As ações da Estrela (ESTR4) são um bom investimento? Saiba como estão fazendo os big players e invista junto com os titãs da bolsa
A fabricante de brinquedos Estrela fez questão de demonstrar a seus acionistas sua posição diante das incertezas desencadeadas pela pandemia de coronavírus recentemente, afirmando que o cenário de valorização do dólar favorece a produção nacional de brinquedos. Dólar alto desfavorece a importação de brinquedos chineses. As ações da Estrela (ESTR4), nesse contexto, seriam interessantes como investimento?
As ações da Estrela (ESTR4), por isso, são o tema deste artigo em que falaremos desses ativos, da empresa, mas principalmente de uma metodologia que vai auxiliar na sua tomada de decisões através da análise do volume de ativos negociados. O volume denuncia a atuação dos grandes players e, através de suas posições, encontramos regiões de preço em que é vantajoso se posicionar, seja para investimento, seja para compra e venda em trades mais rápidos.
- O que é a Estrela e suas ações (ESTR4)?
- Ações da Estrela (ESTR4): onde e como são negociadas?
- Quais são os principais possuidores de ações da Estrela (ESTR4)?
- Formas de ganhar em ações da Estrela (ESTR4)?
- Investir ou não investir em ações da Estrela (ESTR4): qual decisão tomar?
- Ficou interessado em ações da Estrela (ESTR4)? Veja os custos e taxas pra começar
- Como o Raio X Preditivo pode ajudar
- Como faço pra comprar ações da Estrela (ESTR4)?
- Conclusão
A Estrela tem o seguinte número de ações:
Ordinárias | 269.450 |
Preferenciais | 538.900 |
Total | 808.350 |
E, destas, estão em livre negociação nas seguintes proporções:
Quantidade de Ações Ordinárias | 14.213 | 5,27 |
Quantidade de Ações Preferenciais | 538.886 | 100,00 |
Total de Ações | 553.099 | 68,42 |
1. O QUE É A ESTRELA E SUAS AÇÕES (ESTR4)?
Segundo a página das ações da Estrela (ESTR4) no site da B3, a bolsa de valores brasileira, a companhia se enquadra nas seguintes categorias:
- Atividade Principal: Fabricação de Brinquedos E Jogos Recreativos
- Classificação Setorial: Consumo Cíclico / Viagens e Lazer / Brinquedos e Jogos
A Estrela fabrica brinquedos e tem 80 anos de história. Tem três fábricas: Itapira (SP), Ribeirópolis e Três Pontas (MG). Atualmente um escritório central na cidade de São Paulo funciona como a sede da inteligência da companhia, que mantém suas áreas de Presidência, Marketing, E-commerce, Vendas, Novos Negócios e CEAC (Centro Estrela de Atendimento ao Consumidor).
A empresa foi fundada em 1937 como uma fábrica de bonecas de pano e carrinhos de madeira. Cresceu na década de 40, época em que lançou jogos como Banco Imobiliário e Pega Varetas. Em 1944 passou a negociar ações na bolsa.
Na década de 1950, incluiu materiais plásticos na linha de produção e passou a lançar bonecas. A década de 60 foi marcada pela ampliação da lista de produtos com brinquedos elétricos, como o Autorama. Nos anos setentas trouxe as figuras de ação, sendo o mais conhecido o boneco Falcon. Em 1980 o Genius foi o brinquedo que inovou trazendo os recursos eletrônicos ao portfólio.
Nas últimas décadas, vem repaginando clássicos e adquirindo marcas estrangeiras. Para isso, entre os jogos, foram escolhidos para representar a Coleção 80 anos o Banco Imobiliário e o Jogo da Vida. Na linha de bonecas, para marcar os 80 anos da Estrela, foram selecionadas a coleção Moranguinho, Fofolete, Susi, celebrando os 50 anos de seu lançamento, a Gui Gui e a Tippy. Com o maior crescimento interno na empresa nos últimos anos, 38% somente em 2016, a linha de massas de modelar, Super Massa, tem como astro o Dr. Opera Tudo. Também fazem parte das justas homenagens à empresa, que é sinônimo de brinquedo no Brasil desde 1937, Genius, Ferrorama nas versões XP100 e XP300, o relançado Falcon e o carrinho Pé na Tábua.
A cada dez jogos mais vendidos no Brasil, oito são da Estrela. Conta com licenças de peso como MasterChef e Porta dos Fundos lançados em 2016. Entrou no segmento de apps com clássicos de tabuleiro como Detetive, Banco Imobiliário e Jogo da Vida.
Após encerrar as atividades no Parque Novo Mundo, na capital paulistana, a Estrela iniciou operação fabril no interior de São Paulo, na cidade de Itapira, em julho de 2003. Essa unidade está instalada numa área de 130 mil m2, distribuídos entre linha de montagem, depósito, administração e área de apoio (refeitório e vestiários). Esta fábrica faz parte do projeto de expansão da companhia que também possui outras duas unidades: em Ribeirópolis – SE e em Três Pontas – MG. A fábrica de Três Pontas, no sul de Minas Gerais, conta com 13,2 mil m2, em um terreno de 100 mil m2, e dobrou a oferta de empregos na região. A inauguração da segunda maior unidade da companhia no país ocorreu em janeiro de 2004. A implantação desta unidade completa a estratégia da empresa que, com maior competitividade, objetiva crescer em exportações e ampliar as vendas ao mercado interno. “A Estrela continua firme nos seus propósitos de valorizar o mercado nacional, gerando empregos e contribuindo para o real desenvolvimento do Brasil”, informa Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela.
O que são as ações da Estrela (ESTR4)?
Quando uma empresa decide aproveitar uma oportunidade de crescimento, muitas vezes todos os seus recursos já estão comprometidos nas atuais operações. Como fazer? Empréstimo? Empréstimos podem corroer os ganhos futuros, através dos juros.
Outra opção mais vantajosa pode ser a abertura de capital. A empresa vai vender ações na bolsa de valores. As ações são a menor fração do capital da companhia, metaforicamente um pedaço dela.
Ao comprar ações, estou comprando alguns desses “pedaços”, me tornando dono de uma parte da companhia. E, ao vender as ações, a empresa arrecada os valores de que precisa para investir em seu crescimento.
Se o investimento der certo, a empresa cresce, valoriza e os “pedaços” dela, proporcionalmente, acompanham. Quem comprou ações verá seu patrimônio inflar.
E, além disso, se a empresa crescer é de se esperar que ela lucre mais. Ou seja: terá de dividir parte desses lucros com os investidores em forma de dividendos.
O mercado também tem os participantes que não estão interessados em ser sócios ou investidores. Os traders querem somente comprar ações para vender a seguir, tão logo se atinja um certo lucro. Eles podem inclusive alugar ações, vender e recomprar quando estiverem mais baratas, ganhando na queda.
História da Estrela (ESTR4)
- 1937 – Fundação de uma modesta fábrica de bonecas de pano e carrinhos de madeira e, em poucos anos, acompanhando a evolução industrial do País, a Estrela passou a ser uma indústria automatizada e a produzir brinquedos também de plásticos, metal e outros materiais. Entre as preciosidades desta mostra está uma das primeiras bonecas produzidas no Brasil, medindo 38 cm, com corpo de tecido e rosto de massa.
- Anos 40 – Na década de 40, a Estrela apresentou o primeiro brinquedo de madeira com movimento e som fabricado no país: o cachorro Mimoso. Logo depois, vieram outros lançamentos importantes como o jogo Pega Varetas, cuja primeira versão data do século V a.C., e o Banco Imobiliário (lançado em 1944), o mais vendido jogo de tabuleiro do mundo. É também dessa década o lançamento de massa de modelar, a Super Massa, em 1946.
- Anos 50 – As bonecas, que até o final dos anos 40 eram feitas em uma massa inquebrável, passaram a ser de plástico a partir da Pupi, uma boneca articulada de poliestireno que “dormia e chorava”, lançada no início da década de 50. Pupi também ganhou uma versão Palhaço (1954), no mesmo material. Bebê que anda (1951) é um dos primeiros bebês com movimento. Lançado na década de 50, ele andava graças a uma engrenagem de ferro. Na mesma década foi lançada a Bonequinha Plastrela, feita de plastiflex, uma revolucionária matéria-prima da época. Vieram em seguida, os bichinhos e bonecos de vinil, mais flexíveis, indicados para crianças pequenas e bebês. Em 1952, começaram a ser fabricadas maquininhas de costura que costuravam de verdade. Os produtos de madeira mantinham destaque especial.
- Anos 60 – Nos anos 60 a linha foi ampliada com muitos lançamentos inovadores, como a primeira boneca mecânica, a Gui Gui, que ”ria” quando a criança abria e fechava seus braços. Também é dessa época a Beijoca, que “soltava beijinhos” e a Amiguinha, que ficou famosa por seu tamanho – 90 centímetros. A Estrela introduziu, nesse período, outro conceito de grande sucesso, o de fashion doll, com a Susi (1966), uma boneca querida por diversas gerações até 1985, quando deixou de ser fabricada, com mais de 20 milhões de unidades distribuídas. A Susi voltou a ser lançada em 1997. Algumas bonecas tematizadas foram lançadas nessa década, tais como: Mary Poppins (1966), baseada na personagem principal do admirável filme de Walt Disney de mesmo nome; Miss Universo 63, uma homenagem à gaúcha Ieda Vargas, considerada a eterna miss universo brasileira; Wandeka, inspirada na cantora Wanderléia, a rainha da Jovem-Guarda e, Tremendão que fazia alusão ao cantor Erasmo Carlos. Outra inovação da Estrela foi o lançamento de brinquedos elétricos, dentre os quais é marcante o Autorama, com pistas de corrida e carrinhos para desafiar a habilidade das crianças. Este lançamento foi tão importante que virou sinônimo de categoria. Hoje está em quase todos os dicionários brasileiros.
- Anos 70 – Em 1970 chegou ao mercado a Flexy, uma mini boneca totalmente flexível. Pepa (1979), foi outra boneca que representou um personagem de TV (Pepita Rodrigues, em novela da Rede Globo). São dessa década muitos lançamentos de produtos queridos até hoje, tais como: Bebê Gatinhando(1970), Feijãozinho (1973), Mãezinha (1971), Amelinha (1972), Lalá e Lulu (1973), Emília (1978), Bailarina (1979), jogo Du-Elo (1974), Buggy Biruta (1972), entre outros. Houve também o ratinho Topo Gigio, um estrondoso sucesso de 1970, personagem de um programa de TV na época. A Estrela passou a trabalhar o conceito de figuras de ação nessa década. Essa categoria teve seu marco com o lançamento do Falcon (1977), o primeiro boneco da marca. No final dos anos 70, surgiram os carros rádio-controlados, que teve o Stratus (1979) como o primeiro modelo lançado.
- Anos 80 – Em 1980, mais um marco do ineditismo: a chegada do Genius, na época conhecido como “o computador que fala”, primeiro brinquedo eletrônico do país. Seguido de Merlin (1981), outro jogo eletrônico que marcou época. Ar-Tur foi um robô que virou mania no início da década de 80, com automovimento. Pégasus, de 1984, foi outro carro rádio-controlado de sucesso, seguido de Colossus (1985). Veículos interessantes também lançados na década de 80 foram: Dragão (1987), Trombada(1987), Anfíbius (1989) e Elastikon (1988). O retorno de Pedrita e Bam-Bam (1981) à coleção também marcou época (produtos originalmente lançados na década de 60). Em 1985, uma das coqueluches entre as crianças foi a boneca Quem me Quer. Snif (1986) também foi um destaque da década, era um cachorro em pelúcia. Além dele, outros destaques da época são: cãozinho Abelhudo (1982), o Snoopy (1984), a Ambulância do Dr Saratudo (1985), o jogo Boca Rica (1984) e o Elo Maluco(1981). A eletrônica foi incorporada às bonecas, que passaram a ser mais interativas em modelos como a Amore a primeira boneca eletrônica do Brasil; a Bate Palminha, que cantava quando suas mãos se juntavam, e a Tchibum (1986), boneca que “nadava” de verdade. Em 1985, os cabelos de boneca passaram a ser feitos de nylon. A partir das séries televisivas de sucesso entre a criançada, mais figuras de ação foram lançadas, entre elas Comandos em Ação (1985) e outros personagens da TV como He Man (1986).
- Anos 90 – Entre as inovações que causaram maior frisson está a Sapequinha (1996), primeira boneca a utilizar fibra óptica e foto sensor para “perceber” a aproximação da criança. Dancin’Flor (1990) é uma flor dançante, que fez muito sucesso. A Patrulha do Focinho, de 91, uma turma de cachorrinhos que mudavam de feições foi outro marco da Estrela. As bonecas Bolachinha (1992) e Zic Zac (1991) foram também produtos consagrados pelo mercado consumidor, bem como o jogo Batata Quente (1990). Outros produtos com enorme aceitação na época foram o jogo Galinha Maluca (1991) e o robô Trony (1994).
- Anos 2000 – Jogos renovados, repaginação de clássicos como o Banco Imobiliário, entre outras novidades, fizeram parte dessa década. Muitas gerações já ficaram milionárias ou foram à falência em um tabuleiro de Banco Imobiliário, se casaram e tiveram filhos no Jogo da Vida, e descobriram que o assassino era o Coronel Mostarda, no Detetive. A Estrela marcou presença nos primeiros anos das crianças com brinquedos educativos e ao mesmo tempo cheios de diversão para esse público. Fazem parte da história o Coelho Jojô, Laptop Educativo e Andador do Bebê. De carona nos Jogos Olímpicos de 2008, a Estrela provou também ser high tech, com o simulador de provas olímpicas e o palm top da Susi, entre outros brinquedos.
- 2010 – A iniciativa da Estrela de atrelar os elementos eletrônicos a seus tradicionais jogos de tabuleiro começou em 2010, quando o Super Banco Imobiliário, lançado em meados de julho, fez tanto sucesso que vendeu quatro vezes mais do que a previsão inicial da empresa. Na brincadeira, as notinhas de papel do jogo, que está no mercado brasileiro desde 1944, foram substituídas por cartões de crédito e débito e uma maquininha que realiza as operações financeiras das partidas. Brinquedos colecionáveis da Estrela também fazem sucesso. De quebra-cabeças a releituras de personagens da Disney, a Estrela tem investido em produtos voltados tanto para o entretenimento quanto para o hobby de colecionar. Para crianças e adultos fãs de cultura pop e arte foi criada a linha de quebra-cabeças com obras assinadas por Tarsila do Amaral, Gustavo Rosa e Cândido Portinari, além de imagens icônicas dos Beatles. Cada tema tem três quebra-cabeças diferentes, em 500, 1000 e 2000 peças. Na categoria de pelúcias, Michelangelo, Donatello, Leonardo e Raphael compõem a coleção Tartarugas Ninja. Os irmãos mutantes medem 45 cm e têm caixas individuais. Também em pelúcia, os Tsum Tsum, releituras de personagens da Disney, foram feitos para empilhar e colecionar. Fofos, cilíndricos e engraçados, o Mickey, Minnie, Pato Donald, Alice, Pooh – e diversos outros personagens de desenhos clássicos e filmes – chegam em 11 cm e 30 cm.
2. AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4): ONDE E COMO SÃO NEGOCIADAS?
As ações da Estrela são negociadas em ambiente totalmente eletrônico na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
Nesse mercado, qualquer um pode negociar ações, desde que tenha recursos pra tanto, um computador conectado à internet e uma conta em uma corretora de valores.
Atenção, pois a maior parte dos negócios nesse ambiente é feito por investidores institucionais com grande capacidade de tirar dinheiro do mercado.
Por isso, vale a pena conhecer metodologias que nos digam, através do volume de negócios, como estes participantes estão agindo.
Falamos de forma mais detalhada sobre isso no tópico sobre o Raio X Preditivo, abaixo.
Quais ações a Estrela possui?
A Estrela possui ações ordinárias e preferenciais. As ações ordinárias são ações que dão o direito a seus possuidores de votar nas assembleias da companhia. As ações ordinárias também têm direito a receber proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e outros), mas ações preferenciais – que a empresa também possui – têm prioridade para esses pagamentos.
Qual são os códigos das ações da Estrela
Se vamos negociar na bolsa de valores, devemos conhecer os códigos de negociação das ações. As ações são conhecidas por esses códigos de negociação, também chamados de ticker. O ticker de cada ação é formado por quatro letras e um numeral de um ou dois dígitos.
O ticker das ações da Estrela é ESTR4 (preferenciais) e ESTR3 (ordinárias).
As ações da Estrela (ESTR4) são negociadas em quais bolsas?
Por enquanto, as ações da Estrela (ESTR4) são negociadas apenas na bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
Nada impede que, no futuro, elas sejam negociadas em outras bolsas do mundo, geralmente através de programas de recibo.
O mais conhecido são as ADRs (American Depositary Receipts). Esses recibos podem ser negociados no estrangeiro como se fossem ações, tendo a mesma praticidade. Porém, cada recibo corresponde a uma ação. As ações correspondentes ficam em custódia de uma companhia financeira, geralmente um banco.
3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS POSSUIDORES DE AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)?
Segundo o site da B3, atualmente, os principais acionistas das ações da Estrela (ESTR4) são os seguintes:
Nome | %ON | %PN | %Total |
Carlos Antonio Tilkian | 94,72 | 0,00 | 31,58 |
José Oswaldo Morales Júnior | 3,04 | 15,77 | 11,53 |
Zenith Asset Management Ltda | 0,00 | 60,53 | 40,36 |
Outros | 2,23 | 23,69 | 16,54 |
Ações Tesouraria | 0,00 | 0,00 | 0,00 |
Total | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
4. FORMAS DE GANHAR COM AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)?
Existem diversas maneiras de se ganhar dinheiro com as ações da Estrela (ESTR4), dentre as quais podemos listar duas neste momento.
Trade com ações da Estrela (ESTR4)
Fazer trade significa, na linguagem popular, especular.
Isto é: compramos quando achamos que o preço vai subir e vendemos, mesmo sem ter a ação, quando achamos que vai cair. A operação de compra é encerrada com uma venda. A operação de venda é encerrada com uma compra.
A ideia é realizar lucro no médio, no curto ou no curtíssimo prazo, sem compromisso em ficar com ações ou acumulá-las.
Também podemos ter prejuízo. Se compramos e as ações começarem a cair de preço, em algum momento teremos que decidir vender para que o prejuízo não aumente.
A operação de venda é possível através do aluguel de ações, intermediado pela corretora de valores. Primeiro, alugamos as ações de um investidor, então as vendemos e, finalmente, as compramos de volta quando estiverem mais baratas. Se o preço subir, em algum momento teremos que encerrar a operação de qualquer maneira, ou o prejuízo ficará ainda maior. Esse tipo de operação é chamado de venda a descoberto.
O trade também pode ser classificado de acordo com sua duração:
- Day trade: operações que começam e se encerram no mesmo dia.
- Swing trade: operações que começam e se encerram em poucos dias.
- Position trade: operações que começam e se encerram em poucas semanas.
Ganhar dividendos com ações da Estrela (ESTR4)
O investidor, por outro lado, tem outra visão. Ele escolhe boas empresas e, a partir daí, passa a comprar ações sempre que for possível, sem se importar se o preço está subindo ou caindo. Inclusive, se o preço cai, ele vê isso como uma oportunidade de comprar ações supostamente “baratas”.
Ele vai acumular ações como uma forma de patrimônio.
Além disso, além de acumular ações, ele pode visar receber dividendos, que são parte do lucro da companhia dividido entre ações.
Quanto mais ações eu tenho, mais dividendos recebo. O investidor pode usar os dividendos para comprar mais ações. Essas novas ações gerarão, mais tarde, mais dividendos e ele poderá comprar ainda mais ações.
Para isso, ele deve escolher ações que paguem dividendos regularmente, sem falhas, a cada exercício, geralmente trimestrais. Além disso, o valor dos dividendos frente ao preço da ação tem que valer a pena (para saber isso, olhamos um indicador chamado dividend yield).
5. INVESTIR OU NÃO INVESTIR EM AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4): QUAL DECISÃO TOMAR?
De um modo geral, nossa postura é encarar a bolsa com um caráter especulativo, sobretudo considerando a atuação dos investidores institucionais que se aproveitam da liquidez dada pelos investidores e traders mais fracos: vendendo ações caras nos momentos de euforia da bolsa e comprando ações baratas nos momentos de desespero, quando a bolsa está em queda e todos estão pessimistas.
Assim, recomendamos o uso de uma metodologia que analise o volume de negócios que acontecem em determinado ativo, para detectar a ação desses participantes de maior porte que, através do volume que conseguem manipular, em determinados momentos assumem o controle do preço.
Estendemos essa recomendação para ações da Estrela (ESTR4) e para qualquer ação da bolsa de valores: baseando-nos nesses parâmetros, todas elas nos fornecem pistas importantíssimas de oportunidades de compra e venda diversas vezes por semana e por dia.
Veremos a seguir um método que nos ajuda a ter essa leitura.
6. FICOU INTERESSADO EM AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)? VEJA OS CUSTOS E TAXAS PARA COMEÇAR
- Taxa de corretagem: cobrada pelas corretoras pelo serviço de execução das ordens de compra e de venda. Varia de acordo com a corretora e costuma ter a ver com o tamanho da ordem ou seu valor financeiro
- Taxa de custódia: as corretoras estão deixando de usar esta taxa que corresponde ao serviço de manter as ações que você decide manter por algum tempo em sua conta
- Taxas da bolsa: os emolumentos ou taxas da bolsa de valores podem chegar a 0,03% ou pouco mais que isso do valor financeiro de cada ordem emitida, de compra ou venda
- ISS: o Imposto Sobre Serviços é equivalente a 5% do valor da taxa de corretagem
- Imposto de renda: incide sobre o lucro. Para day trade, a alíquota é de 20%. Para operações com mais de um dia a alíquota é de 15%. No day trade, podemos descontar meses com prejuízo do atual com lucro, fazendo um abatimento sobre o valor sobre o qual incidirá a alíquota de 20%. Nas operações com mais de um dia, nos meses em que houver vendas inferiores a R$ 20 mil, há isenção, mesmo que exista lucro
- A B3 começou a cobrar 0,12% sobre os dividendos recebidos por carteiras de ações cujo valor seja igual ou superior a R$ 20 mil.
7. COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)?
O Raio X Preditivo é uma metodologia que usa o volume para tomada de decisões em contraposição a outras metodologias que usam o preço como parâmetro para critério de entrada em suas operações.
Para o Raio X Preditivo, o volume é o principal fator a ser considerado no momento de tomarmos nossas decisões de compra e venda, pois ele é combustível dos movimentos de preço.
Sendo a causa dos movimentos de preço, o preço passa a ser considerado mero efeito. Interpretando e tomando decisões baseados no volume, nos adiantamos aos efeitos mais prováveis.
Como boa parte do volume do mercado é de responsabilidade dos grandes players institucionais, podemos concluir também que o Raio X Preditivo é o estudo da atuação desses participantes com mais recursos para dominar o mercado.
Assim, o trader coloca esses participantes como aliados, não indo contra as forças que controlam os preços em determinados momentos.
Também podemos dizer que o Raio X Preditivo é a metodologia que ajuda o trader a encontrar zonas saudáveis de posicionamento, em que o objetivo não é “adivinhar” o que o preço vai fazer (pois isso não é possível) e sim dar entrada em operações que, quando certas, dão um lucro considerável e, quando erradas, dão um prejuízo mínimo.
8. COMO FAÇO PARA COMPRAR AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)?
Nunca enfatizarei suficientemente a importância de se fazer um curso sobre bolsa de valores e trade antes de comprar ações da Estrela (ESTR4) ou qualquer outra ação do mercado.
Sem isso, o trader iniciante não saberá nem o que aconteceu quando perceber que sua conta foi dilacerada por operações equivocadas.
Somente depois de ter se matriculado em um curso de qualidade (recomendamos o Raio X Preditivo pelos motivos que lemos no tópico anterior), abra uma conta em uma corretora. É grátis, não precisa de saldo mínimo, não tem taxa de manutenção.
Além disso, tem outra ferramenta gratuita que você poderá usar antes de operar de verdade: a conta demo. Na conta demo, através de uma plataforma gráfica de negociação (também grátis) você poderá comprar e vender ativos sem arriscar dinheiro de verdade.
Não é o mesmo que operar na conta de verdade, mas também é real que, se você não tiver sucesso nela, não será na conta de verdade que terá. Portanto, treine, treine e treine na conta demo até se sentir seguro.
Quando se sentir seguro, transfira o dinheiro necessário para a conta da corretora e comece a operar, de início com valores pequenos e vá aumentando à medida que ganha confiança.
9. CONCLUSÃO SOBRE AS AÇÕES DA ESTRELA (ESTR4)
A Estrela é certamente uma companhia que traz boas lembranças a muitos de nós. Mas sua atual situação e sua memória afetiva não deve nos influenciar nem positiva nem negativamente. Nossas decisões na bolsa devem ser baseadas no comportamento dos big players que comandam o preço dos ativos através da demanda e da oferta e, para analisar esse comportamento, devemos saber ler o volume de negócios que denuncia sua atuação. Para isso, devemos usar uma metodologia especializada em volume, como é o caso do Raio X Preditivo.