Os candlesticks chegaram ao ocidente trazidos por Steve Nison na década de 80, quando ele passou a usá-los na bolsa de valores de Nova York. Hoje, são tão disseminados que parece que sempre existiram por aqui.
A verdade, porém, é que eles nasceram no Japão, no século 17 (1601 a 1700), na negociação do arroz em Osaka. Os fazendeiros levavam suas colheitas para serem armazenadas na cidade e em troca, recebiam um cupom negociável a qualquer momento.
Esse “contrato” poderia ser resgatado em arroz mesmo ou, então, poderia ser negociado na “bolsa de arroz”.
Por exemplo, naquela época, a bolsa de Dojima tínhamos, tinha 1.300 “traders”. Todo o mundo pensando em como ganhar dinheiro em cima desse grão branco e tão abundante hoje em dia.
O nome do inventor dos candles e candlesticks é Munehisa Homma. Negociava de sua casa, em Sataka, sem a necessidade de estar em Osaka. Até parece você, caro leitor, que negocia contratos a partir de sua casa, no seu computador. A diferença é que ele usava um sistema de mensageiros, bem mais lentos que sua internet, mas bem avançados para a época.
E tudo o que ele precisava saber para conseguir negociar nesse ritmo era: o menor preço do período, o maior preço do período, o preço de abertura e o preço de fechamento. Apenas com isso já era capaz de tomar as melhores decisões. Com o preço de abertura e fechamento, ele desenhava um retângulo vertical.
Com o preço máximo e o mínimo, uma linha vertical, que se estendia para além do retângulo.
Não demorou muito para ele perceber que, dependendo do formato dessas velas, das combinações entre elas, era fácil prever qual seria o próximo comportamento do preço.
E começou a tomar decisões a respeito de compra e venda dos cupons a partir desses desenhos, desses candles e candlesticks.
A simplicidade, eficiência e sutileza do sistema de notação fez com que ele chegasse até nós, perdurasse até os dias de hoje e muita gente ainda toma suas decisões com base nos candles e em suas combinações mais famosas, os candlesticks.
Porém, a verdade é que eles já foram mais eficientes. Em mercados com forças relativamente equilibradas, era possível prever com mais precisão o comportamento do preço a partir das próprias informações dadas pelo preço: afinal, candles são isso, quatro informações sobre o preço e nada mais. Tudo o mais deriva disso.
Porém, sem que eles informem o nível de atividade no período em que são formados, atualmente, eles têm cada vez menos serventia. Sim, porque o nível de atividade, o fluxo de negócios é controlado por alguns poucos players, os investidores institucionais.
Por isso, o Raio X preditivo lança mão da ferramenta Sato’s Bar. Com um sistema de cores, é possível saber as velas ou candles em que houve um maior nível de atividade profissional e, portanto, regiões com maior probabilidade de serem defendidas, áreas do preço com alta probabilidade de trades de qualidade.
Candles azuis representam nula atividade profissional. Candles brancos apresentam pouca atividade profissional. Amarelos, média atividade profissional. Laranjas, alta atividade profissional e vermelhos, máxima atividade profissional.
Se imaginarmos que em um candle vermelho houve uma grande atividade profissional, com muitos participantes se comprometendo na compra e na venda, devemos imaginar que ali teremos uma resistência ou um suporte e que se trataa66 de uma região estratégica para entrarmos comprados ou vendidos, seja contra ou a favor da tendência, de acordo com nossa leitura do mercado. Muitas dessas regiões, no entanto, sem a Sato’s Bar, ficam escondidas nas pernadas de alta e de baixa.
Assim, essa ferramenta vem a acrescentar à leitura dos candles, adicionando um elemento de volume importantíssimo, sem o qual ficamos apenas com uma leitura de preços que, segundo a Nova Análise Técnica, ensinada pelo Raio X Preditivo, não passa de mero efeito de uma causa anterior, o volume.