Todo o mundo que começou na bolsa de valores já deve ter ouvido a expressão “tubarões”. Ela é meio abstrata. Quem a profere, geralmente, não sabe de quem ou do que está falando. Afinal, quem são os “tubarões”. São os grandes players do mercado, os grandes investidores institucionais, megacorporações que têm cacife para jogar os preços dos ativos para cima e para baixo e, dependendo da ocasião, derrubar a economia de um país inteiro.
Eles não são seres do além como a expressão “os tubarões” parece sugerir na voz dos “sardinhas”, pequenos e inexperientes investidores que vão atrás de dicas nos fóruns e tentam decifrar notícias como quem lê as entranhas dos animais, como faziam os adivinhos da antiguidade.
Um estudo econômico recente levantou as quarenta e três mil empresas mais importantes do mundo. Juntas, essas quatro dezenas de milhares de companhias representam a economia do planeta.
Porém, dessas todas, um punhado de apenas mil e trezentas controlavam todas as outras.
Porém, o funil não acaba aí.
Apenas cento e vinte e sete, segundo o estudo, controlavam quarenta por cento de todas as outras.
Isso significa que apenas pouco mais de uma centena de empresas controla quase metade da economia do planeta.
Dessas pouco mais de cem, o estudo estimou que metade, umas cinquenta, têm forte atuação no mercado financeiro. Por exemplo: JP Morgan, Deutsche Bank, Petrochina, Exxonmobil e outras tantas. No máximo umas sessenta. Essas sessenta empresas, quando se trata de bolsas de valores – qualquer bolsa de valor do mundo – dominam.
Quando entramos em operações com três, quatro, no máximo dez minicontratos de dólar, esses investidores institucionais nem tomam conhecimento da gente. As operações deles envolve centenas de milhares de papeis de cada vez, incluindo ações, contratos e minicontratos de índice e de dólar, bem como opções e derivativos, num nível de complexidade que nem é possível entender sem ajuda de poderosos algoritmos. Fazem negócios o tempo todo a cada fração de segundo, num ritmo humanamente impossível de acompanhar.
Além de terem muito dinheiro, muita bala na agulha, esses grandes players também contam com tudo o que o dinheiro traz: as mentes mais aguçadas, a tecnologia mais avançada em termos de hardware e software, com os algoritmos de negociação de alta frequência.
Esses são os grandes players, bancos de investimento e grandes corporações. Eles estão de olho em hedge funds e bancos centrais dos países que também mantém operações em diversas bolsas.
O principal alvo deles não são os “sardinhas”, como muitos pensam e afirmam com ares sábios. Os sardinhas são apenas dano colateral. O peixe grande quer comer o peixe médio, mas o peixe pequeno, que só estava de bobeira por ali, vai junto.
Então, o segredo para os pequenos se darem bem é estarem do lado certo da briga. E é isso que queremos ensinar para você.