Esqueça a poupança, existirem opções muito melhores em renda fixa e tão seguras quanto a poupança (ou mais) está mais do que na hora de começar a pensar na bolsa de valores.
Taxas de juros cada vez menores e crescimento da economia tornam a renda variável. Ainda que não seja recomendável colocar todas as suas economias no mercado de ações, vale a pena que você esqueça a poupança e comece a estudar essa possibilidade para uma parte delas.
Veja como você pode começar e esqueça a poupança de vez:
1. Comprando ações
Comprar ações está ao alcance de qualquer pessoa atualmente. Nunca foi tão fácil abrir uma conta em uma corretora. Se você tivesse tido a chance de comprar R$ 10 mil em ações da Lojas Americanas em 1998, hoje, 20 anos depois, teria perto de R$ 800 mil. Mas, cuidado, nem todas as ações apresentam esse tipo de desempenho. Comprar ações pensando no longo prazo deve ser encarado com reservas, estratégia e cuidado, tendo ciência de todos os riscos. Além disso, embora se possa comprar apenas algumas ações, por poucos reais, o ideal é que se compre um número razoável suficiente para se fazer frente aos custos da operação.
2. Investimento em fundo de ações
Na bolsa de valores, uma das máximas mais repetidas é diversificação: diversificando em vários ativos, se uma ação desvaloriza, as outras sobem. O risco é, assim, diluído. Mas os iniciantes não têm recursos suficientes para diversificar, para comprar lotes de ações variadas o suficiente. A solução é investir em fundos de ações.
Os fundos de ações têm um mix de ações diversas, além de outros produtos de investimento embutidos. Esse mix é gerenciado por uma empresa financeira que administra o fundo. E, em vez de comprar todas as ações basta comprar uma cota do fundo – ou mais cotas – por um valor muito menor do que seria necessário para fazer isso individualmente. Há a taxa de administração, que gira em torno de 2%, e a taxa de performance que fica em torno de 20% sobre aquele lucro que superar o objetivo do fundo.
3. COE
Os certificados de operações estruturadas (COE) misturam a renda fixa com renda variável. Existem vários tipos de COE. O mais comum é aquele que envolve três ou quatro ações de grandes empresas. De seis em seis meses é feita a verificação que avalia se as ações estão acima do valor em que estavam quando do início do COE. Se sim, o COE é encerrado e o investidor recebe um cupom de juros bem superior à renda fixa. Se não, o COE continua por um prazo que pode ser entre dois e cinco anos, com verificações de seis em seis meses. A cada verificação os cupons são acumulados. Se ao final do COE as ações não estiverem todas acima do preço inicial, o investidor recebe seu dinheiro de volta. Porém, também existem COE sem capital protegido e com outros regimes de funcionamento.
4. ETF
Outra forma de diversificar facilmente o investimento em ações são os ETF (Exchange Trading Funds ou Fundos de Índice). Como o nome indica, um ETF é um ativo que replica o comportamento de um determinado índice. Existem diversos. O mais popular, no Brasil, é o BOVA11, que replica o comportamento do Índice Bovespa, que hoje traz 64 das ações mais negociadas na bolsa de valores do Brasil, originadas em 24 diferentes setores da economia. Os ETF têm taxas mais baratas que os fundos de ações e podem ser negociados como se fossem ações.