azul”.
Ainda naquele ano, a empresa recebeu, da ANAC, o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo. Assim, começou a solicitar os Horários de Transporte (HOTRAN), que são autorizações pra operação de transporte comercial aéreo no Brasil.
O voo inaugural aconteceu em 15 de dezembro de 2008 entre Campinas e Salvador e, posteriormente no mesmo dia, entre Campinas e Porto Alegre.
No primeiro dia de operação, a taxa de ocupação das aeronaves foi de 62%, igualando a média de ocupação pra voos nacionais de outras companhias aéreas daquele mesmo ano.
2009 – Já estavam abertas as rotas entre Campinas, Curitiba e Vitória. As operações no Rio de Janeiro estavam prestes a serem iniciadas. Implantou-se o serviço de ônibus executivo pra transladar passageiros entre o centro de São Paulo e o aeroporto de Viracopos
2020 – Com a pandemia do Covid 19 e a Crise do Novo Coronavírus, a Azul, a exemplo de outras companhias aéreas, precisou reduzir sua malha aérea em 90%. As ações, que estavam em R$ 61, passaram a custar pouco mais de R$ 16.
2. AÇÕES DA AZUL (AZUL4): ONDE E COMO SÃO NEGOCIADAS?
As ações da Azul (AZUL4) são negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Todas as negociações são feitas em meio eletrônico, possibilitado pelo sistema PUMA: forma segura, rápida e acessível de negociar. Não existem mais aquelas cenas de gritarias e gestos que só os operadores de chão da bolsa entendiam. Aliás, já faz quase dez anos que isso não existe mais: o último pregão viva voz foi em 2009, na Bolsa de Mercadorias e Futuros.
Isso tem grande vantagem para o pequeno investidor. Se antes ele precisava encarar home brokers que não funcionavam direito (uma espécie de internet banking pra comprar e vender ações, coisa antiga já) ou até mesmo ligar pra a corretora para dar suas ordens, hoje, ele só precisa de um computador e de uma conexão com a internet, além de uma conta na corretora de valores de sua preferência.
Essa acessibilidade toda pode dar a entender que a coisa toda é fácil, mas essa ideia é errada.
Quando colocamos nossos tostões na bolsa de valores, embora não vejamos isso, estamos entrando num ambiente muito semelhante a uma guerra e, nesse cenário, não somos nem soldados, somos pequenas formigas prestes a serem esmagadas por tanques de guerra.
Veja só: 90% dos negócios da bolsa de valores são feitos por investidores institucionais, popularmente conhecidos como big players. Esses participantes contam com diversas vantagens operacionais:
- Algoritmos de negociação automática programados por algumas das mentes matemáticas mais geniais do planeta.
- Possibilidade de bancar “apostas” em uma direção municiadas por recursos financeiros além da imaginação dos pequenos investidores.
- Recursos humanos muito bem remunerados, competitivos e informados para além do que podemos imaginar, com informações privilegiadas e capacidade analítica, perdão pelo exagero, sobrenatural.
Assim, ao entrar na bolsa com suas economias, pense bem. Ou você se coloca do lado da equipe vencedora ou será esmagado.
Quais ações a Azul possui?
A Azul possui as seguintes ações:
- Ordinárias – ON: que dão direito a voto nas assembleias, entre outros direitos, e que também recebem dividendos e outros proventos.
- Preferenciais – PN: que não dão direito a voto nas assembleias, mas que permitem a preferência no recebimento dos proventos.
As ações da Azul com mais liquidez, ou seja, com mais negócios diários, são as preferenciais e, por isso, são elas que estão no Índice Bovespa (Ibovespa).
Quanto às ordinárias, comprá-las para investir pode não valer a pena: primeiro que poucas ações não valerão a pena caso você tenha a intenção de ter voz nas assembleias, isso está meio longe das possibilidades dos meros mortais. Precisaríamos de MUITAS ações. E, segundo, elas não tem preferência no recebimento de dividendos. Sem falar sua menor liquidez.
Qual são os códigos
Todas as ações negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3, têm códigos de negociação formados por quatro letras e um numeral. Esse código de negociação também é conhecido por ticker. O ticker das ações da Azul são os seguintes:
- Ordinárias – ON: AZUL3
- Preferenciais – PN: AZUL4
São negociadas em quais bolsas
As ações da Azul (AZUL4) não são negociadas somente na bolsa de valores brasileira, a B3. Também são negociadas em forma de ADRs no mercado dos Estados Unidos com o código AZUL.
Algumas ações brasileiras, no entanto, também são negociadas em bolsas estrangeiras através de programas de recibos.
Por exemplo, ações negociadas na bolsa de Nova York são compradas e vendidas na forma de ADRs (American Depositary Receipts). Esses recibos travam as ações correspondentes por aqui, custodiadas por uma entidade financeira responsável, enquanto são negociados normalmente, como se fossem ações, no estrangeiro.
3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS POSSUIDORES DE AÇÕES DA AZUL (AZUL4)?
A página das ações da Azul (AZUL4) no site da B3 revela que os principais acionistas da companhia são os seguintes:
Nome | %ON | %PN | %Total |
---|---|---|---|
David Gary Neeleman | 67,00 | 1,16 | 49,76 |
Trip Participações S.A. | 21,78 | 3,25 | 16,93 |
Trip Investimentos Ltda. | 8,58 | 2,28 | 6,93 |
Saleb Ii Founder 1 Llc | 0,00 | 2,31 | 0,61 |
Blackrock. Inc. | 0,00 | 9,81 | 2,57 |
Rio Novo Locações Ltda. | 2,64 | 0,00 | 1,95 |
Calfinco. Inc. | 0,00 | 8,19 | 2,15 |
Capital Research Global Investors | 0,00 | 4,92 | 1,29 |
Outros | 0,00 | 67,95 | 17,79 |
Ações Tesouraria | 0,00 | 0,13 | 0,04 |
Total | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
Note que o controle acionário, através de ações ordinárias, é do fundador David Neeleman.
4. FORMAS DE GANHAR COM AÇÕES DA AZUL (AZUL4)?
Existem inúmeras formas de se ganhar dinheiro com ações da Azul (AZUL4), bem como com qualquer ação negociada em bolsas, mas duas das principais são as seguintes:
- Trade com ações da Azul (AZUL4): quando fazemos trade, queremos ganhar dinheiro no curto ou no curtíssimo prazo. Para isso, compramos com a intenção de vender mais caro logo depois ou vendemos com a intenção de comprar mais barato logo mais. Podemos vender ações que “não temos” alugando essas ações (detalhamos essa operação em nosso artigo sobre venda descoberta). A duração de um trade varia, mas resumindo, temos: day trade (operações que começam e terminam no mesmo pregão), swing trade (operações que duram dias) e position trade (operações que duram semanas).
- Distribuição de dividendos das ações da Azul (AZUL4): dividendos são uma parte do lucro de uma companhia em determinado exercício, dividido igualmente entre as ações. Portanto, se você é acionista, em determinado momento receberá dividendos ou juros sobre capital próprio. Essa modalidade de ganhar dinheiro com ações é a preferida daqueles que gostam de comprar ações e ficar com elas “encarteiradas”, para o longo prazo. Dessa forma, com o dinheiro dos dividendos podemos comprar ações que renderão mais dividendos que ajudarão a comprar mais ações e assim por diante.
Claro que, para que essa estratégia funcione, é preciso que a companhia seja boa pagadora de dividendos. Procurei dados sobre o pagamento de dividendos pela Azul (AZUL4) e não encontrei nenhum dado. Por isso, fique atento.
Para sabermos o quanto os dividendos valem a pena, uma forma rápida de calcular é tomar todos os dividendos de determinado ano, dividir pelo valor da ação no início daquele ano e multiplicar por 100. Isso nos dá uma porcentagem aproximada do quanto a ação “rendeu” em uma suposta aplicação no início do exercício.
Claro, também há a valorização (ou não) dos papeis. Devemos lembrar sempre que a aplicação em ações não tem as mesmas características da renda fixa e essa aplicação é um tanto imprevisível.
5. INVESTIR OU NÃO INVESTIR EM AÇÕES DA AZUL (AZUL4): QUAL DECISÃO TOMAR?
Somos muito cautelosos quando tratamos de investimento em ações. Por investimento, entendemos longuíssimo prazo: comprar e guardar.
Como vimos em tópicos anteriores o mercado é dominado por grandes players capazes de movimentar o preço através da manipulação do volume, em busca de liquidez a preços interessantes.
Mas não é só isso: em horizontes menos previsíveis, temos a influência imponderável de políticas econômicas setoriais, nacionais e internacionais.
Considerando o longo prazo, não é uma questão de se haverá uma crise nos mercados e nas bolsas de valores mundiais, mas quando, como vimos recentemente, com a Crise do Novo Coronavírus. Essas crises avassaladoras acontecem de tempos em tempos e são praticamente uma constituinte orgânica do funcionamento da economia mundial.
Nesses momentos em que as ações “derretem”, o pequeno investidor vive uma série de impasses.
Será que as ações estão em “promoção” e devo comprar mais?
Quem garante que elas vão voltar a subir? E quando?
Será que ele terá dinheiro para isso ou terá coragem de tirar capital de aplicações mais seguras em um momento de crise para colocar esses recursos no mercado de risco?
Será que vale a pena ficar comprado em ações de companhias que ele julgou fortes e sólidas, mas que agora valem menos de metade do que quando ele as adquiriu?
Quando vai parar de cair?
Spoiler alert: geralmente para de cair quando esses pequenos investidores jogam a toalha, vendem suas ações com um grande prejuízo, dando liquidez aos grandes do mercado.
E este, senhoras e senhores, é o único caso em que recomendamos comprar ações pensando em prazos mais longos. Mas sem tentar adivinhar qual vai ser o fundo, sem imaginar que a recuperação se dará dali a semanas: pode demorar meses ou anos.
E não basta que as ações caiam bastante. É preciso saber se a empresa vai sobreviver à crise. E, antes de mais nada, analisar o volume de negociação, para saber se está havendo interesse institucional nos ativos.
Então o longo prazo é um tanto arriscado – sobretudo em uma tendência excessivamente otimista e de alta – , principalmente se você aloca muitos de seus recursos na bolsa. Mesmo que você aloque apenas uma parte pequena de seu capital, a bolsa de valores, geralmente, é um bom lugar para seu dinheiro visitar mas não para ficar, a não ser que você saiba muito bem o que está fazendo.
Se as intempéries setoriais, nacionais e internacionais são um tanto difíceis de interpretar e detectar no horizonte, temos uma vantagem: a atuação dos grandes players é evidente no curtíssimo, no curto e no médio prazo.
Através do volume de suas operações: de uma maneira bem simplista podemos concluir que, se um grande player está comprando muitos ativos é muito possível que ele suba posteriormente. E que ele caia, se as vendas desse grande player está vendendo, distribuindo ações, papeis.
Sobre isso, falaremos mais adiante quando darei uma breve explicação de como o Raio X Preditivo pode ajudar você.
6. FICOU INTERESSADO EM AÇÕES DA AZUL (AZUL4)? VEJA OS CUSTOS E TAXAS PARA COMEÇAR
Para comprar e vender ações existem taxas que você deve considerar na hora de criar suas estratégias:
- Taxa de custódia: era a taxa que as corretoras cobravam para “custodiar” as ações que você decidia “encarteirar”. Felizmente, muitas corretoras já abandonaram a prática dessa cobrança.
- Taxa de corretagem: se você comprar tem taxa de corretagem. Se você vender, tem taxa de corretagem. Para cada ordem executada, tem. Varia com o volume de ativos ou pelo volume financeiro, pelo tipo de ativo negociado e de corretora para corretora. As corretoras inclusive fornecem “pacotes pré-pagos” de corretagem.
- Taxas da bolsa: também chamadas de emolumentos, chegam a pouco mais de 0,03% do valor financeiro negociado, tanto na venda quanto na compra.
- ISS: o Imposto Sobre Serviços incide sobre a Taxa de Corretagem, correspondendo a 5% dela
- Imposto de Renda: incide só sobre o lucro. Quer dizer, só tem um jeito de não pagar: tendo prejuízo. Para operações de day trade, come 20% do lucro. Para outras operações, como 15% do lucro. Há outros detalhes interessantes que você deveria ler em nosso artigo sobre Imposto de Renda na bolsa.
- A bolsa de valores, agora, cobra uma taxa de 0,12% sobre o provento de carteiras superiores a R$ 20 mil em ações e fundos imobiliários somados.
7. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR
O Raio X Preditivo é a sistematização da Nova Análise Técnica através de conceitos e ferramentas projetadas para aplicar esses conceitos na leitura dos gráficos dos ativos. Os conceitos e ferramentas orientam o trader a partir do comportamento do volume, detectando as regiões de preço em que os grandes players estão aceitando negociar e prevendo, com mais probabilidade de acerto, para onde eles pretendem levar a cotação de um ativo.
A análise técnica tradicional é conhecida por usar apenas o preço para determinar possibilidades de negociação e oportunidades de operação. Porém, como podemos ver, o preço é tão somente o efeito.
A Nova Análise Técnica foca seus esforços na observação do volume, que é a causa da movimentação do preço.
Ora, se focamos na causa, podemos nos adiantar os efeitos e tirar proveito disso.
Uma outra forma de entender o Raio X Preditivo é encará-lo como o estudo do comportamento institucional através da leitura do volume e da fluxo de ordens, buscando oportunidades em regiões de trades de alta probabilidade.
A ideia, portanto, é encontrar regiões em que grandes apostas estão sendo feitas e se colocar na mesma direção que o lado potencialmente vencedor está se posicionando.
8. COMO FAÇO PARA COMPRAR AÇÕES DA AZUL (AZUL4)?
Como vimos no tópico que explica como e onde as ações da Azul (AZUL4) são negociadas, é muito simples comprar e vender ações: basta apenas ter um computador, uma conexão com a internet e uma conta na corretora.
Eu iria mais longe.
Até com um celular você faz isso hoje em dia: de abrir a conta na corretora (baixe o aplicativo e faça o processo em meia hora), deposite o dinheiro (via aplicativo bancário) e comece a comprar e vender ações.
Porém, eu seria maluco se não lhe fizesse o alerta: comprar e vender ações não é algo tão simples quanto o processo de tornar essa atividade acessível.
É altamente recomendável que você faça um bom curso sobre o tema, um curso, um treinamento de acordo com a realidade do mercado, que ensine não a usar indicadores mágicos que lhe dizem a hora de clicar para comprar e a vender, mas que lhe dizem como de fato ler os gráficos e tomar suas próprias decisões.
Nossa recomendação é o Raio X Preditivo.
9. CONCLUSÃO
As ações da Azul (AZUL4) são ativos de uma companhia séria que tem todo o potencial de continuar crescendo, tanto quanto qualquer outra companhia que tem a coragem de ter suas ações negociadas na bolsa de valores.
Porém, por mais que isso seja verdade, é preciso cuidado, sobretudo quando pensamos no longo prazo. Sim, a recente crise do novo coronavírus deixaram as ações baratas. Mas elas vão sobreviver com a perda de receita de 90% da malha viária? Tudo vai depender da robustez financeira da companhia.
Quanto ao curto prazo, julgamos uma opção mais prudente quando se trata da bolsa de valores. Ao mesmo tempo em que o horizonte de saída da operação está mais próximo e visível, dentro de uma previsibilidade (seja com lucro, seja com prejuízo), o comprometimento com um risco crescente à medida que a permanência aumenta deixa de existir.
Desse modo, sugerimos metodologias que lhe deem uma leitura mais imediata do que está acontecendo com um ativo, seja com a Azul (AZUL4) ou com qualquer outra companhia.
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