O trader Luiz Sato é o criador e sistematizador do Raio X Preditivo, metodologia que está trazendo a Nova Análise Técnica para o Brasil.
Em termos de mercado, já passou por tudo que alguém de sua idade poderia: a Crise Asiática em 1997, a Crise da Rússia em 1998, a bolha da Nasdaq, que estourou em 2000, os efeitos do ataque ao World Trade Center sobre os mercados em 2001 e, finalmente, a crise dos créditos suprime do mercado imobiliário dos Estados Unidos, culminada em 2008.
Durante esses 20 anos em operação, estudou de tudo. Fez negócios não só na bolsa de valores, mas investiu e muito em sua própria educação.
No começo da carreira, ainda na década de 1990, chegava a operar notícias. Lia uma matéria importante, comprava e, então, os preços caíam. E pensar que muita gente faz isso ainda hoje.
Também comprava relatórios de empresas especializadas em análise fundamentalista. Comprava milhares de ações, baseando-se nesses relatórios e, no fim, dois dias depois, levava um prejuízo.
Gastou grandes valores em cursos, livros e indicadores para sempre descobrir, depois de um tempo, que muitos desses recursos eram…
… inúteis.
Keltner, Bolinguer, RSI, Estocástico, MACD, médias móveis e outras centenas de indicadores baseados em fórmulas matemáticas: isso mesmo. Simplesmente não funcionavam.
Não funcionavam e ainda não funcionam com total eficiência porque precisam de dados passados para dar um parâmetro presente: operar por eles é o mesmo que dirigir para frente olhando para o retrovisor do carro, esperando que efeitos passados reflitam efeitos futuros.
Sem brincadeira, Luiz Sato chegou a comprar pacotes de 150 indicadores. Até os efeitos das forças das marés, da astrologia planetária e da influências das galáxias ele garante que tem gente que usa.
E foi errando, errando muito, que Sato descobriu que os mercados são predatórios: não são um ambiente para investir, mas para especular. Nem os soldados mais bem preparados para a selva vão morar na floresta: eles entram no ambiente selvagem para realizar operações pontuais. Missão dada, missão cumprida e voltam para a segurança do quartel general ou do lar. O mesmo deve ser para o trader e seu suado dinheiro. Imagine se o policial do Bope vai morar nos locais onde seu grupo realiza operações!
A virada
Foi, então, em 2002 que Sato teve o insight que o levou a sistematização do que hoje é o Raio X Preditivo, metodologia que traz a Nova Análise Técnica ao Brasil, e começou a descobrir que todo esse tempo esteve olhando para o efeito – o movimento dos preços – e não para a causa. O importante era causa: aquilo que fazia o preço se mover.
Em pleno pregão viva voz da Bolsa de Mercadorias e Futuros, levado por um amigo, Sato viu os operadores vendendo lotes de 50, 100, 150 contratos cheios de índice. Um famoso operador, conhecido como JP, chegou e deu fechado em todo o mundo: comprou mil contratos cheios de uma só vez.
E ainda tinha mais mil para comprar. Foi absorvendo tudo. Nisso, o povo começou a ficar desconfiado e a venda começou a secar.
Não contente, apregoou que comprava mais mil.
O mercado não caía mais.
Quem vinha operando vendido desde lá de cima começou a ficar preocupado e começou a pensar que era o momento de começar a fechar as operações. O JP não ia deixar cair mais que aquilo. Certeza que tinha mais bala na agulha além daquela.
Pararam de vender. A oferta secou.
Foi aí que o JP continuou a comprar. Não absorvendo as agressões, desta vez, e sim agredindo.
Esse volume de demanda provocado por um só operador, o JP, deu 300 pontos para cima em um único movimento. Quem tinha vendido minutos antes ficou numa posição difícil, sem tempo para reagir! Precisavam fechar suas posições antes que a situação piorasse. Pra isso, precisavam comprar, aumentando a demanda.
Mais demanda? Com mais demanda, o preço subiu ainda mais e o JP nem precisava mais se esforçar.
Quando o preço estava lá no alto, com os outros operadores desesperados para fechar suas posições vendidas, adivinhe quem estava vendendo contrato cheio de índice a preço de ouro? Sim, o JP. E o preço subindo.
Essa história, ainda que o pregão seja eletrônico atualmente, acontece a todo instante na bolsa de valores.
E ela mudou a forma de Luiz Sato ver suas operações. Era preciso desenvolver um conhecimento e ferramentas que fizessem a leitura do comportamento desses grandes investidores institucionais, com bala na agulha para movimentar o preço desse jeito.
Não só isso: esse conhecimento e essas ferramentas que, juntos, compõem a metodologia do Raio X Preditivo precisam levar em conta a presença massiva dos robôs HFT (robôs de alta frequência de negociação) que procuram disfarçar a presença de grandes ordens de compra e venda como essas do JP.
Assim, Luiz Sato junto com a equipe de educação da Force Investor trazem para o Brasil a metodologia Raio X Preditivo, a sistematização inicial da Nova Análise Técnica, sendo ensinada a valores acessíveis e com uma didática mais acessível ainda. Segundo Sato, sua missão é transmitir conhecimento avançado aos traders brasileiros para aplicarem as metodologias e as ferramentas disponibilizadas, aumentando as probabilidades de ganhos nos mercados que são altamente competitivos e dominados principalmente pelos robôs de alta frequência.
Veja o vídeo abaixo e saiba mais sobre a vida do Luiz Sato;