Price Action funciona? Saiba a resposta e conheça novo tipo de análise que supere ele em até 10 vezes
O Price Action, com o surgimento da Nova Análise Técnica, começa a ser entendido de uma outra maneira que pode mudar completamente o modo como você ganha dinheiro do mercado.
A Nova Análise Técnica não olha simplesmente para padrões gráficos (efeitos gerados no passado), mas às causas desses padrões (presente e futuro próximo, antecipando os efeitos).
É a diferença entre olhar dirigindo o tempo todo para o retrovisor e dirigir olhando em frente.
Olhando para a frente, não temos condições de prever o que existe vinte quilômetros adiante. Nem precisa! Basta enxergar cem metros adiante: é o suficiente para eu ir de Londrina a, sei lá, Quixeramobim, com relativa segurança. Pouco importa se no quilômetro 50 há um apocalipse zumbi acontecendo. Chegando lá, eu terei condições de antecipar minha próxima atitude.
Dirigindo de olhos vendados
Agora, andar em uma estrada cheia de outros carros só olhando nos retrovisores, a chance de colisão é muito maior.
Sugiro que você não faça a experiência. Sua seguradora não vai gostar.
Mas a triste verdade é que isso que a maioria esmagadora de traders faz ao operar na bolsa com o Price Action tradicional.
Dirige olhando para trás.
Alguns conseguem dirigir assim? Sim! E bem: até vendem cursos caríssimos sobre Price Action!
Mas quantos de nós podem fazer parte das equipes circenses de manobras radicais com veículos?
A Nova Análise Técnica é para pessoas comuns, como você ou eu, que não têm poderes paranormais e nem faz questão de ter. A gente só quer aumentar nossa chance de acertos e reduzir o risco de nossas operações.
Sempre somos induzidos a querer fazer o mais simples. Nosso cérebro foi feito para simplificar as coisas, por isso, o price action é umas das formas de operar na Bolsa de Valores mais populares. O questionamento aqui é: Será que price action funciona tão bem assim?
Como a Nova Análise Técnica vê o Price Action
Conceitos do Price Action que já foram úteis antes, passam a ser aprimorados na Nova Análise Técnica.
O price (preço, em inglês) já não é em si tão importante e a prática tem sugerido que as “actions” (ações, do verbo agir), talvez venham acontecendo em momentos errados, movidas por premissas equivocadas.
Neste artigo, vamos apresentar alguns conceitos do Price Action, depois mostrar as diferenças entre essa técnica largamente usada com sucesso por alguns traders e os conceitos da Nova Análise Técnica, que aprimoram as chances de operações com lucro na bolsa de valores.
Para, finalmente, em outros artigos, desenvolver esses conceitos, de maneira a implementar o potencial de sucesso de suas operações.
Mas, talvez, você tenha chegado aqui pra ter mais informações quanto ao Price Action e nem saiba muito bem do que se trata. Por isso, não vamos colocar as coisas de trás para diante e explicar o que é essa técnica de trade gráfico largamente usada no mundo.
- O que é Price Action? Como funciona?
- A importância do preço no Price Action
- Linhas de tendências
- Níveis de Suporte e Resistência no Price Action
- Breakouts e Consolidação
- Candlestick
- Alguns padrões do Price Action
- Vale a pena usar Price Action
- Price Action x Nova Análise Técnica
- Conclusão
Fique conosco e não deixe de acompanhar nossos demais posts pra conhecer a Nova Análise Técnica, que é um passo além do Price Action Tradicional.
1. O QUE É PRICE ACTION? COMO FUNCIONA?
A base do Price Action, método de trade criado pelo médico estadunidense Al Brooks, está nos suportes e resistências.
Patamares em que a cotação de um ativo tem dificuldade de superar para cima (resistência) ou para baixo (suporte).
No gráfico, o praticante de Price Action tradicional marcará linhas horizontais para acompanhar se a cotação respeitará ou não esses patamares.
Suportes e resistências são como as lajes que existem entre os andares de um edifício. O que a cotação faz a seguir, quando encontra essas lajes, determina a compra ou a venda de um ativo.
Claro que é muito mais complexo que isso. Mas note que as reações do trader se baseiam nisso. Por isso, o nome é “price action”.
O Price Action dispensa o uso de indicadores e se baseia unicamente nessa informação. A mensagem que o preço dá. Só por aí, dá pra ver que é uma metodologia bem simples e minimalista: ponto para o Price Action. Nada de complicação.
Outro ponto interessante que os defensores do Price Action apontam é que, diferentemente de indicadores, não há atraso na geração da informação: a informação é imediata, enquanto que, para formar uma média de 21 períodos, eu preciso de 20 períodos que já estão no passado e um único atual.
Mas há controvérsias quanto ao imediatismo da informação quando analisarmos as diferenças entre Price Action e Nova Análise Técnica, mais adiante.
Outra base do Price Action são as linhas de tendência que, de grosso modo, se tratam de resistências e suportes inclinados, formados pelos fundos ascendentes (na tendência de alta) e pelos topos descendentes (na tendência de baixa).
A partir daí, dos suportes e resistências e das linhas de tendência de baixa e de alta derivam todas as outras figuras “desenhadas” pela cotação e usadas com esmero pelos praticantes do Price Action na tomada de decisão.
2. A IMPORTÂNCIA DO PREÇO NO PRICE ACTION
Como podemos ver, o valor do ativo é a coisa mais importante para o Price Action, sem importar os motivos que fizeram com que ele rompesse uma camada de difícil de atravessar e se esse rompimento tem consistência e será mantido a seguir, baseado nesses motivos.
O Price Action se baseia na manutenção ou na mudança de comportamento da cotação. Alguns vão preferir operar apostando na manutenção e outros na mudança. Outros, ainda, irão operar nas duas hipóteses desde que as informações dadas pelo Price Action confirmem esses comportamentos.
Tendência de alta
Segundo os conhecimentos gráficos mais básicos, topos e fundos ascendentes nos dão uma tendência de alta. Enquanto o preço estiver rompendo para cima o topo formado pelo swing (aquele ziguezague do gráfico) anterior sabemos que a tendência continua de alta. Ora, se a tendência continua de alta, eu estarei procurando compras.
Tendência de baixa
Do mesmo modo, se os topos e fundos são descendentes, isso nos dá uma tendência de baixa. Enquanto se consegue romper o fundo anterior, consideramos que continuamos em tendência de baixa e procuramos operações de venda.
3. LINHAS DE TENDÊNCIAS
Uma linha de tendência é formada pela ligação de topos ou fundos. Muito comumente, é formado um canal de tendência, em que a cotação transita entre duas linhas paralelas na direção da tendência.
Linha de tendência de alta no Price Action
Uma linha de tendência de alta é formada pela ligação dos fundos ascendentes, as partes mais baixas dos “ziguezagues” do preço.
Acredita-se que, quando essa linha é rompida para baixo é um forte sinal de que a tendência pode estar mudando ou pode-se estar entrando em uma consolidação. Consolidação é quando o preço “anda de lado” sem assumir tendência. Outro termo usado é “lateralizar”.
Linha de tendência de baixa no Price Action
Uma linha de tendência de baixa é formada pela ligação de topos descendentes. Topos seriam os “picos” dos “ziguezagues” formados pela movimentação dos preços no gráfico ao longo do tempo.
Se essa linha é rompida para cima, acredita-se que se trata de um forte sinal para compra, visto que o preço pode estar entrando novamente em tendência de alta. Outra possibilidade é que o preço entre em consolidação e lateralize.
4. NÍVEIS DE SUPORTE E RESISTÊNCIA NO PRICE ACTION
No Price Action, os suportes e resistências são considerados verdadeiras lajes, através das quais o preço tem enorme dificuldade de passar.
Imagine que o preço de uma ação está subindo. Quando chega a R$ 36, volta a cair pra R$ 34 depois de um tempo. Mais algum tempo se passa e, novamente, vai até R$ 36. E volta a cair. Isso pode acontecer duas, três, quatro, inúmeras vezes. Até o preço assumir uma tendência de queda definitivamente ou até romper a barreira dos R$ 36 e continuar e confirmar sua trajetória de alta.
No vídeo abaixo eu explico um segredo que te ajudará a identificar falsos rompimentos, seja de suporte ou resistência:
Há toda uma interpretação psicológica para isso e o mesmo vale na direção contrária: os suportes são pontos em que o preço em queda bate e, então, volta, sem conseguir descer mais.
Muitas vezes, quando o preço bate duas ou três vezes em uma resistência, é formado o que o trader praticante de Price Action chama de topo duplo ou topo triplo, um sinal de forte queda a seguir, fazendo com que ele procure operações na venda. O mesmo caso pra baixo.
5. BREAKOUTS E CONSOLIDAÇÃO
Para a Nova Análise Técnica, o que o Price Action chama de consolidação pode ter caráter de acumulação ou distribuição, dependendo do contexto e das causas por trás desse movimento, fases do ciclo de mercado que estudaremos em outro artigo.
Mas, para o Price Action, as consolidações, quando rompidas (breakout), costumam ser motivos de entrada em operações de compra ou venda. Do ponto de vista da Nova Análise Técnica, essa entrada deve ser analisada segundo outros fatores que não apenas o rompimento.
6. CANDLESTICK
Outra figura importante para o Price Action é o candle e o seu conjunto, o candlestick. Em uma única imagem é possível saber o valor de abertura, fechamento, máximo e mínimo de um ativo em determinado período.
Se é o gráfico de um minuto, cada candle representa o comportamento do preço em um minuto. Se é o gráfico diário, cada candle representa o comportamento da cotação em um dia.
Certos padrões de candle podem indicar que vai continuar em tendência ou que a tendência vai virar. Olhando com mais detalhe, se trata da aplicação do Price Action a uma amostragem de tempo menor, considerando que um candlestick significativo é formado por apenas dois, três ou até quatro candles.
Harami
Vou exemplificar o que é um padrão de candle harami utilizando o harami de alta, bastando inverter o raciocínio para entender o harami de baixa.
Em uma tendência de baixa, depois de um ou mais candles baixistas de corpo com tamanho razoável, surge um pequeno candle de alta (pode ser de baixa também) que fica na abrangência do candle anterior.
Harami, em japonês, significa grávida.
Assim, realmente, o harami parece uma grávida, sendo o primeiro candle a mãe e o segundo sua barriga.
Quando aparece em uma tendência de queda, o harami de alta indica a possibilidade de alta dos preços.
Ele dá a leitura de indecisão dos vendedores e, em sua hesitação, o movimento comprador pode tomar conta, com uma nova tendência de alta.
Se o harami acontecer acima ou próximo de uma linha de suporte, ganha especial significado. O preço vai bater ali e voltar a subir.
7. ALGUNS PADRÕES DO PRICE ACTION
Neste tópico, vamos apresentar alguns padrões que os adeptos do Price Action analisam em sua tomada de decisões. Note que, no final das contas, cada um deles é derivado de conceitos básicos como suportes, resistências e linhas de tendência, sendo o seu desenvolvimento em parâmetros mais sutis.
Martelo (hammer)
Esse candlestick para ser confirmado deve ser formado por pelo menos três candles.
O candle que dá o nome ao padrão é o central e, realmente parece um martelo.
Se, numa tendência de alta, um candle altista significativo é seguindo por esse martelo (sobretudo se for invertido) e, depois, por um candle significativo de baixa, pode ser o fim da tendência de subida de preços.
Mas por que isso?
Ora, o preço vinha subindo. No dia seguinte, abriu em alta, fez nova máxima que foi combatida pelos vendedores. Finalmente o preço de abertura (suporte importante do candle) é rompido para baixo e o candle fica de baixa (o preço de fechamento é inferior ao de abertura). No dia seguinte, o “rompimento” do “suporte interno” do candle é confirmado por novo candle de baixa. A conclusão é que o ativo pode estar assumindo nova tendência.
Estrela do amanhecer (morning star)
Uma morning star é composta de três candles e o candle que dá o nome ao padrão é o do meio.
Em tendência de queda, um candle de baixa é seguido por um candle de pequena amplitude (a estrela). Este é seguido por um candle de alta.
O candle do meio, obrigatoriamente deve ter um gap em relação aos que o ladeiam. Gap quer dizer que o preço trabalhou abaixo da mínima do dia anterior, deixando um “buraco” entre as duas faixas de preço. A abertura do terceiro candle também deve ter um gap em relação ao candle anterior.
O segundo candle representa a redução de entusiasmo da pressão vendedora e o terceiro candle confirma isso.
Do ponto de vista do Price Action, no segundo candle temos a demonstração da falta de força do mercado ao romper para baixo, mesmo com um gap, o suporte anterior. Finalmente, a falta de força é confirmada pelo terceiro candle.
Doji
Um doji sozinho não significa nada. Mas dependendo do contexto – alta ou baixa – e dos candles que o cercam, pode ter forte significado.
Uma morning star pode ter um doji como candle central. O doji é um candle sem corpo ou com corpo muito pequeno, significando que, naquele período o preço trabalhou em uma faixa muito estreita de preço. A tendência anterior não teve força alguma para dar continuidade a seus movimentos. Se seguido de um candle em sentido contrário, sua interpretação de reversão estaria confirmada.
Triangulo de alta
O Price Action observa também os triângulos “desenhados” pelo preço enquanto ele se movimenta no gráfico ao longo do tempo.
Temos triângulos ascendentes, descendentes, simétricos e expansivos. Cada um deles têm um comportamento diferente e vão gerar uma reação diferente no praticante de Price Action.
Um triângulo ascendente ocorre quando as máximas da cotação respeitam uma resistência, completamente horizontal, e os fundos da cotação, por sua vez, respeitam uma linha de alta.
Mas, mesmo numa tendência de alta, é possível encontrar triângulos descendentes: a cotação respeita um suporte e os topos respeitam uma linha de baixa.
Mesmo nesse segundo caso – em que as cotações parecem estar em baixa -, a leitura do Price Action é que, quando o preço se aproximar do vértice, ele deve assumir uma nova alta. O triângulo descendentes, no entanto, é menos confiável que o triângulo ascendente numa alta.
Num triângulo simétrico – em que a cotação trabalha entre uma linha de tendência de baixa (acima) e uma linha de tendência de alta (abaixo) – a medida que a cotação se aproxima do afunilamento dessas duas linhas, a probabilidade maior é que a tendência anterior se confirme e que a cotação rompa o padrão na mesma direção. Se a tendência era de alta antes do triângulo, será de alta a seguir.
Rompimentos (breakouts)
Nos momentos em que o preço lateraliza, conhecidos no Price Action como consolidações, o trader ficará atento para o instante em que essa faixa constante de oscilação é rompida para cima ou para baixo.
Se o retângulo formado pela lateralização do preço é rompido para cima, é sinal de uma potencial alta e o praticante de Price Action entra em uma operação de compra. Se é rompido para baixo, o potencial é baixista e trata-se de um sinal para se entrar na venda.
Ombro-cabeça-ombro
Antes dele temos o famoso Ombro-Cabeça-Ombro, formado por um topo, um topo mais alto e um terceiro topo no nível do primeiro. Se temos um rompimento da linha inferior do ombro (formado pelos fundos mais externos), esse é um sinal de baixa.
O raciocínio do Ombro-Cabeça-Ombro-Invertido é similar, mas o padrão está de ponta cabeça e o raciocínio aponta para a alta.
Morcego
O morcego é mais complexo e envolve outro conceito usado pelo desenvolvimento das técnicas do Price Action: as retrações de Fibonacci. Não vou explicar aqui os números de Fibonacci, mas posso dizer que as proporções por eles geradas são encontradas com frequência na natureza e nos mercados.
O padrão gráfico Morcego está na categoria de “padrões harmônicos” e foi observado pela primeira vez por Scott Carney em 2001. Cada um dos cinco pontos de sua estrutura segue, de fato, as proporções de Fibonacci.
Os cinco pontos são XABCD. As linhas formadas por esses pontos são:
- (XA) – o movimento direcionado, em que o ponto (X) é o início da tendência e ponto (А) é o seu pico.
- (AB) – a correção da tendência, em que o ponto (B) marca o extremo da correção
- (BC) – a linha de continuação da tendência com o pico em ponto (С)
- (CD) – o movimento final contrário ao segmento de reta (AB)
Os níveis de cada um dos pontos obedece com maior ou menor perfeição as retrações de Fibonacci.
Para você ver como podemos complicar a análise do Price Action.
8. VALE A PENA USAR PRICE ACTION
Por décadas, o Price Action vem sendo usado com sucesso por diversos traders.
Porém cabe perguntar quantos são esses traders diante da multidão que hoje opera nas bolsas mundiais.
O número de pessoas que entra na bolsa e desiste em menos de seis meses é marcante: estima-se que 90%.
Além disso, os novos paradigmas da bolsa de valores, com o domínio de pouco mais de 50 empresas com capital monstruoso e uso de poderosíssimos algoritmos quantitativos e robôs de trade de alta frequência que se aproveitam do comportamento dos traders menores diante desses padrões talvez peça uma nova abordagem.
9. PRICE ACTION X NOVA ANÁLISE TÉCNICA
Nas palavras do trader e educador Luiz Sato, as diferenças entre Price Action e a Nova Análise Técnica:
O Price Action faz análise em cima do preço. O preço é o efeito. No mercado, a gente tem duas informações. O preço, que é o efeito, é uma delas. Mas existe uma causa. A causa, por sua vez se divide em diversos fatores: agressão, o volume o nível de aposta dos grandes players.
No Price Action, todo o mundo está olhando a mensagem, que é o preço. Na Nova Análise Técnica, trazida ao Brasil pela metodologia do Raio X Preditivo, a gente foca no mensageiro, que é o volume de negócios, o volume de apostas que estão entrando e saindo do mercado em tempo real.
Então, reagir a esses níveis de aposta sabendo que tem um big player se posicionando, naquele instante em que você está olhando o mercado é muito importante. Isso, de um modo geral, não é focado por grande parte dos analistas mundiais. Eles estão preocupados somente em operar a mensagem, que é o preço.
Existem vantagens competitivas na Nova Análise Técnica. Quando você tem uma figura – que pode ser um triângulo, um ombro-cabeça-ombro, um fundo duplo, um fundo triplo, observamos que um comportamento esperado nessas figuras às vezes é confirmado e às vezes não.
Quantas vezes você vê um ombro-cabeça-ombro que confirma o comportamento ensinado pelo Price Action? Muito bem. E as milhares de vezes em que isso não aconteceu, em que os padrões não foram confirmados? O que tem de diferença nesses últimos se o preço fez exatamente o mesmo desenho? Por que uns padrões “dão certo” e outros não “dão certo”?
Porque cada figura dessas tem um nível de aposta único. O nível de aposta de um ombro-cabeça-ombro que aconteceu ontem não será o mesmo de um ombro-cabeça ombro que aconteceu hoje. Por isso, uns “dão certo” e outros não.
Os participantes não são iguais. Para os resultados serem iguais, teria que ter exatamente os mesmos participantes da bolsa nas duas situações e todos eles fazendo a mesma coisa que fizeram no dia anterior. Com centenas de milhares de participantes todos os dias, na bolsa de valores, todo o mundo sabe que é impossível. Cada momento é único no mercado, como a água de um rio: se a água do rio passou, nunca mais ela volta.
O foco da Nova Análise Técnica é, então, no comportamento dos grandes players institucionais que tem o poder para deslocar os preços: não só poder financeiro, mas de recursos humanos e tecnológico.
Enquanto isso, no Price Action, estão todos apenas preocupados com o sobe e desce dos preços sem se preocupar com que forças fizeram o mercado cair e que forças fizeram o mercado subir. Eles não conseguem entender realmente por que o preço reverteu.
Na Nova Análise Técnica, nós vamos na nascente do movimento: antes de o preço inverter e girar, a gente já está vendo onde está nascendo o giro do mercado, diferentemente do Price Action, que só vê o movimento depois que ele já aconteceu.
O Price Action acredita na repetição dos padrões, focando o preço. Na Nova Análise Técnica, nós focamos no fluxo. Se temos um ombro-cabeça-ombro e vemos o rompimento para baixo da linha do pescoço, o Price Action nos diz que vai replicar a altura da linha do pescoço para baixo. Digamos que isso dê certo. Aí, em outra ocasião, temos o mesmo ombro-cabeça-ombro, com o mesmo rompimento. Aí rompe, cai só metade do movimento esperado e volta a subir, rompendo até o topo do ombro-cabeça-ombro.
Por que um deu certo e o outro não?
No Price Action, acredita-se na repetição do movimento. Na Nova Análise Técnica, a gente não acredita nisso. A gente acredita no fluxo e o mercado só vai cair se entrar fluxo vendedor. Se entrar algum player colocando compras ele vai absorver e absorvendo, vai impedir que o preço caia.
O Price Action é você dirigir olhando o retrovisor do carro em vez de olhar pra frente, achando que, assim, dá para prever o que está mais adiante. Não está vendo nada. Está olhando para trás. Está vendo o que passou. E preço passado não define preço futuro.
A Nova Análise Técnica é como se você tivesse um farol de milha, vendo 60 ou 80 metros à frente do carro. A gente não consegue ver o que tem a um quilômetro, o que há lá na frente. Mas isso é suficiente para conseguir chegar a determinada cidade. Eu saio de Londrina e consigo chegar a Presidente Prudente com segurança.
10. CONCLUSÃO
Certamente é preciso reconhecer o papel importante do Price Action na formação de muitos traders e até para seus bons resultados, constituindo importante base de conhecimentos para o aprendizado na bolsa de valores.
No entanto, precisamos estar atentos aos verdadeiros significados dos padrões observados por esse método que, sem um contexto mais profundo, se voltam contra a mais básica afirmação dos mercados: preços passados não refletem preços futuros. Aquilo que aconteceu no passado, não necessariamente acontecerá no futuro. Resultados passados não significam resultados futuros.
Por outro lado, a Nova Análise Técnica se volta para as razões, os motivos, as causas desses padrões observados com tanto esmero pelo Price Action, antecipando-os e dando a leitura muito mais precisa e com maior potencial de acerto do que o jeito antigo de ler o mercado.
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Excelente artigo, esclarecedor e preciso, sem enrolação.
Quando estava lendo as palavras do Sato sobre as diferenças entre Price Action e a Nova Análise Técnica, estava ouvindo a voz dele na minha cabeça hahaha
#TMJ RaioX
muito bem explicado ,pois até um leigo como eu consegui entender,paraabéns…
Excelente explicação.Alguem com um pouco de conhecimento das figuras mencionadas, lendo o artigo faz uma boa viagem mental. Muito bom. Obrigado por compartilhar seu conhecimento. Sucesso a vocês.