Não há como negar que a tecnologia facilitou muito a vida do investidor brasileiro! Por isso, reunimos cinco motivos pelos quais a tecnologia é incrível.
Está acostumado com a tecnologia?
As cenas de operadores no “pit” da Bolsa de Valores de São Paulo (antiga Bovespa) cada vez mais parecem ter vindo de outra era. Era aquela gritaria.
– Vendo!
– Compro!
– Galo!
– Um kilo!
Sem falar na comunicação por gestos, as boletas e os registros de negociação tudo em papel, o empurra-empurra, os blefes dados na cara uns dos outros, um operador comprando peitando todos ao mesmo tempo, comprando de todos quanto todo o mundo estava vendendo…
Tudo isso, hoje, não passa de mera nostalgia de um tempo que, para bem ou para mal, não voltará mais.
Todas as negociações na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), como a antiga Bovespa se chama hoje depois da união com a Bolsa de Mercadorias e Futuros e com a Cetip, acontecem eletronicamente, através da Plataforma Unificada Multiativos (PUMA).
Nos mercados estrangeiros é a mesma coisa… não imagino que ainda haja uma bolsa de valores importante em qualquer país em que as negociações ainda se deem no grito.
A PUMA nos trouxe velocidade, confiabilidade, segurança e, sobretudo, acessibilidade.
Vejamos, então, cinco coisas que mudaram na vida dos investidores a partir da chegada das negociações eletrônicas…
Claro, o que as trouxe foi um conjunto de fatores: internet, digitalização da bolsa, acesso relativamente barato a computadores, os celulares (sim, é possível negociar usando apenas um celular)…
Então, vamos a elas:
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Facilidade de abrir uma conta na bolsa de valores
Até meados da década de 2000, era comum encontrar pessoas que achavam que comprar ações era coisa de gente rica.
Também… pudera.
Algumas corretoras exigiam que seus clientes tivessem um valor mínimo para começar a investir.
Tanto que era comum existirem clubes de investimento. Grupos de amigos e parentes juntavam seus tostões para, juntos, fazer frente aos valores que eram necessários para começar em investimentos mais sofisticados, como as ações…
Fundos de investimentos em ações eram para poucos.
Hoje, as corretoras de valores estão cada vez mais interessadas em investidores não se importando com quanto eles estão começando.
Não é preciso nem ter um saldo mínimo para abrir uma conta.
“Naquele tempo” dos anos 2000 e antes deles, você precisava ir até a corretora, levar documentos, assinar papéis e, vamos convir, até o termo “corretora de valores” era meio intimidador… aposto que tinha gente que pensava: “Puxa vida, nem tenho um terno para aparecer num lugar desses…”
O fato é que agora, tudo do que você precisa é um celular, internet e baixar o aplicativo da corretora. Preenche o cadastro, responde o questionário de risco e se for preciso (nem sempre isso é pedido), você fotografa alguns documentos e envia pelo próprio aplicativo… questão de uma hora e sua conta está aberta.
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Depósito dos valores para investir
Antes também havia uma certa burocracia para depositar os valores para operar.
Hoje você usa o próprio aplicativo de seu banco para fazer a transferência – geralmente um TED – e, em questão de dez minutos, às vezes mais, às vezes menos, seu dinheiro já está disponível. Pode ser qualquer valor. Seja ele R$ 10 ou R$ 100.000.
E a tendência é que, agora, fique ainda mais fácil com o surgimento do PIX, que vai facilitar as transferências de modo generalizado.
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Plataformas de negociação acessíveis
Eu ainda lembro de quando você tinha que ligar para a corretora, falar com um assessor e pedir que ele comprasse ou vendesse ações. Você tinha que informar o valor que a sua compra iria começar, o spread, o stop gain, o stop loss, tudo no gogó. Se você fosse um pequeno investidor, ficava até incomodado de ligar por valores tão pequenos… não entenda errado, pra você o valor era grande, mas você sabia que, naquele horário, devia ter investidores mais graúdos querendo comprar e vender ações em números muito maiores…
Agora é assim:
- Você tem o home broker no site da sua corretora e compra e vende ações e outros ativos diretamente no seu navegador
- Sua corretora fornece uma plataforma gráfica gratuita de negociação e você compra e vende ativos a partir dela de forma imediata
- Não bastasse tudo isso, você compra e vende ativos diretamente do seu celular no aplicativo de sua corretora
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Simuladores em tempo real
Antigamente, você tinha que aprender a investir na cara e na coragem, aprendendo com acertos e erros, sendo que os erros iam custar na sua carne, no seu próprio dinheiro.
Hoje, você tem simuladores que as corretoras fornecem gratuitamente a seus clientes. E eles podem botar a prova os resultados de suas estratégias sem perder dinheiro de verdade.
E é em tempo real. Você sente como se estivesse negociando e investindo como se fosse real.
Claro que, por não usar dinheiro real, o fator emocional (que é muito importante) não entra em jogo. Mas nós encorajamos o uso do simulador pelo seguinte motivo.
- Claro que é muito mais fácil operar em um simulador. Porém, justamente por ser mais fácil, se sua estratégia não dá resultado nem nele, não será na real que dará.
Por isso mesmo, também, é importante que você opere no simulador o mais próximo do real possível. Para não ter surpresas quando colocar dinheiro de verdade em jogo.
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Investimentos mais acessíveis
Claro que as casas de fundos de investimento não quiseram ficar de fora desses avanços que tornaram a bolsa mais acessível a todas as pessoas.
Antigamente, se você queria investir em ações, mas não se envolver com elas diretamente, deixando a coisa para os profissionais, teria que deixar seu dinheiro com profissionais e partir para fundos de ações.
Porém, até o início do século, o investimento mínimo para fundos de ações ficava acima das dezenas de milhares de reais.
Hoje, já podemos encontrar bons fundos de ações que pedem investimentos iniciais na casa dos R$ 1 mil ou R$ 5 mil…
Você acha que os avanços tecnológicos foram positivos para o setor de investimentos? O que mais acha que melhorou? Será que você estaria investindo na bolsa de valores se não fossem todas essas mudanças?